capítulo trinta e seis.

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Depois do ocorrido de madrugada, eu desliguei a ligação, em seguida recebendo algumas mensagens de Arthur sobre o quê era que Alice tinha contado

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Depois do ocorrido de madrugada, eu desliguei a ligação, em seguida recebendo algumas mensagens de Arthur sobre o quê era que Alice tinha contado.

Não respondi nenhuma delas.

Apenas tentei mudar de assunto, como eu sempre faço quando estou desconfortável com algo. Eu odiava o fato de não poder estar com ele.

Então eu estava aqui, tomando café da manhã e presenciando mais uma discussão dos meus pais, coisa que eu menos queria que virasse rotina.

— Cala a boca, Heitor. — minha mãe estala a língua. — Quer dormir no sofá de novo?

— Eu não fiz nada. — estende as mãos mãos rendimento. — Ontem você deixou a menina sair sem nem falar nada comigo, e meu papel de pai fica onde?

— No mesmo lugar que você enfiou o Heitor que eu me apaixonei. — bufa, indo em direção a cozinha.

— Bom dia, família! — minha avó aparece com Lorenzo nos braços e meu pai apenas vai em direção a cozinha. — Meu Deus, eles 'tão brigando de novo? — estala a língua e eu assinto, dando um gole no meu nescau.

— Aí, a gente precisa fazer isso de novo, foi muito bom. — Júlia diz, rindo, enquanto abre a porta de casa. Após ela entrar, Alice entra em seguida, me fazendo se engasgar por causa do Nescau que eu havia tomado.

Meu coração começa a acelerar e eu tento respirar fundo.

— Meninas! — minha vó coloca Lorenzo no chão. — Como foi o piquenique? — bate palma.

— Vó, avisa a minha mãe que 'tava tudo perfeito aqui no café da manhã, mas eu já 'tô satisfeita. — ela assente e eu me direciono até o corredor.

O barulho dos pés de alguém correndo se faz presente assim que eu chego nas escadas.

Me viro, dando de cara com Alice.

— Ei, eu posso conversar com você? — segura meu braço e eu respiro fundo, assentindo. — A Júlia me contou sobre a sua call com o Arthur de madrugada. — umideço meus lábios.

Silêncio.

— Eu sei que a nossa amizade 'tá estranha. — suspira. — Mas eu acredito que isso foi algo natural, a gente só achou novos interesses e..

— Natural? Desculpa, Alice, mas eu não te reconheço mais. — interrompo sua fala e ela ri ironicamente.

— Você que não me reconhece mais? — continua rindo. — Acho que pode até ser, porque eu deveria saber que você não iria ter a mínima consideração pelo que eu sinto. — meus olhos marejam.

Ela estava certa, ela amava ele e eu precisava dar espaço pra que ela ao menos conseguisse se aproximar dele.

— Alice, eu 'tô cheia de problema. — tiro sua mão do meu braço. — Eu não tenho você, não posso ter o Arthur, os meus pais só vivem brigando e cuspindo palavras um na cara do outro sobre como estão insatisfeitos com o relacionamento deles. Eu não posso contar com você, porque simplesmente tudo que eu faço você julga. Eu não posso ter a Laís porque ela 'tá ocupada demais com os problemas dela, e o Guilherme? — rio ironicamente.

Ela apenas arqueia as sobrancelhas.

— Ele é só seu, como todos o que você dizia que era e eu dei espaço 'pra que fosse. — ela abre a boca, tentando falar algo, mas falha. — E não se preocupa, eu vou fazer a mesma coisa com o Arthur.

Subo as escadas rapidamente, tentando segurar o máximo que eu podia o meu choro.

Olho para trás para me certificar de que Alice não estava vindo atrás de mim, e entro no meu quarto, me encolhendo ao lado da minha cama.

Eu disse tudo pra a pior pessoa possível nesse momento.

A primeira coisa que eu pensei em fazer foi, obviamente, mandar mensagem pro Arthur, ele poderia me acalmar, mas eu não faria isso.

Ainda mais sabendo que ele com certeza me perguntaria sobre o que Júlia havia dito de madrugada.

Como você é burra, Ana. Você sempre estraga tudo.

Ouço o som de umas patas de cachorro vindo em minha direção e me recordo de que não havia fechado a porta.

Mel estava em minha frente e eu rapidamente seco algumas lágrimas que eu havia soltado involuntariamente.

A cachorrinha só vem até mim e eu abraço ela.

— Mel. — sim, eu vou conversar com a minha cachorra. — Eu lembro de quando eu era pequena e chorava, chorava muito por meu pai não ter tempo de ver meus desenhos e assistir minhas apresentações na escola.

Seco algumas lágrimas, em seguida, coçando a garganta.

— Eu dizia que só você me entendia, lembra? — rio a lembrar da época. — Quem dera que meu problema fosse 'pra sempre desenhos e apresentações na escola. — ela lambe a minha mão, o que me faz rir fraco novamente.

— Meu Deus, 'pra onde ela foi? — ouço a voz da minha mãe nos corredores e seco minhas lágrimas rapidamente, me levantando.

Uso o espelho da penteadeira pra ver se meu rosto estava vermelho e a resposta disso estava clara.

— Ah, você 'tá aqui, né, danadinha? — me viro pra trás, vendo minha mãe com Mel nos braços. — Que rosto vermelho é esse, Ana?

— Sei lá, deve ser alergia. — vou em direção ao banheiro.

— Alergia? Deixa eu ver. — se escora na porta do banheiro, em seguida, colocando a Mel no chão.

— Não precisa, mãe, deve ter sido alguma máscara que eu passei. — minto.

— Cecília, achou a cachorra? — o grito abafado do meu pai faz ela revirar os olhos. — Ela não 'tá na esquina como você disse, não.

— Você deveria largar a empresa e virar palhaço, sabia? — grita de volta. — Seu pai é um idiota. — rio.

— Acho que ele 'tá apressado. — ela assente.

— Eu vou ir lá, e cuidado com o que você passa nesse rosto, viu, mocinha? — acaricia minhas bochechas. Apenas assinto e ela sai.

Eu poderia ter contado tudo pra ela, mas ela também tem os problemas dela pra se preocupar.

Mas agora eu precisava costurar um sorriso no rosto e ir pra a sala, ajudar minha avó com qualquer tarefa de casa pra me distrair.

Na verdade pra não precisar ficar conversando com Júlia e Alice.

Eu já estava preparada pra de noite Júlia me dizer que eu fiz Alice chorar e que eu sou uma pessoa horrível, por isso, como as coisas que ela me disse de madrugada depois que eu desliguei a ligação de vídeo com o Arthur.

tá, isso doeu

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tá, isso doeu.

Mina do condomínio | Loud Thurzin. Onde histórias criam vida. Descubra agora