20 - 𝙊𝙈𝙂, 𝙈𝙮 𝘾𝙖𝙧!

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Abri mais um pouco a porta para poder ter melhor visão, mas fiz tudo com cuidado não querendo chamar a atenção, ao ver aquilo um enjôo horrível me consumiu, é como se eu fosse vomitar ali mesmo. Gabrielly estava apoiada na mesa grande dos professores, enquanto ele a penetrava. Por um momento senti meu sangue ferver, como se eu precisasse acabar com aquilo, mas ao mesmo tempo eu não podia deixa Gabrielly saber que eu era envolvida com Jorge, se Mechi não sabia, por que logo Gabrielly saberia? Droga, o que eu iria fazer? Minha vontade era de entrar e jogar as cadeiras nos dois até ver eles com a cabeça totalmente estourada, ou apenas puxar aqueles cabelos bons de Gabrielly e lhe dar uns belos tabefes na cara, me controlei para não fazer isso. Eu precisava me controlar, Jorge era um idiota e eu sabia disso.

Pensei na câmera que havia em todas as salas, olhei a fim de localiza-la e puta que pariu, sorte do caramba, naquela sala eles ainda não haviam instalado câmeras. Jorge foi esperto, muito esperto.

— Isso, Jorge. Vai. — Gabrielly falava prendendo a voz. Jorge se mantinha quieto e concentrado, não mostrava nenhuma reação, nem parecia que estava fodendo alguém.

Entrei totalmente na sala, querendo que os dois me vissem, e então, comecei a aplaudir, mas minha verdadeira vontade era de jogar as cadeiras nos dois, já disse. Eu precisava manter a postura, eu não podia me rebaixar, se eu batesse em Gabrielly, ela descobriria que eu tinha algo com Jorge e ele acharia que eu estava com ciúmes, sendo que eu não estava, claro.

Gabrielly me olhou rapidamente, assustada. Sua cara era a melhor, me segurei mesmo, para não acabar com a raça daquela vadia. Jorge me viu e talvez eu o vi ficar meio intimidado, mas em nenhum momento saiu de sua postura bad boy, eu o odiava.

— Nossa, que feio... — Falei levando as mãos a boca, me fingindo de apavorada — Mas se a diretora descobre isso, vocês estão ferrados...

— Você não contaria, Martina... Tenho certeza. — Jorge disse e era verdade, em relação a ele, eu era tão podre quanto Gabrielly.

— Fodendo logo essa vadia, Sr. Blanco. — Falei me fazendo de aluna inocente. — Que horror, pensei que o "Sr" Pegava coisa melhor. — Sai daquela sala me sentindo super mal, e podia ouvir Jorge dizer: — Vamos, continua. — Fui correndo para o banheiro e assim que encontrei a privada, vomitei.

— Martina… você está bem? — Ouvi a voz de Sarah, uma colega nossa, ao lado de fora.

— Sim. — Falei respirando fundo e logo sai. Fui para a pia e lavei meu rosto e limpei minha boca. Sai daquele banheiro como se não tivesse acontecido nada.

Bateu o sinal e então eu voltei para a sala, aquela cena não saía da minha cabeça, embrulhando ainda mais meu estômago e fazendo eu sentir mais raiva. Para essa revolta passar eu precisaria ficar uns três séculos sem vê os dois.

Havia mais duas aulas, as quais passavam se arrastando, Gabrielly chegou apenas na última, e até onde eu lembrava, isso não era permitido.

Gabrielly passou por mim e deu um sorrisinho sarcástico, e ela não deveria ter feito isso, ainda mais que eu estava quase explodindo de tanta raiva. Coloquei o pé na frente para ela tropeçar, sempre mantendo os olhos em meu caderno para disfarçar, vi Gabrielly cair no chão de boca, era exatamente ali que a boca dela deveria estar e não em Jorge. A maioria da turma riu, mas o professor de química e mais uns garotos super baba-ovos dela saíram correndo para ajudar, ela continuava atirada em minha frente e eu continuava apenas olhando, ainda achava que aquilo era pouco, mas eu estava decidida: na próxima vez que Gabrielly me tirasse para idiota, ela sofreria as consequências, até porque, isso não vinha de pouco tempo, era desde o ensino fundamental, ela simplesmente decidiu me odiar e por aí ficou. Pude ver que ela tinha os lábios cortados.

𝗣𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 - ʲᵒʳᵗⁱⁿⁱOnde histórias criam vida. Descubra agora