capítulo trinta e oito.

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Ontem eu ainda tive que ouvir Alice dizer que meus pais não tinham problema algum só por eles não brigarem na frente dela, que é visita

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Ontem eu ainda tive que ouvir Alice dizer que meus pais não tinham problema algum só por eles não brigarem na frente dela, que é visita. Eu realmente não reconhecia mais ela e suas atitudes.

Por mais que me julgar já fosse algo comum.

Já a minha avó estava extremamente estressada com a minha tia Cristina, pois desde que ela viajou, só ligou para Júlia e Lorenzo umas três vezes.

Tanto é que, agora ela estava ligando um monte de vezes na esperança de que ela se recordasse de que tem filhos e atendesse.

Ela sempre tinha tempo de postar fotos nas redes sociais com o Paulo e alguns amigos que ela conhecia no local onde ela estava, mas nunca para Júlia e Lorenzo.

— Eu tenho certeza que ela 'tá com o Paulo. — Júlia diz e minha avó assente. Paulo era um atual namorado, no qual Júlia nunca suportou, já que nunca superou o término com o seu pai.

Mesmo Paulo não sendo pai biológico de Lorenzo, tratava ele como um.

Às vezes até melhor que o de sangue.

E era isso que fazia Lorenzo ter tanto carinho por ele.

Mas com Júlia era diferente, ela nunca permitiu tal tipo de atitude, sempre foi do tipo que muda de cômodo só por causa de sua presença, coisa que reparei em um dos jantares que eu fui há alguns meses atrás, antes de me mudar pra cá.

— Queria voltar 'pra Curitiba. — minha vó estala a língua. Ela de fato nunca gostou de passar um bom tem fora de casa e se minha tia nem sinal de vida dava, ela não deve ter previsão pra voltar também.

— Calma vó, a gente pode tentar conversar com a mamãe e vocês dão um jeito. — acaricio seu braço.

— Vó, se ela der algum sinal de vida você me avisa, 'tô indo pro quarto. — minha avó assente e ela sai em direção as escadas.

— Nada ainda? — minha mãe aparece na sala, mexendo em seu celular. Minha vó apenas nega com a cabeça. — Eu posso ver com o Heitor 'pra a gente ir 'pra Curitiba e ficar por lá até ela voltar.

— Vocês poderiam voltar a ficar lá, não seria melhor? — apresenta a ideia e minha mãe me olha. — As coisas na empresa vão de mal a pior, você e o Heitor só discutem. O negócio é vocês fecharem e..

— Mãe, nós não vamos fazer isso. — interrompe a fala dela, ainda me olhando.

A empresa estava com problemas, eu já deveria saber que se tratava disso.

— Desculpa, filha, mas uma hora a Ana teria que saber de como as coisas estão. — provavelmente se não fosse a minha avó eu nunca saberia sobre. — Vou dar banho no Lorenzo e mais tarde eu ligo 'pra ela de novo. — vai em direção as escadas.

— Mãe. — ela me olha. — As coisas estão tão sérias assim ao ponto de precisarmos voltar 'pra Curitiba?

— Filha. — acaricia meu rosto. — Você sabe que a gente tem condições de sustentar essa casa. Mas caso seu pai resolva fechar de vez a empresa daqui, a gente vai voltar por questões óbvias. — respiro fundo.

Mina do condomínio | Loud Thurzin. Onde histórias criam vida. Descubra agora