29 - 𝙄𝙢 𝙒𝙧𝙤𝙣𝙜 𝙏𝙤𝙤

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— Sua pirralha, idiota. — Ela avançou contra mim, mas Ruggero veio correndo e a segurou. — O que você está fazendo aqui? É com o Jorge que você está se envolvendo? É uma vadia mesmo.

— Como você ousa me chamar de vadia? Olha pra você. — Falei furiosa tentando me soltar dos braços de Jorge, mas estava sendo impossível.

— Eu só não acabo com você aqui, porque você se envolveu com o meu chefe e esse emprego é minha vida. — Ela dizia sem nenhum medo de que eu pudesse estragar a vida dela contando tudo para meu pai, talvez ela não tivesse essa preocupação.

— Seu chefe? Que chefe? — Perguntei sem entender.

— Além de tudo é burra. — Ela disse e eu logo me liguei olhando para Jorge.

— Chefe? Como assim? — Perguntei a ele.

— Eu sou dono disso tudo, Martina. — Ele respondeu dando de ombros, eu não tinha percebido isso. — Você deveria prestar mais atenção nas coisas... E pelo visto, eu também, pois não sabia que a garota das bebidas era sua madrasta. — Ele disse arqueado as sobrancelhas.

— Garota? Essa dai já é bem antiga. — Falei. — Ah, e diga x. — Falei pegando meu celular e tirando uma foto dela. — Porque seu show acabou.

— Você acha mesmo que seu pai vai me largar? Ele não vive sem mim. É só inventar uma desculpinha boba que ele cai na rede direitinho. — Ela dizia com um sorriso nos lábios me enchendo de ódio.

— Que desculpa você vai inventar, Jade? "ah eu só trabalho semi nua porque foi o único emprego que eu consegui com o meu nivel de inteligência para comprar minhas máscaras faciais, eu não queria pedir dinheiro para você, amor" — Ironizei uma desculpa.

— Boa ideia. — Ela disse e eu consegui me soltar dos braços de Jorge partindo para cima dela e a derrubando no chão, logo montando nela e dando tapas consecutivos em sua cara, ela se agarrou em meus cabelos e eu mudei para socos fazendo seus lábios e supercílio sangrarem, nem eu estava acreditando em minha força.

— Ok, chega, Martina. — Jorge disse me tirando de cima dela. Rindo, ele banalizava qualquer situação, impressionante. — Adoro briga de mulher, me deixa louco. — Ele disse mas eu nem dei bola, pois estava ocupada chamando Jade de tudo quanto é coisa.

— DEMITE ELA, BLANCO. DEMITE. — Gritei. — CHAMA OS SEGURANÇAS, TIRA ESSA VADIA DAQUI. — Jorge me olhou pensativo.

— Não, Sr.Blanco, você não pode me demitir por causa dessa garota, todos sabem que trabalhar para você é minha vida. — Ela disse com um tom malicioso na voz, e eu concluí que eles já haviam transado, fiquei mais nervosa ainda.

— Eu vou falar tudo para o meu pai e ele vai deixar você. — Eu disse e ela riu.

— Você não se atreveria...

— Ah é, porque não?

— Ele não ia gostar de saber que a filhinha dele se envolve com um gangster e muito menos que você esteve por aqui... Se eu afundar, você vai junto. — O que Jade falou, foi de se pensar, meu pai nunca aceitaria que eu andasse por esses lados, ele sempre foi do tipo que sonhou o melhor para mim. Se ele descobrisse meu envolvimento com Jorge, ou melhor, descobrisse que Jorge era um gangster ele poderia tomar atitudes drásticas.

— Isso não vai ficar assim, Jade. — Falei e Jorge começou a me empurrar em direção à um sofá qualquer, o qual eu sentei totalmente perdida, aquela música alta já estava começando a me fazer mal. Eu não sabia o que eu ia fazer perante essa situação. Eu apostaria no tempo.

— Aquilo foi demais. — Jorge disse rindo. — Você fez minha noite.

— Nossa, olha minha cara de felicidade. — Disse irônica. — Como ela consegue enganar meu pai desse jeito? Para ele, ela trabalhava com cobranças.

𝗣𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 - ʲᵒʳᵗⁱⁿⁱOnde histórias criam vida. Descubra agora