52 - 𝘿𝙖𝙢𝙣

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Já havia se passado um mês que eu e Jorge estávamos juntos, e não, ele não parou de fazer merda. As vezes ele pisava feio na bola, mas eu vi que ele estava tentando mudar e com as mudanças sempre vem os erros, então resolvi dar um desconto.

— Acho que o Sr. Gregório não gosta muito de vocês. — Jorge disse entrando na sala e sentando-se na mesa do professor, os olhos de Gabrielly brilharam. — Ele sempre arruma uma desculpa para sair daqui, já perceberam? — Alguns alunos riram. — Deve ser por causa daqueles panacas fazendo guerra de bolinha de papel lá atrás. — Jorge apontou para alguns idiotas do time.

— Pô, Jorge. A gente sabe que tu é tão zoeiro quanto a gente. — Um garoto disse rindo e em seguida uma bolinho de papel veio parar em minha cabeça, virei-me para trás e lancei um olhar furioso para o filho da puta, mas nem precisei falar nada.

— Sai da sala agora, seu Zé ruela. — Jorge disse.

— Calma, Blan... Sr. Blanco, foi só uma bolinho de papel. — Falei para Jorge, que me ignorou.

— Larga daqui de uma vez. — Jorge disse e o garoto não se moveu, ficou parado em seu lugar, em seguida, outra bolinha voou acertando Gabrielly.

— Jorge, acertaram em mim também. — Ela reclamou.

— Acontece. — Ele deu de ombros. — Mas e ai, mangolão. Vai sair ou eu vou ter que te tirar a força? — Ele se referiu ao garoto.

— O idiota do Thiago acertou em Gabrielly e você não mandou ele sair. — O garoto disse firme, Gabrielly olhou para mim com uma cara mais horrível do que o normal, segurei a vontade de rir.

— É que você é especial — Jorge disse e a turma riu. — Agora saia. — O garoto levantou-se tronteando e saiu super bravo pela sala, olhei para Jorge e revirei os olhos, não precisava de tudo isso.

— Algum problema, Martina? — Ele disse apoiando as duas mãos em minha mesa e logo deu um sorriso lindo.

— Não precisava de tudo isso. — Falei o mais baixo possível, pois os olhos de todos os alunos estavam em nós.

— Ah, aquele cara está sempre enchendo, so mandei ele ir tomar um ar. — Jorge deu de ombros e voltou para a mesa do professor se sentando nela — Então, só para constatar que o Sr. Gregório deixou atividade. — A sala fez um barulho de descontentamento em uníssono. — Página 233 do livro, bora fazer essas porras. — Todo mundo o olhou na hora que ele disse palavrão — O que é? Nunca disseram palavrão na vida? — A sala riu.

— Até os palavrões ficam lindos quando saem de sua boca. — Gabrielly soltou essa e logo recebeu outra bolinha de papel na cabeça, Jorge riu.

— Obrigado. — Ele agradeceu ao atirador.

— Nossa, Jorge. Antes você não era tão mal assim. — Ela disse com a ponta do lápis na boca como se tentasse seduzir, eu já estava louca para me levantar e dar mais uma lição naquela garota, mas me contive.

— Qual a página mesmo? — Perguntei abrindo o livro.

— 233.— Ele disse simples. — Mas preferia que fosse 69. — Ele piscou para mim e puta que pariu, ele queria foder com tudo mesmo. O ignorei era o melhor a se fazer.

— Você voltou bem ousado, não acha? — Uma loirinha disse com uma voz super sedutora.

— Eu sempre fui assim, você que não percebeu. — Ele piscou para ela.

— Você está em algum tipo de relacionamento sério? — Uma garota perguntou e eu a olhei rapidamente e depois olhei para Jorge.

— Por que? Você está interessada? — Jorge disse com aquela rouquidão na voz.

𝗣𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 - ʲᵒʳᵗⁱⁿⁱOnde histórias criam vida. Descubra agora