38 - 𝘾𝙤𝙢𝙚 𝙃𝙚𝙧𝙚 𝙉𝙤𝙬

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— Vim devolver suas roupas. Não era isso que você queria? — Ele disse e eu logo avistei minha mala em cima de minha cama ao lado dele.

— Como você entrou com essa mala aqui? A sacada está fechada e eu tranquei a porta de casa.

— Não trancou direito, nada que um grampo não resolvesse — Ele deu um sorriso que quase fez eu sair correndo e agarrá-lo.

— Ok, muito obrigada. Você já pode ir — Eu disse e ele levantou da cama vindo em minha direção.

— Você acha que será simples assim? — Ele perguntou e riu.

— Não sei do que você está falando — Me afastei de Jorge, logo pegando um hidratante corporal e sentando em minha cama, passando em minhas pernas. O olhar de Jorge se perdeu.

— Não se faça, Martina. Você sabe muito bem — Ele disse pegando meu notebook que se encontrava em cima de minha escrivaninha, logo veio com ele e sentou-se na cama também — Lembra disso? — Ele mostrou-me um mini disco, em seguida lembrei-me do que se tratava.

— Jorge... — Tentei falar algo. Ele colocou o disco no notebook, logo em seguida eu vi nós dois transando naquela sala.

— Bela rapidinha, não? — Jorge disse com um sorriso malicioso.

— Tira isso — Gritei, confesso que ao ver aquilo ainda mais com Jorge em minha frente, me surgiu certos desejos. Até que eu realmente me dei conta de onde ele queria chegar — Você não...

— Você vai continuar pagando uma de espertinha... — Ele me interrompeu — Ou eu vou ter que manda uma cópia disso para o seu pai? — Porra, merda, caralho, droga.

— Por que você está fazendo isso? Não pode apenas me deixar em paz? Você tem Gabrielly de quatro para você, vá atrás dela, me esqueça — Falei, eu não aguentava mais tudo aquilo — Eu preciso resolver minha vida, Jorge. Preciso voltar a ser a tão amada filha de meu pai, e deduzi que só vou conseguir isso com você longe de mim, bem longe. Você é problema na certa — Falei.

— Eu não te perguntei nada, Martina. Não quero saber de seus problemas. Eu não vou deixar você ir tão fácil assim, você é minha.

— Você está me chantageando. Me deixe em paz, Jorge. Por favor, eu não sou nada para você, lembra? — Tentei convencê-lo.

— Como eu queria, Martina... Como eu queria... — Jorge disse molhando involuntariamente seus lábios como se fosse falar algo que o comprometesse.

— Queria o que? — Perguntei sem entender.

— Que... Que você não significasse nada para mim — Ele disse por fim e eu não acreditava no que acabei de ouvir, eu significava algo para ele, era isso mesmo?

— O que? — Perguntei sem entender.

— Isso mesmo que você ouviu, eu não vou repetir — Ele disse voltando a ser um bad boy. E eu idiota, não conseguia falar nada,

— Eu...

— Não sabe o que falar? — Ele riu debochado,

— Não.

— Então me beije — Ele disse se aproximando de mim, logo beijando meu pescoço.

— S-sai — Tentei resistir.

— Sai? Pensei que você ia se amolecer pelo menos um pouco depois de eu ter dito aquilo — Ele me olhou confuso.

— Não é bem assim — E não era mesmo.

— Quer saber, Martina?! Ja dei o meu recado. Você que decide — Ele disse retirando o disco do notebook — Eu sei que você irá fazer a escolha certa. Ou seja, irá voltar para mim — Ele disse e logo foi para a sacada desaparecendo. Joguei uma almofada em sua direção.

𝗣𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 - ʲᵒʳᵗⁱⁿⁱOnde histórias criam vida. Descubra agora