14 - 𝙃𝙚 𝙄𝙨 𝙖 𝙅𝙚𝙧𝙠

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Fiquei deitada em minha cama rindo igual uma idiota, não me arrependia nem um pouco de ter feito aquilo, Gabrielly também não pensaria duas vezes antes de foder com a minha vida.

Ouvia a briga descontrolada de meu pai e Jade pelo fato de ela ter mentido para ele, esperava que agora ele abrisse os olhos, mas estava longe disso acontecer, era só ela inventar uma desculpinha que logo ele perdoava. Lembrei-me que tinha que deixar o celular de meu pai no mesmo lugar que peguei, levantei da cama e desci até a sala.

— Você disse que cuidaria dela, Jade. — Podia ouvir meu pai dizer enquanto eles discutiam na cozinha. Deixei o celular em cima da mesinha.

— Mas meu amor, minha mãe estava doente, lembra? Eu tinha que cuidar dela. — Ok, eu também mentia, mas Jade ganhava de mim. Revirei os olhos, cansada de problemas e voltei para o meu lindo quarto, meu lugar abençoado.

Tomei um banho hiper-mega demorado, se a água do mundo acabasse a culpa poderia até ser minha, mas eu precisava relaxar, eu me sentia totalmente tensa. Sai do banho e coloquei meu pijama favorito, ele era um shorts curto simples e confortável e uma blusinha confortável que aparecia um pouco minha barriga. Eu havia perdido totalmente o sono, então resolvi estudar, óbvio que não conseguia prestar a atenção na matéria, mas o que vale é a intenção.

Meu pai bateu na porta.

— Entra. — Falei e assim ele fez.

— Tudo bem? Acordei e você não estava em casa. — Ele disse.

— Fui dar uma caminhanda. — Falei simples.

— Ok, mas na próxima vez avisa.

— Não queria te acordar. — Dei de ombros, em momento algum tirei os olhos de meu caderno.

— Você deve ter ouvido a discussão... — Ele disse.

— Sim, eu ouvi... — Falei.

— Mas agora está tudo bem, ela vai te pedir desculpas, Jade não pôde ficar com você porque...

— A mãe dela estava doente... — Completei. — Aham, claro que sim.

— E ai ela mentiu para eu não ficar preocupado. Foi só um mal entendido.

— Ok, pai. — Ele nunca ia abrir os olhos mesmo. Conclui.

— Vou deixar você estudar, mas não fique até muito tarde se não amanhã você vai estar cansada para a escola. — Ele disse e me deu um beijo. — Boa noite, te amo. — Me mantive quieta. Ele saiu.

1:30 am. Meus olhos ainda estavam fixos em meu caderno, mas minha mente voava longe, até que ouvi o barulho de alguém batendo em minha janela. Me assustei. Fui ate ela devagar, já sabendo quem poderia ser, abri a cortina e Jorge estava lá, em minha sacada pedindo para eu abrir. Fiz uma cara horrível de descontentamento, mas abri.

— Ligou para o pai dela, Martina? Que feio. — Contive um riso enquanto ele entrava. — Se ela descobrir que foi você, bom... — Nossa, estou com muito medo da Gabrielly.

— Não sei do que você está falando... — Me fiz de boba e sentei em minha cama.

— Não sabe? — Ele me olhou de cima a baixo e mordeu os lábios. — Tem certeza? Ou acha que eu sou idiota?

— Quer que eu te responda mesmo?

— Esse seu ciúmes pode acabar matando você. — Ele disse.

— Ciúmes? — Eu ri. — De você? Se liga.

— Quem mais poderia ter falado para o pai dela? A propósito, o coroa mandou dois homens enormes entrarem na casa, não pude nem me satisfazer... — Jorge se fez de abalado. — Gabrielly esta muito ferrada, eles me viram lá. Eu e ela no ato. Bom, você sabe, eu sempre saio intacto, o único problema foi que eu tive que sair nu. — Fui obrigada a rir. — Mas enquanto aos homens... Bom, você sabe, eu sou um Diablo.

𝗣𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 - ʲᵒʳᵗⁱⁿⁱOnde histórias criam vida. Descubra agora