— SOCORRO. — Gritei ao acorda em um lugar totalmente escuro. — ME TIREM DAQUI, SOCORRO. — Fiquei sentada no lugar macio em que antes eu estava deitada. — ME AJUDEM, EU NÃO QUERO FICAR AQUI, SOCORRO.
— O que aconteceu, Martina? — Vi alguém entrar pela porta e levei as mãos ao rosto por causa da claridade que quase me cegou. — Calma, eu estou aqui. — Percebi que era Jorge e uma sensação de alívio me percorreu, ele ligou a luz e pude perceber que eu estava em seu quarto.
— Porra, Jorge. — Reclamei levando as mãos ao peito. — Por que você deixou tudo escuro? — Jorge sentou-se ao meu lado e me envolveu.
— Só fui levar o médico a porta. — Ele disse e eu estranhei.
— Médico?
— Sim, você ficou um bom tempo desmaiada, Mechi achou melhor chamar um médico. — Ele me deu um selinho. — Porra, Martina. Nunca mais faz isso comigo, nunca mais vou deixar você sair de casa sozinha. — Até então, eu não lembrava direito o que havia acontecido, mas logo minha memória começou a clarear e veio em minha cabeça a imagem de três homens atirados no chão mortos, no caso, Damien, Lino e Wilson. Eu ainda me sentia completamente assustada. Me agarrei fortemente em Jorge e cai em lágrimas. — Caralho, Martina. Não chora, eu não sei lidar com essas coisas. — Ele disse de uma maneira grosseiramente fofa, fui obrigada a dar um sorriso. — Mas eu sei o que fazer. — Jorge disse e grudou seus lábios nos meus, me dando um leve beijo lento que teve o dom de me deixar melhor. Sequei as lágrimas e sorri para ele.
— Você disse sobre Mechi... Ela... Ela está aí? — Perguntei.
— Infelizme...
— TINI? — Mechi entrou no quarto gritando. — AMIGA, VOCÊ ESTÁ BEM? AI MEU DEUS. — Ela praticamente se atirou em cima de mim, vi Jorge fazer uma cara nada agradável. — Quando Diego me contou do sequestro eu não sabia o que fazer e ai... — Mechi caiu em um choro intenso.
— Calma, eu estou bem. — Lhe dei um abraço.
— É, eu salvei ela. — Jorge se pronunciou.
— Era o minino que você poderia ter feito, seu cabeça de gema. — Ela o xingou
— Ah é? E se eu não fosse a salvar, você iria?
— Eu iria, porque ela é minha melhor amiga
— Para inicio de conversa, você nem acharia o local onde ela estava, porque você é burra
— Burra? Olha o respeito comigo — Os dois entraram em uma discussão sem fim e eu fui até o banheiro ver como estava meu estado, eu não estava com a roupa de antes, agora eu vestia meu pijama favorito. E meu rosto tinha alguns curativos
— Quem mudou a minha roupa? — Sai do banheiro e perguntei, os dois pararam de discutir e puseram sua atenção em mim
— Eu. — Jorge disse — Ou você acha que eu iria te deixar com a camiseta daquele mané? — Jorge disse — Aliás, eu quero saber tudo o que aconteceu lá, Martina. Você estava sem sutiã — Estremeci e logo aquelas cenas horríveis vieram em minha cabeça, comecei a passar mal, meu estômago embrulhou
— Não quero falar sobre isso, Jorge. Não são boas memórias
— Martina, se eu pudesse, eu matava Damien novamente, porque eu acho que ainda não foi o suficiente para tudo o que ele te fez — Ele chegou mais perto e começou a passar suavemente seus dedos pelas marcas que tinham em meus braços, em seguida levou sua mão até meu rosto e começou a acaricia-lo, tomei coragem e olhei nos olhos de Jorge, eles estavam marejados.
— Eu vou matar esse filho da puta de novo, ele merece morrer mais umas mil vezes. — Ouvi a voz de Mechi, ela estava furiosa.
— DIEGO. — Jorge gritou e logo aquele capeta apareceu.
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𝗣𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 - ʲᵒʳᵗⁱⁿⁱ
أدب الهواة"Você é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, Você não tem escolha" - Jorge Blanco E se ela fosse dele? Somente dele. Mas ele, ele não fosse dela? E se ela tentasse lutar contra isso, mas ao mesmo tempo, isso estives...