Desde ontem eu e Arthur não tocamos no assunto sobre o que iria acontecer caso alguém tivesse ligado naquele momento.
A gente simplesmente iria ignorar o fato de que a gente quase se beijou?
Eu acho uma boa ideia, mesmo parecendo impossível, porque isso tá passando pela minha mente todo segundo.
— Nossa primeira forma de comunicação. Segurança, proteção e conforto, tudo isso no suave toque de um dedo. Ou de lábios encostando numa bochecha. - eu e Júlia estávamos assistindo a cinco passos de você na TV do meu quarto, enquanto comíamos brigadeiro. Eu já estava soluçando de tanto chorar enquanto ouvia Júlia me chamar de besta por isso.
— Ele nos conecta quando estamos felizes, nos dá apoio quando temos medo, desperta sentimentos de paixão e amor.
— Para de chorar, Ana, por Deus. — revira os olhos.
Em minha defesa isso deve ser efeito da minha TPM. Permaneço calada, sem dar muita importância.
— Precisamos ser tocados por quem amamos quase como precisamos do ar pra respirar. Mas eu só percebi a importância do toque do toque dele, depois que perdi. Então, se estiver vendo isso, e puder, toque nele. Toque nela. A vida é curta demais para desperdiçar um segundo.
Talvez não fosse só sobre o filme, e sim sobre o que essas palavras estavam me lembrando.
Meu avô, eu realmente só soube valorizar quando eu perdi, e ele foi uma das pessoas que eu mais amei na vida.
E Arthur. Eu precisava do toque dele.
Desbloqueio meu celular, logo abrindo o WhatsApp na conversa dele.
thur :)
ARTGUR
SERUO
EU TO KUITO MAL
eu quero te ver:(((
posso ir ai?
ei
te amo muito
qyerua te abraçar
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Mina do condomínio | Loud Thurzin.
Teen FictionGraças a evolução da empresa de seus pais, Ana inicia uma vida nova, juntamente a sua melhor amiga, Alice. A vida dela, ou melhor, seus sentimentos, podem virar de cabeça pra baixo a partir de uma simples festa de "boas-vindas" para conhecer a galer...