𝗣𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 - ʲᵒʳᵗⁱⁿⁱ

35 - 𝙒𝙝𝙖𝙩?

Mechi estava me esperando na frente do condomínio, desci o mais rápido que pude até porque me atrasei um pouco, antes acordei Jorge, ou melhor, lutei para acordar Jorge que estava ferrado no sono. Se eu não tivesse o acordado ele perderia a hora de ir para aquela escola, se bem que ele já estava pouco se lascando para aquele emprego, não tinha mais nada de importante para fazer lá, pois Joshua não estava mais entre nós. Então tenho certeza que logo, logo, ele pediria a tal demissão.

— E aí, vadia. Demorou. — Mechi disse ao me ver. — Estava numa rapidinha com Jorge?

— Jorge está mais dormindo do que realmente acordado, nem sabe quem ele é. — Falei e Mechi riu.

Entrei no carro e Mechi deu partida, ela dirigia muito mal.

[...]

— Então Jade está chantageando você? — Mechi perguntou incrédula após eu contar tudo para ela.

— Sim, e o pior é que ela está me encurralando. Acho que o jeito vai ser voltar para casa e dar um jeito de tirar essa mulher do meu caminho.

— Bom...

— Nem pense em Jorge, Mechi. Não quero crueldade. Eu mesma faço questão de resolver os meus problemas. Hoje mesmo eu voltarei para aquele inferno. — Falei respirando fundo e logo soltando o ar.

— Tenho certeza que você vai fazer a coisa certa, Tini. Se quiser ajuda, já sabe... Só me ligar. — Mechi disse sorrindo para mim. — Agora quero ver como você vai falar para Jorge.

— Eu também. — Falei.

[...]

Eu caminhava pelos corredores daquela escola na companhia de Mechi, Sabrina e Facu, eu evitava falar um pouco com Sabrina, pois confesso que havia pegado nojo da cara dela, então falava muito mais com Mechi e Facu.

— Fico tão feliz que vocês voltaram a se falar. — Sabrina disse meio sínica.

— Verdade. — Fui seca e Mechi me olhou rápidamente, fuzilando-me com os olhos.

— Desde o início das aulas você está assim comigo, não estou entendendo. — Sabrina reclamou.

— Pois fique sem entender, é melhor. — Nem eu estava me reconhecendo, mais Sabrina havia caído em meu conceito, pois nós sempre fomos do mesmo grupo, porém quando eu e Mechi paramos de nos falar, Sabrina nem olhava na minha cara e mal me dava um oi direito. — Vou ao banheiro. — Falei deixando todos para trás e dobrando o corredor.

Eu caminhava em direção ao banheiro passando por qualquer tipo de sala: Secretaria, diretoria, SOE e o caralho a quatro.

Entrei no banheiro, logo dando de cara com Gabrielly e as putas aprendizes que se encontravam lá, revirei os olhos.

— Olha quem está aqui. — Gabrielly começou a dizer. — Mardia... — Gabrielly disse e riu e eu fiquei a olhando sem entender... — Entenderam gente? Mistura de Martina e vadia. Mardia. — Ela riu e as outras a acompanharam só para não perder a amiga.

— Você é engraçada, hein?! Depois me dê o endereço do circo que você trabalha. — Falei e pisquei para ela, a empurrando a fim de pegar espaço para olhar-me no espelho, meu cabelo precisava de uma ajeitada de leve.

— Mardia... — Gabrielly soprou, enquanto eu tentava a ignorar o máximo fingindo concentração na arrumação de meu cabelo. Mas eu estava apenas tentando me controlar. — Ué, vai ficar quieta, Tininha? Tá com medo? Finalmente se colocou no seu lugar e viu quem era melhor? — Ela disse rindo e começou a aplaudir. — Assim que eu gosto de ver. — Ela saiu do banheiro se achando vitoriosa, mas ela estava enganada, uma hora a gente iria se trombar novamente e pode ter certeza, ela não sairia ilesa dessa.