27 - 𝙊𝙠, 𝙇𝙚𝙩𝙨 𝙂𝙤

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Já era noite e eu apenas ficava observando os garotos para lá e para cá se arrumando para ir a tal boate. Eu já estava ficando com raiva novamente porque Jorge me deixaria e mais raiva ainda porque ele transaria com outras.

Fui até o seu quarto batendo perna e abri a porta, Jorge estava apenas de cueca.

— Eu quero ir. — Falei.

— Mas que porra, Martina. De novo? Eu já disse que não.

— Eu não quero ficar sozinha. — Disse cruzando os braços.

— Deus está entre nós. — Ele disse vestindo as calças.

— Por favor. — Disse chegando mais perto e dando leves beijos em seu peitoral nu, logo fui para os seus lábios. — Se você quiser eu finjo que nem te conheço.

— Ah, claro. Você vai chegar comigo, mas nem me conhece. Boa hein, Martina. — Ele debochou.

— Eu não quero que você fique com outras. — Abri o jogo, ele me olhou e riu.

— Mas eu vou. — Ele disse implicante. — Você já me teve demais.

— Ok, Blanco. Mas você que sabe... Ou deixa eu ir, ou esquece isso. — Falei o prensando em mim violentamente, mordendo seus lábios e pondo suas mãos em minha bunda, vi seus olhos se perderem, ele avançou a fim de prolongar aquilo, mas eu não deixei. Sai do quarto, óbvio que Jorge não se comoveria, ele tinha a mulher que queria e eu era apenas mais um brinquedinho. Voltei para a sala e liguei a televisão colocando em um programa qualquer.

Meu celular tocou novamente, era meu pai, eu ainda estava com muita raiva. Porém, preferi atender, pois lembrei-me do que Jorge havia dito sobre ele colocar a polícia atrás de mim.

— Alô. — Disse indiferente.

— Martina, pelo amor de Deus, diz onde você está. Volta para casa, por favor.

— Para que? Para você me mandar pra a Espanha? Não. Eu estou bem.

— Tini... — Desliguei em sua cara e respirei fundo, foi doloroso.

Tinha uma chamada de Mechi, talvez ela já estivesse a par de toda a situação, mas não liguei de volta, em breve marcaria um encontro com ela e lhe contaria tudo, eu precisava dela e sei que nessa situação ela me apoiaria.

— E ai, como eu estou? — Xabiani disse aparecendo na sala e dando um giro, mostrando sua roupa, ele estava realmente um gato.

— Tá legal. — Eu disse fazendo pouco caso.

— Só legal? — Ele perguntou com descontentamento.

— Ok, você está super gostoso.

— Ah papai, agora eu gostei. — Ele disse risonho.

— Que putaria é essa aquí? — Jorge surgiu do nada, parecia estar com ciúmes do elogio que eu fiz a Xabiani.

— Que putaria? — Perguntei.

— "Você está super gostoso" — Ele disse me imitando.

— Mas Xabiani está uma delicia mesmo, agora você... Hm... Deixe-me ver... Mesma coisa de sempre. — Amava irritar Jorge, Xabiani deu dois tapinhas nas costas de Jorge e saiu rindo.

— Ah é? — Jorge disse. — Eu ia deixar você ir, mas você não quer sair com alguém que está a mesma coisa de sempre. — Dei um pulo do sofá ao ouvir aquilo

— O que? Quem disse isso? — Me fiz de boba. — Você está lindo, gostoso, maravilhoso, Xabiani não é nada perto de você.

— Eu ouvi isso, hein. — Xabiani gritou e eu levei as mãos a boca. Jorge riu.

𝗣𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 - ʲᵒʳᵗⁱⁿⁱOnde histórias criam vida. Descubra agora