3 - 𝙊𝙝 𝙎𝙝𝙞𝙩!

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- Ganguezinha de merda? - Jorge se afastou de mim e o vi ficar irritado. - você está ciente do que esta dizendo? Ou melhor, você está ciente de quem nós somos? Do que nós somos capazes? Garota, eu criei tudo isso, e uma coisa que me deixa puto é alguém cagar numa criação minha, Los Diablos passou a ser uma das gangues mais temidas e olha que muitos nem sabem quem realmente são os membros. Você está nos subestimado e isso é algo muito arriscado para sua vida, tem noção disso? - Um silêncio se criou, eu apenas o olhava. - HEIN PORRA, TEM NOÇÃO DISSO? SE EU TE PERGUNTAR ALGO, VADIAZINHA, TU ME RESPONDE. - Jorge se alterou. -Depois a gente mata, e ainda é considerado crime, eu não entendo isso. - Ele disse, totalmente bravo.

- O que menos importa na minha vida é essa gangue de vocês... - Finalmente eu falei algo.

- Você é um caso raro. Em vez de querer esta na minha cama, esta me desafiando e implorando sua morte.

- Eu nunca iria querer esta na sua cama, você é sujo, podre e de gente assim eu quero distância... - Tentei me afastar o máximo de Jorge, mas ele me puxou com toda força do mundo e mais uma vez a distância entre nós era minha mínima.

- Tem certeza? - Ele disse e logo apertou minha bunda, àquilo me deixou com mais raiva ainda. - Você é gostosa. - Ele sussurrou em meu ouvido. - podia ser mais uma das minhas vadias. - Agora ele havia extrapolado, afastei-me dele e com toda coragem e força do mundo, lhe dei um tapa no rosto.

- SUA VADIA DE CAMELÔ! - Ele gritou com uma das mãos no lado do rosto atingido. - você está mesmo brincando com sua vida né? Mas aproveite, porque hoje você teve sorte, não estou a fim de te matar e depois ainda ter que esconder seu corpo. Eu vou dormir, e quando eu acordar não quero mas nenhum rastro seu aqui. - Ele disse se controlando.

- Você não sabe o quanto eu estou feliz em ouvir isso. - Falei indo para o sofá, assim que o sol raiasse, o que não faltava muito, eu sairia dali.

[...]

Três dias se passaram e tudo o que havia acontecido não saía da minha cabeça, pensei em até denunciar àquela ganguezinha para a polícia, mas eles são espertos demais, eu estaria apenas moldando minha morte. Fui obrigada a pisar no meu orgulho e voltar para casa, fiquei de castigo claro, meu pai me deu um discurso dizendo que o fato de eu ter saído de casa havia sido um exagero e blá blá blá.

Estava em minha cama, lendo algo desinteressante que havia naquelas revistas sem graças que eu adorava comprar, vai entender, a tristeza batia quando eu me lembrava que só havia mais duas semanas de férias. Até que meu telefone tocou.

- E ai piranha, já está na esquina? - Era minha melhor amiga Mechi.

- Claro, até porque minha esquina é de outro nível, tem até telefone residêncial...

- Vai te foder, Martina. Você não atendia a droga do seu celular, então liguei para o telefone residêncial Ué.

- Ok, fala...

- Vem aqui, preciso de companhia, estou me sentindo tão sozinha. - Sempre dramática essa minha amiga

- Garanto que você não quer uma piranha na sua casa. - Falei e ela riu.

- Piranha, Quem é piranha? Eu falei algo? Devo ter confundido a palavra, você é uma princesa... A fiona claro. - Ela me amava.

- Mercedes, você tem sorte que eu gosto da fiona, se não você estava ferrada, vou tomar um banho e daqui a pouco eu vou ai.

A casa da Mechi ficava a algumas quadras depois da minha, ainda não havia falado a ela o ocorrido de três dias atrás, e nem sabia se iria falar, talvez fosse melhor eu guarda um pouco mais para mim.

𝗣𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 - ʲᵒʳᵗⁱⁿⁱOnde histórias criam vida. Descubra agora