capítulo cinquenta e quatro.

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Eu havia acabado de chegar na escola, e só estava esperando que Laís, Guilherme ou Arthur aparecessem

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Eu havia acabado de chegar na escola, e só estava esperando que Laís, Guilherme ou Arthur aparecessem.

A última vez que vi Arthur foi ontem antes de ir embora, ou seja, mais ou menos umas quatro da tarde, quando ele ia abrir live e provavelmente deve ter ficado até de madrugada.

E, olha só, em questão de segundos Guilherme e Laís estavam vindo em minha direção, mas eles nem estavam ao menos discutindo — pela primeira vez, nem faziam esforço pra tirar o rosto do celular.

— Bom dia, Ana. — Laís me cumprimenta, olhando pra Guilherme e rapidamente se virando novamente para mim.

— O que 'tá rolando? — intercalo o olhar entre os dois.

Laís parecia que iria falar alguma coisa, mas Guilherme aparentemente interrompeu ela sem nem pensar.

— Vai voltar a me culpar de novo, caralho? — tá, o negócio parecia realmente estar feio, porque o tom de voz dele não parecia nada calmo.

— Vai se fuder, você é tão sem noção que chega a cansar. — responde. O tom de voz dela também não parecia nada calmo, e seus olhos já marejavam. — Mas a culpa é tua mesmo, eu nem tive a chance de opinar.

Não sei se pedir explicação seria a coisa mais racional a se fazer agora, mas eu não poderia deixar eles brigarem no meio do corredor.

— O que aconteceu pelo amor de Deus? — imploro pra que eles me expliquem.

— A gente decidiu se afastar. — Laís começa a rir ironicamente, cruzando os braços com a fala de Guilherme.

A gente decidiu? Você me ligou de madrugada e só quis que eu ouvisse a sua versão e o que você achava. — dá uma pausa e olha pra mim. — Ana, ele só quis ficar longe de mim por estar todo apaixonadinho pela Alice, e ainda me disse que seria melhor assim por metade da escola e a tia Juliana quererem nós dois juntos. E, é claro que ele iria usar o Cauã 'pra me atingir.

Puta que pariu.

— Ele concorda com o que eu disse, Laís, para de tentar ser a vítima, você sabe que isso é o melhor. — de todas as discussões que eles já tiveram com certeza essa vai ser a pior. — Se você puder uma vez na vida, parar de só querer que acreditem no seu lado e só pensar em você, ajudaria demais.

— Sinceramente, Guilherme, vai tomar no seu cu, você é igual a todos os outros.— se distancia de onde nós estávamos, indo em direção ao banheiro o mais rápido possível.

— Gui, me explica essa história direito. — respira fundo, enquanto lágrimas descem descontroladamente por todo o seu rosto.

— Eu amo a Alice, mas estar perto da Laís me faz se sentir estranho, e eu não quero duvidar dos meus sentimentos por isso. — ele tentava enxugar suas lágrimas o mais rápido possível, mas falhava. — Sério, eu não fiz por mal, eu nunca machucaria a Laís. Eu e ela sempre fomos cão e gato, você sabe, mas eu gosto de estar perto dela sempre, mesmo que a gente só discuta.

Mina do condomínio | Loud Thurzin. Onde histórias criam vida. Descubra agora