capítulo cinquenta e cinco.

3.7K 274 138
                                    

Vendo Alice ali, eu só pensava em uma coisa: contar tudo sobre o que tinha acontecido entre Laís e Guilherme

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Vendo Alice ali, eu só pensava em uma coisa: contar tudo sobre o que tinha acontecido entre Laís e Guilherme.

Será que isso também foi culpa dela?

Mas eu não poderia dizer, e nem pensar assim, acho que a Alice possa estar tentando mudar. E se o Gui considera tanto ela, não iria querer perder ela, já que a situação que ele ficou por causa da Laís foi péssima.

Mas de qualquer forma não posso me intrometer, aliás, do que adiantaria?

Eu tenho quase certeza que ele agiu por impulso, mas a última palavra sempre é a última palavra, pelo menos na mente de Laís. Se ele decidiu isso, ela não iria mais insistir na amizade deles e respeitar a decisão, mesmo que doesse.

E mesmo que não seja justo.

— Pode ser. — completamente incerta do que eu tinha dito, tentei ir andando na frente, mas ela logo acompanhou meu ritmo.

— Quero me desculpar. — entrelaça seus próprios dedos, olhando pro chão. — Por absolutamente tudo. Ana, eu me sinto tão, mais tão idiota. — finalmente olha pra mim.

Eu ainda precisava processar o que estava acontecendo.

De todas as últimas vezes que a gente se viu, a única coisa que fizemos foi discutir, porquê isso agora, do nada?

— O Guilherme me fez enxergar um lado que eu nunca nem se quer conhecia ou parei 'pra pensar. Talvez seja tarde demais 'pra reconhecer, mas eu sou egoísta 'pra caralho, e reconheço isso, assim como a minha culpa pela sua infelicidade. — completa. — Eu queria tanto ser amada e significar algo, que esqueci o quanto você me amava e o quanto eu significava 'pra você. Minha melhor amiga, a menina que me emprestava roupas e brincava de Barbie e assistia de comigo, desde que me entendo por gente. — solta uma risada nasal, seguida de um suspiro pesado que demonstrava sua ânsia em ser escutada e perdoada. — A coisa mais ridícula que eu vou dizer vai ser um "sim" quando me perguntarem sobre ser verdade tudo que eu fiz 'pra você.

Permaneço calada, eu não sabia nem o que falar.

Pra mim esse dia nunca iria chegar.

— Sério, se você passar mais um segundo calada eu entro em desespero. — rio fraco, pensando no que falar. — Desculpa de verdade, Ana. Eu ouvia vozes o tempo todo me pressionando 'pra que eu fosse melhor, e 'pra mim ter um namoradinho famoso me ajudaria a ser reconhecida pelo meu esforço em tentar ser melhor todos os dias. Mas é você quem merece o Arthur, apenas você vai ser capaz de fazer ele feliz, não eu. Você nunca se importou 'pra o quê ele tinha, vestia, muito menos se ele era famoso ou não. E, na minha vida inteira eu só liguei 'pra isso.

— 'Tá tudo bem, Alice. — ela abre a boca, em seguida dando um sorriso e um grito, animada. Bem típico dela. — A gente pode tentar recomeçar. Eu também tenho que te pedir desculpas, escondi diversas coisas de você.

Mina do condomínio | Loud Thurzin. Onde histórias criam vida. Descubra agora