33.

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LIZZIE

       Coloco os brincos pequenininhos que escolhi usar hoje e ajeito o "penteado" que fiz no meu cabelo. A verdade é que eu só passei gel em uma parte da frente que está partida ao meio e os coloquei atrás da orelha, enquanto o resto está solto. Meu pai aparece na sala com um terno preto, muito bem arrumado.

— Como estou?

— Está ótimo. Cadê a Samanta?

— Deve estar vindo. — ele se senta no sofá com todo o cuidado do mundo para não amassar a roupa. — Você está linda. Todos vão amar ver você lá!

— Todos?

— Sim, o pessoal da empresa. Nunca mais viram você. Já estão acostumados a ver Aaron todos os dias, mas você não.

A campainha toca e ele se levanta rapidamente, animado para atender, mas volta desanimado e  me levanto automaticamente quando ouço a voz de Dean. Quando me vê, ele me olha de cima a baixo.

— Uau. — ele diz, sem se importar com a presença do meu pai. — Você está linda.

— Eu disse a mesma coisa. — meu pai fala, voltando a se sentar no sofá.

Dou uma voltinha e vou até ele para abraçá-lo rápido, mas quase desmancho nos seus braços quando sinto o cheiro delicioso do perfume. Me afasto antes que eu resolva agarrá-lo aqui mesmo na frente do meu pai e olho para a sua roupa. Ele está incrivelmente lindo com o terno vinho que está usando. Não o vejo de terno desde a nossa formatura do terceiro ano.

— Prontos? — Aaron chega na sala, com o seu terno azul marinho. Acho que tenho o privilégio de ter os homens mais gatos na minha vida, porque Aaron também está maravilhoso.

— Estou esperando Samanta. — meu pai diz, impaciente. Ele detesta esperar.

Como se tivesse esperando apenas o meu pai reclamar, Samanta chega com o seu vestido dourado colado no corpo e com os saltos maior do que eu. Meu pai a gira e a enche de elogios enquanto caminhamos até o carro dele. No caminho para a garagem, Dean e eu ficamos atrás deles e ele aproveita que ninguém está olhando e me puxar e sussurrar:

— Você está muito gostosa nesse vestido.

— E você está uma delícia nesse terno. — mordo o lábio e ele belisca a minha cintura.

— Não me faça ficar duro aqui e agora.

Ele me empurra de leve e eu sufoco uma risada quando entramos no carro. O caminho todo é repleto de provocações minha e dele quando ninguém está prestando atenção.

. . .

      Quero ir embora. Estou quase quebrando a taça de champanhe que está na minha mão de tanta raiva que estou da cena que estou vendo na minha frente. A filha da Samanta — eu nem sabia que ela tinha filha, mas é claro que mais uma vez ninguém me contou — está dando descaradamente em cima do Dean. E sabe o que ele está fazendo? Nada! Ela está passando a mão no peito dele na frente de todo mundo e a única coisa que ele está fazendo é sorrindo. Sinto vontade de chorar e bater nela ao mesmo tempo, mas permaneço parada e sorrindo para as pessoas que eu não conheço que estão vindo falar comigo. Chega dessa festa de confraternização! Quero ir para a minha casa e xingar o Dean com todos os xingamentos existentes na face da terra. Não devo cobrar nada dele, ele pode ficar com quem quiser. A questão é que eu não quero que ele queira ficar com mais alguém além de mim. Faz sentido?

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