72 - 𝙏𝙬𝙤 𝙜𝙞𝙧𝙡𝙨

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— Vamos logo, Mechi. Jorge está nos esperando na praça de alimentação. — A apressei enquanto ela queria olhar algum sapato lindo que havia chamado sua atenção. 

— Na verdade, ele está esperando você, eu estou só de arrasto. — Ela rebateu.

— Sim, mas eu pedi para ele vir nos buscar, porque Diego nos largou aqui e picou a mulinha e não esqueça que temos filhos para cuidar. — Falei. — Kaio não pode ficar muito tempo sem mim, se não ele não vai parar de chorar e tenho certeza que aquela babá não vai dar conta.

— Ai como você é chata. — Ela reclamou. — Vamos. — Mechi cedeu e nós caminhávamos em direção à praça de alimentação onde Jorge estava nos esperando.

Assim que estávamos perto, vi que Jorge estava caminhando até alguma mesa, talvez ele fosse beber ou comer algo, mas parei ao ver algo estranho.

— O que foi, Tini? — Mechi perguntou.

— Você não está vendo aquela mulher?

— Que mulher, Martina?

— Aquela atrás daquele cara de vermelho, ela está com um óculos escuros e um pano estranho na cabeça.

— Ah sim, o que tem?

— Ela está seguindo meu marido. — Afirmei.

— Mas ela está parada.

— Agora. Mas quando ele estava se direcionando até aquela mesa, ela seguiu ele até certo ponto e parou, se você perceber, agora ela está observando Jorge o mais discretamente possivel. — Jorge pelo jeito não havia percebido nada, pois continuava sentado naquela mesa sozinho e impaciente. Assim que dei um passo para ir até ele, a mulher se moveu e eu parei de andar. Vi que ela estava se aproximando dele.

— Quem é essa estranha? — Mechi também percebeu.

— Não dá para ver muito bem de longe. — Eu dizia forçando minha visão. Mas dava para ver perfeitamente, quando ela chegou e sem permissão sentou na cadeira vaga à frente de Jorge, ele levou um susto mas logo se recuperou. E então os dois começaram a conversar algo que logicamente não dava para ouvir.

— Deve ser mais uma dessas piranhas que seu marido atrai, o que elas veem nele? — Ouvi a voz de Mechi.

P. O. V. Jorge Blanco

— Você? — Me assustei ao vê-la ali.

— Sim, eu... lembra de mim? Sentiu minha falta?

— Sim e… não. — Falei e pisquei para ela.

— Eu ainda não acho que eu deva desistir.

— Mas você deve, esse coração já tem dona. — Eu disse simples. — E sem querer ser muito inconveniente, vaza. Vou encontrar minha mulher aqui.

— Não sei o que você vê naquela garota. — Era notável o ódio em seu olhar.

— Me diriam a mesma coisa se eu tivesse ficado com você. — Sorri. — Agora é sério, vaza. Não estou com a menor das paciências hoje. — Falei, mas ela não se moveu, só ficou ali me olhando. — Você está surda?

— Isso não acabou. — Ela abriu um sorriso, em seus lábios tinha um batom cor de vinho, e então, ela levantou e saiu. Me senti aliviado, confesso.

P. O. V. Martina

— Ela vazou. — Falei. — Eu preciso saber quem é. — Corri, mas eu não estava tão perto, então a perdi facilmente de vista, o que me restava era perguntar para Jorge. — Vamos, Mechi.

𝗣𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 - ʲᵒʳᵗⁱⁿⁱOnde histórias criam vida. Descubra agora