- Você está muito afiadinha hoje, não acha? - Jorge dizia me encarando sério. - Acho que você tem que se lembrar com quem está convivendo e se pôr no seu lugar. - Eu apenas o olhava. - Está vendo o meu braço? - Ele disse me mostrando o mesmo. - Ainda está vermelho por causa daquele tapa. Odeio que encostem em mim, Martina. Você não tem noção. A maioria das pessoas que me agrediram antes, pode ter certeza, não estão em um lugar nada bom. - Ele disse e riu, e eu estava enojada com a frescura daquele garoto. - Ah e também tem sua amiguinha que não sabe nem respeitar o território dos outros, isso é falta de surra, mesmo.
- Depois sou eu que extrapolo em relação às coisas, olha o drama que você está fazendo. - Falei revirando os olhos.
- Drama? - Ele riu. - Eu só estou pondo você no seu lugar.
- Ah então perdeu seu tempo, porque eu já sei muito bem o meu lugar.
- Não parece e você está demonstrando isso agora, me enfrentando. - Ele disse. - Não faz coisa para se arrepender, Martina. - Isso soou como um aviso.
- Por que eu me arrependeria? - Perguntei arqueando as sobrancelhas e Jorge me olhou firme, tentando controlar-se da raiva.
- Por que? - Ele riu.
- É, por que?
- Porque eu já disse, sou impulsivo, Martina. Se eu tiver que te quebrar todinha, eu farei isso. Não me tira do sério. - Ele disse apertando meus braços com força.
- Você está me machucando. - Falei tentando me soltar. - Para, Jorge. - Pedi. - Xabiani, Ruggero. - Gritei tentando alguma ajuda.
- Cala a boca, Martina. Isso aqui é entre a gente. Ninguém mandou você querer dar uma de espertinha. - Ele disse e os garotos bateram na porta, ouviram meu chamado. - Podem ir seus boiolas, deixa que a gente se resolve aqui.
- Não, me tirem daqui. - Pedi, eu não gostava daquela forma de Jorge. Ele me olhou bravo, agarrou um de meus braços e me jogou na cama, fazendo eu cair com certa violência e logo semi abriu a porta, colocando só sua cabeça para fora.
- Não se metam. - Ouvi ele dizer para os garotos. - Essa garota tem que aprender a me respeitar, eu tenho que me impor e deixar ela bem na linha.
- Pega leve, cara. Não quero ter que brigar com você. - Xabiani deu seu recado e ele e Ruggero se retiraram, Jorge fechou a porta e voltou seu olhar para mim que continuava atirada na cama do mesmo jeito que ele me jogou.
- Você não precisa fazer tudo isso, eu não te fiz nada, seu retardado. - Falei acariciando meu braço.
- As vezes... - Jorge dizia vindo em minha direção. - As míseras coisas, são as que mais me incomodam. - Ele riu pelo nariz, irônico. - Como o jeito que falam comigo, como se quisessem se impor sobre mim, ou até mesmo quando me batem de brincadeira, que nem você fez. Odeio isso.
- Não bati em você de brincadeira. - Eu sempre tinha que dificultar as coisas. - Te dei aquele tapa porque você mereceu, olha a merda que você falou, aprende a me respeitar porque eu já disse, não sou nenhuma das suas vadias. - Falei levantando-me daquela cama.
- Eu não deixei você levantar, Martina. - Jorge disse. - Eu mando, Você obedece.
- Você está confudindo as coisas. - Falei.
- Não, pode ter certeza que as coisas estão bem em ordem, e eu vou dizer porque: você está na minha casa, de baixo do meu teto, existe uma hierarquia aqui, onde eu estou no topo. Entendeu?
- Mas se eu resolver sair daqui, garanto que você será o primeiro à ir atrás de mim.
- Para te matar. - Jorge disse sério. - Não vai achando que eu não tenho coragem de estourar seus miolos, Martina, não vai achando que eu estou morrendo de amores por você, isso aqui não é um conto de fadas. Acorde. - Confesso que aquilo me atingiu.
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𝗣𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 - ʲᵒʳᵗⁱⁿⁱ
Fanfic"Você é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, Você não tem escolha" - Jorge Blanco E se ela fosse dele? Somente dele. Mas ele, ele não fosse dela? E se ela tentasse lutar contra isso, mas ao mesmo tempo, isso estives...