Já havia passado uma semana e Mechi ainda fazia questão de não olhar em minha cara e isso doía pra caramba. E eu ignorava Jorge de todos os modos, pois eu coloquei em minha cabeça que eu não iria mais ser feita de idiota por ele, é como se eu quisesse me livrar e deixar de ser atraída por ele.
- Mechi, posso falar com você? - Perguntei esperançosa ao ver ela passar por mim no corredor, desde que a gente havia se desentendido eu não deixava de correr atrás dela nem uma única vez. Mechi não me respondeu, apenas continuou andando. Segurei a droga do choro.
- Xi... Acho que sua amiguinha não quer mais saber de você, até que eu entendo ela.
- Jorge... - Revirei os olhos ao avista ele, que se mantinha com as mãos no bolso.
- Lindo como sempre. - Ele disse e eu fechei a porta do meu armário com força.
- Não, idiota como sempre.
- Posso até imaginar porque ela não quer falar com você. - Ele disse e riu.
- Ah é? Então me diz o porquê. - O desafiei.
- Simples... Eu e você. - Ele disse. indiferente. - Va lá e Confie na sua amiga, conte para ela que nós transamos, que você é apaixonada por mim e que eu te proporciono muito prazer. - Eu ri debochada.
- Não sonha. - Falei.
- Mas não é verdade? Ou você vai dizer que nós nunca transamos?
- Vou dizer que nós nunca transamos, pelo menos para tentar ficar feliz... - Jorge me olhou e riu.
- É incrível como você mente para todos e para você mesma. - Ele tocou em minha ferida, aquilo me atingiu em cheio. - Pensei que você fosse mais inteligente... Me ignorar, não vai fazer você se afastar de mim. Eu te tenho, entenda isso.
- Não, você ACHA que me tem. É bem diferente.
- É ai que você se engana... TINI. - Ele deu ênfase ao meu apelido.
- Me deixe em paz, Jorge. Eu estou apenas tentando ser quem eu era antes de te conhecer.
- Ok, mas só pra te avisar que: sua pureza não volta, eu não posso te devolver ela. Desculpe. - Ele disse implicante como sempre, riu e saiu.
Bateu o sinal e eu fui para a sala de aula sem vontade alguma. A aula de inglês foi normal, tirando a parte que eu tive que ver minha melhor amiga rindo loucamente com Sabrina como se elas realmente fosse íntimas, caramba, elas não eram, nunca foram. Ridículo isso. A verdade era que Mechi me fazia muita falta, ela era prática minha única amiga, a única pessoa que eu podia confiar e não confiei.
- Professora? - Chamei e ela me olhou. - Será que eu posso ir tomar água?
- Não está se sentindo bem de novo, Martina? Aham, sei. - Gabrielly se meteu.
- Garota, me responde uma coisa, eu te chamei no assunto? Ah claro que não, é que ser metida é sua especialidade.
- Eu falo o que eu quiser. - Ela tentou se defender.
- Só fala o que quiser pessoas com conteúdo, e não, você não tem isso. - Gabrielly ficou quieta. - Ah e eu tenho uma pergunta: como vai as coisas com seu pai? Fiquei sabendo que ele descobriu que havia um garoto em sua casa, Alguma coisa assim... - Fui uma verdadeira megera, confesso, mas não mais do que ela. Gabrielly me olhou com uma cara do tipo "como você sabe? "E eu ri, enquanto a turma cochichava. - Ah e se você que saber, não, eu não estou me sentindo mal... Só estou com sede. Isso te incomoda?
- Não. - Ela disse seca e desviando o olhar de vergonha.
- Ok, posso ir professora?
- Sim, Martina, vá. - Ela disse com um sorriso breve nos lábios. Sai da sala
Havia um bebedouro no mesmo corredor que ficava minha sala, mas eu comecei a ouvir algumas vozes e resolvi prolongar minha caminhada, até porque estava meio suspeito, pois as pessoas estavam sussurrando.
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𝗣𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 - ʲᵒʳᵗⁱⁿⁱ
Fanfiction"Você é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, Você não tem escolha" - Jorge Blanco E se ela fosse dele? Somente dele. Mas ele, ele não fosse dela? E se ela tentasse lutar contra isso, mas ao mesmo tempo, isso estives...