capítulo sete.

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Primeiro dia de aula, eu estava completamente nervosa, minhas mãos suavam e eu tentava me controlar, mas falhava

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Primeiro dia de aula, eu estava completamente nervosa, minhas mãos suavam e eu tentava me controlar, mas falhava. Eu poderia me considerar uma pessoa tímida, ainda mais odiando mudanças e coisas que afetassem minha rotina. 

— Bom dia, Ana Hernandez Garcia, né? — uma mulher dos cabelos ruivos, que aparentava ter uns quarenta anos me cumprimenta. — Venha comigo até minha sala, irei lhe explicar como funcionam as coisas por aqui. — dá um sorriso amigável, me guiando até os corredores.

— Essa escola é gigante, meu Deus. — digo, olhando cada detalhe durante os e a mulher ri. — É aqui? — percebo que a mulher para em frente a uma porta onde havia escrito "diretoria".

— Sim, entre. — diz, abrindo a porta e apontando pra a parte de dentro. A sala era muito bem organizada, havia alguns livros em cima de sua mesa e uma estante lotada atrás de sua mesa, elegância era algo notável ali. — Bom, sente-se. — ela fecha a porta e vem em minha direção, apontando pra uma das cadeiras que haviam em frente a sua mesa, apenas obedeço. 

— Sua sala é bem bonita, senhora.. — tento me lembrar de algum momento em que ela disse seu nome.

— Que cabeça a minha, né? Nem me apresentei! — me interrompe e eu solto uma risada nasal. — Me chamo Rita, e sou a diretora. — aperta minha mão e em seguida solta. 

— Eu cheguei com um pouco de antecedência, né? — olho para a hora no meu celular, que marcava seis e cinquenta da manhã, a aula iniciaria às sete e meia, ela confirma com a cabeça, rindo. 

— Como você chegou agora, vai ser um pouco complicado para acompanhar a matéria em si, mas pelo que eu vi em suas notas, creio que você não terá problemas com isso, certo? — ela diz, se sentando em sua cadeira e eu rio. — Eu só peço que você tente pegar pelo menos as últimas anotações com algum colega. 

— Claro. — digo, prestando atenção em cada palavra que ela dizia. 

— Você conhece alguém, assim, da sala? — questiona, olhando pro lado, provavelmente pensando.  

— Eu..conheço sim. — falo. — Laís, Guilherme e Arthur, Arthur Fernandes. 

— Ah, o Arthur, quem não conhece, né? — ri. — Até que você está boa em opções, viu? Fique tranquila, os professores vão lhe orientar da melhor maneira para que você recupere tudo o que foi perdido.

                                [...]

Ela me explicou mais algumas coisas e saímos, ela me apresentaria a escola, por mais que fosse um tour rápido, de acordo com ela, já que o relógio marcava sete e dez e ela teria um milhão de coisas pra fazer. 

— Arthur, bom dia! — a diretora conversa com o menino que andava pelos corredores sem rumo, sendo interrompido pela mulher, que põe a mão em seu ombro. O menino coçava os olhos, provavelmente com sono. Com certeza efeito das lives. — Quero que apresente a escola ‘pra ela, por favor. Vai ficar muito mais simples, já que vocês já se conhecem, né? — ele arqueia as sobrancelhas, possivelmente tentando entender a situação.

— An? Eu.. — tira a mão de seu olho e nos encara.

— Olha, se você não quiser, não precis.. — interrompo a fala dele. 

— Apresento sim, Rita. — agora é sua vez de interromper minha fala. Ele apenas coloca sua mão direita em meu braço, rodeando meus ombros. — Eu  não sei muita coisa, já que eu entrei esse ano, mas acho que serve, né? — rio.

— Ótimo, porque eu ia ficar perdidinha aqui. — digo e ele ri fraco.

— Vão logo, crianças! — a diretora nos apressa, fazendo Arthur apressar mais seu passo e me levando junto, já que seus braços ainda rodeavam meus ombros. 

— Aqui é o laboratório de ciências, e do lado tem o de informática. — aponta com sua mão esquerda  pra os dois locais. — A gente não pode entrar porque da última vez que entraram sem professor, derramaram produto químico nos coleguinhas e quebraram um computador, enfim. — gargalho. 

— Meu Deus, uma biblioteca. — falo, assim que noto uma porta onde tinha uma placa “Biblioteca”, tudo isso era um sonho pra mim. — Que tudo. 

— Depois 'cê entra aí, 'vamo conhecer o resto. — ele diz e eu assinto. — Ali mais ‘pra frente tem a quadra e aqui do lado tem o laboratório de robótica. — aponta pra os locais, essa escola era definitivamente incrível.

— Aqui tem equipe de robótica, né? — digo, me lembrando de algumas fotos que eu havia visto no Instagram do colégio. Ele apenas concorda com a cabeça.

Tudo que eu sabia era que essa equipe era definitivamente boa, ao ponto de ir pegar primeiro lugar e ir pra a fase nacional.

— O Gui faz parte dela.

— Ué, e você não? — pergunto, com as sobrancelhas arqueadas. — Você sabe tanto sobre isso de tecnologia.

— Tenho tempo não. — ele diz, rindo.

— Já ali no andar de cima tem as salas, como a sua sala é a mesma que a minha, se você quiser, eu posso te acompanhar. — completa sua fala.

— Obrigada, Thur. — digo, com um sorriso no rosto e ele dá um sorriso sem mostrar os dentes. — Mas esqueceu que você é famoso? Se a gente entra junto na sala o povo já começa a shippar e inventar coisa, aí já sabe, né.

— Assim, eu não me importaria. — estende as mãos em rendimento 

— Arthur! — repreendo o menino, dando um tapa fraco em seu ombro, o que faz ele rir. — Me mostra o resto da escola, vai.

— Só falta os banheiros, que ficam no corredor dos bebedouros, que é depois do das salas, lá em cima também. — aponta pra a escada, indicando que era no andar de cima.

— Tem mais algum lugar?

— Não necessariamente, mas eu quero te mostrar um. — tira sua mão do meu braço, e aponta pra frente, indicando que era pra eu seguir ele. — Ele é especial.

Eu me viro para trás, para me certificar de que não estava indo longe, mas vejo Alice, em meio a aquele monte de gente que havia nos corredores. Ela estava que fazendo um sinal com as mãos pra mim, me chamando.

— Thur.. — digo e ele se vira pra mim novamente. — Eu preciso ir.

— Ah. — murmura. — A gente termina depois então. 

— Vou cobrar. — rio. — Foi uma honra participar desse mini-tour pela escola com o Loud Thurzin. — aperto sua mão e o menino arregala os olhos. 

— Você viu a.. — engole seco, mordendo os lábios. — Clipada? — solto uma risada nasal, saindo do aperto de mão. 

— Diz pro Lzinn que eu tenho uma prima de vinte e três anos. — ele ergue as sobrancelhas, rindo. — Mas eu também acho você lindo ‘pra caramba, Loud Thurzin. — apenas assisto suas bochechas corarem em questão de segundos e saio, indo em direção a Alice.

Mina do condomínio | Loud Thurzin. Onde histórias criam vida. Descubra agora