capítulo vinte e nove.

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— Eu te faço bem? — ri fraco e eu assinto

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— Eu te faço bem? — ri fraco e eu assinto. Ele abraça minha cintura, me fazendo dar um sorrisinho. — 'Vamo ficar fazendo o quê?

Em seguida ouvimos dois toques na porta, que logo é aberta por Carlos. Ele estava com uma roupa social, parecia que ia sair ou algo assim.

— Ah, oi, crianças. — ri fraco e eu e Arthur nos separamos. — Vim chamar vocês 'pra jantar.

— 'Tá certo. — me levanto, indo em direção a porta e Arthur me acompanha.

Desço as escadas, logo encontrando Valéria na sala, mexendo em seu celular. Ela também estava arrumada.

— Ué, 'cês vão sair? — Arthur pergunta,  olhando para sua mãe.

— Vamos jantar na casa da namorada do seu irmão, lembra? — responde. Não acredito que eu atrapalhei isso. — Mas eu deixei um jantar, ou melhor, um lanche pronto 'pra vocês, se sirvam. — desvia sua atenção para nós dois, com um sorriso no rosto.

— Ah, o jantar. — passa a mão em sua nuca, provavelmente se recordando.

— 'Vamo? — um homem que provavelmente seria o irmão de Arthur, aparece na sala. — Ah, oi, Ana, né? — ri, olhando pro Arthur e eu apenas assinto, dando um sorriso sem mostrar os dentes.

— Vamos, não se esqueçam de lanchar, viu? — Valéria diz e eu e Arthur assentimentos, indo até a cozinha.

— Desculpa. — ele arqueia as sobrancelhas.

— Pelo quê? — encaro ele. — Mano, se for pelo jantar, relaxa, eu nem ia. Amanhã tenho que acordar 'cedin. — dou um sorriso sem mostrar os dentes, negando com a cabeça.

— Misto com Nescau, que chique. — pego o prato de misto que estavam em cima da bancada e Arthur faz o mesmo.

— Isso é só 'pra eu não te incentivar a comer pizza e coca. — ri. — Mal sabe ela que tu seria a primeira a pedir isso. — encaro ele, que apenas ri.

O barulho de carro se faz presente, indicando que os pais de Arthur e seu irmão haviam saído.

— A sala de jantar é..

— Que sala de jantar, fi. — me interrompe, rindo. — 'Vamo comer na sala. — ergo as sobrancelhas.

— Foi só tua mãe sair, Arthur. — rio e estala a língua, me guiando até a sala. — Põe alguma coisa 'pra a gente assistir. — me sento no sofá.

— Me dá esse copo aqui. — pega o copo da minha mão. — Puta que pariu, Ana. — o garoto havia melado sua blusa com Nescau. Eu apenas começo a rir da situação.

— Coloca esse copo ali, logo. — aponto pra a esteira que havia no braço do sofá e ele obedece o meu pedido. — Pelo menos foi você, não o sofá. — ele põe o prato no sofá e cruza os braços, enquanto eu faço o mesmo.

— 'Vamo assistir o quê? — pega o controle. — O que 'cê 'tava falando aquela hora do filme que eu te interrompi?

— Ah. — murmuro, em seguida respirando fundo. — Eu 'tava falando que o filme dizia sobre o toque das pessoas que a gente amava. — vejo ele dar um sorriso sem mostrar os dentes, aparentemente prestando atenção em cada palavra que eu dizia.

— Sim. — diz e eu olho pra os lados.

— E eu lembrei de você. Eu me sinto segura quando eu 'tô contigo, acho que você já deve saber. Eu não sei se tudo isso é só um surto, mas..

— Ana, quando a gente quase se beijou. — me interrompe, em seguida, dando uma pausa. — Eu com certeza continuaria isso, mas eu só preciso saber se você sente o mesmo que eu. — Giovana, o forninho caiu junto com a minha pressão.

— Eu retribuiria, Arthur. — respiro fundo. A Alice foi a primeira coisa que passou pela minha mente, mas eu deveria ter noção sobre as minhas escolhas, e pensar em mim, uma vez na vida. — Eu retribuiria. — ele se aproxima mais, do meu rosto. Eu vou me arrepender disso, eu tenho certeza.

Ele põe sua mão em meu rosto e acaricia minha bochecha, me fazendo dar um sorrisinho bobo.

— Com você é diferente. Às vezes eu fico me imaginando com você, isso pode ser a coisa mais boba que eu já disse na minha vida, mas é verdade. — digo e ele ri. Eu realmente não sabia o que eu estava fazendo da minha vida, mas talvez esse fosse o certo.

Ele apenas cola nossos lábios em um selinho demorado, o que não dura muito tempo pois ele já pede passagem com a língua. Enquanto eu acariciava sua nuca, ele continuava acariciando as minhas bochechas.

Ele deu alguns sorrisinhos durante o beijo, o que me fez fazer o mesmo.

O beijo dele é simplesmente viciante, e eu provavelmente vou me arrepender amargamente disso, mas deixei isso pra depois.

— Nossa. — a única coisa que ele consegue dizer assim que encerramos o beijo e eu rio. — Acho que os treinos desde os meninos que 'cê levava 'pra a casinha até aqui fizeram efeito. — gargalho. Não dá pra levar o Arthur a sério.

— Idiota. — pego o prato que tinha o meu misto, enquanto ele apenas ri. — Deixa eu escolher o que a gente vai assistir? — faço biquinho.

— Só se deixar eu te beijar de novo. — reviro os olhos. — Ixi, 'tá pensando que tudo nessa vida é de graça, é? — rio, negando com a cabeça e ele me entrega o controle.

Após isso, continuamos em silêncio, comendo nosso misto e tomando nosso Nescau, enquanto eu rolava pela imensidão de filmes e séries que tinham na Netflix, procurando algo que fosse do agrado dos dois pra a gente poder assistir.

O que foi meio complicado. O suficiente pra eu já ter lavado a nossa louça.

— 'Vamo assistir Peppa? — pergunto, ao ver o desenho nas sugestões da Netflix.

— 'Cê 'tá trollando, né? — nego com a cabeça e ele ergue as sobrancelhas. — 'Vamo.

— Não, mas se 'cê não quiser..

— Dá play logo. — me interrompe e eu atendo seu pedido, tirando meu celular do bolso. — Sonin muito. — se deita em meu ombro e eu passo minha mão direita em volta de seu pescoço, levando minhas mãos até seus cabelos e iniciando um carinho ali mesmo.

Minha programação seria dar um sinal de vida pra os meus pais, mas me deparo com algumas mensagens de Alice na barra de notificações.

"oi, eu sei que provavelmente vc deve
estar fazendo qualquer coisa produtiva agora mas eu queria te dizer
que eu preciso muito conversar com vc
é importante, pfv
pode ser amanhã?"

"oi, eu sei que provavelmente vc deveestar fazendo qualquer coisa produtiva agora mas eu queria te dizerque eu preciso muito conversar com vc é importante, pfvpode ser amanhã?"

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essa Alice viuKAJSKAJJS devo ter empatia?

amaram os mimos do casal feliz fav de vcs? 🙉🙉

Mina do condomínio | Loud Thurzin. Onde histórias criam vida. Descubra agora