capítulo quarenta.

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O Arthur estava ali, no mesmo cômodo que eu

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O Arthur estava ali, no mesmo cômodo que eu.

Não era pra ele estar em São Paulo?

Eu sinceramente não sabia como reagir; Na verdade eu só queria abraçar ele e ouvir ele dizer que no fim vai ficar tudo bem.

Mas tudo que Alice disse, se repetia pela minha cabeça diversas vezes.

Antes que eu pudesse tomar qualquer iniciativa, o menino se direciona até mim, me abraçando e fazendo com que eu sinta o cheiro de seu perfume.

Não digo nenhuma palavra.

— Eu 'tava com saudades. — se solta do abraço.

— Também. — dou um sorriso sem mostrar os dentes.

Me direciono até onde Laís estava.

— Por que 'cê não me avisou que o Arthur estaria aqui? — sussurro.

— Ué, eu pensei que não tivesse problema. Você não sabia que ele ia voltar 'pra cá hoje? — sussurra de volta. Não, eu não sabia. — 'Tá tudo bem, Ana? — assinto.

— Laís me deu uma dor na língua agora, sabia? — Guilherme diz e nós rimos. — Acho que é fome.

— Fome nada, 'cê deve ter pegado uma bactéria da Alice. — o menino dá uma cotovelada nela, recebendo um tapa como vingança.

Da Alice?

— Burra do caralho, é 'pra deixar os dois pombinhos aí. — sussurra provavelmente pra que eu não escute, mas Guilherme sempre falha nessa missão.

— Ah, é, né. — ri. — 'Vamo lá 'pra cozinha. — puxa Cauã junto com ela e Guilherme acompanha eles.

— O que 'cê 'tá fazendo aqui? — ele ri.

— Que foi? Não gostou da presença do pai aqui? — cruzo os braços.

— Sua mãe tinha me dito que você voltaria 'pra passar um tempo aqui, mas eu não sabia que era tão cedo assim, só isso. — justifico e ele estende as mãos em rendimento.

— 'Calmô, gatinha. — responde. — Eu só preferi vir agora, 'tava precisando esfriar um pouco a mente, por causa de tudo que rolou lá no X1. Foi tudo uma correria e nem deu 'pra te avisar nada. — ergo as sobrancelhas, assentindo.

— Eu acho que vou ajudar eles lá, vai que a Laís corta a língua do Guilherme. — tento ir em direção a cozinha, mas Arthur me segura, fazendo nossos corpos ficarem praticamente colados.

— Eu sei que tem algo te incomodando, você quer parecer estar bem, mas na verdade não 'tá, Ana, você pode contar comigo. — murmura e meu choro se embrulha em minha garganta. — Eu não quero que as coisas fiquem estranhas entre a gente, eu fiz alguma coisa? Se foi por causa do beijo..

— Não foi isso, Arthur. — interrompo sua fala. — Até porque foi só um beijo, que não era pra ter acontecido e nós somos só amigos, né? — o menino separa nossos corpos.

Mina do condomínio | Loud Thurzin. Onde histórias criam vida. Descubra agora