Capítulo 25 - A Batalha De Ammeu

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A situação não estava nada boa. Antes, estávamos numa posição relativamente confortável nos túneis, agora estávamos na superfície, aonde rugia a  batalha, em todo seu furor. Estávamos distantes da trincheira aliada que ainda estava de pé, cerca de 450 metros, e totalmente expostos a artilharia e tiros que eram disparados entre os lados opostos.

Corpos e mais corpos, principalmente dos soldados da Kasiléia estavam espalhados por todos os lugares, de forma caótica, alvejados, explodidos, queimados e cortados. Alguns dos corpos sendo devorados pelos demônios e monstros. A terra estava  avermelhada, ensopada de sangue. O ar tinha um forte cheiro de ferro, carne queimada e a pólvora das explosões que não cessava em momento algum.

A parte inicial das ruínas haviam sido invadidas, assim como as primeiras duas linhas de trincheiras, e agora as duas estavam sendo usadas como cobertura para ataque pelos inimigos. No início, havia cerca de cinco linhas de trincheiras, duas haviam sido tomadas e uma estava sendo tomada. Estávamos entre a 3ª e 2ª trincheira. O exército da Kasiléia tentava manter a 3ª trincheira, mas estavam sendo colocados para correr, sob disparos de morteiro, tiros de metralhadora e cápsulas de ácido vindo dos tanques pequenos e ágeis, do tamanho de um carro bem pequeno. Eram feitos de material orgânico e revestidos de uma camada extremamente resistente de uma forma modificada de queratina. São Demmost, um tipo de monstro que disparava um ácido terrivelmente corrosivo. E eles também disparavam jatos de fogo. Tivemos o desprazer de ver um deles, apesar de estar sob  constante fogo e já avariado, chegar na borda da 3ª trincheira e disparar seus lança chamas embutido, torrando qualquer infeliz que estivesse no alcance. No céu, suas contrapartes voadoras, os Aremmost, também com a mesma capacidade de lançar cápsulas de ácido, mas no lugar de jatos de fogo possuíam cápsulas psiônicas, que eram lançadas no meio dos inimigos para causar confusão no inimigo.

E por último as unidades arcanas de combate do exército de Inteikos. Demônios que possuíam vestes de combate com escudos embutidos, capazes de resistir a explosão de uma granadas ou de bombas de morteiro. Agiam em conjunto, e possuíam rifles de assalto de quatro tiros de ferrolho que faziam um tiro de rifle de assalto parecer uma bala de festim. Talvez isso seja um rifle de plasma indutor.

A tecnologia deles é muito, muito superior. Se o exército da Kasiléia não recuar, vai ser um massacre. Na verdade, muitos já perceberam isso, e estão recuando para a segunda trincheira, que já estava sobre ataque também, mas para fazer isso, tinham que passar pelo meio da terra de ninguém, aonde eram presa fácil para tiros e explosões, ou pelas poucas trincheiras que conectam as trincheiras horizontais, que obviamente estavam sobre constante fogo inimigo.

Monique pareceu chocada por um instante, mas se recompôs e ainda tossindo, veio para perto de mim e gritou por cima da barulheira infernal.

— ESTAMOS EXPOSTOS DEMAIS! SIGA-ME!

Corremos para uma parede em ruínas a uns 20 metros de distância, nada mais que um amontoado de pedras de um metro e meio de altura, mas serviu para impedir que fossemos atingidos por alguma bala perdida de metralhadora que zunia próximo de nós.

Ela puxou um cantil, bebeu água e jogou no rosto.

— Maldição! — Ela exclamou. — Temos que ir para a base na colina. Temos que rezar que os servos de Barião e os traidores já não tenham tomado a base, senão teremos nossa rota de fuga cortada e estaremos cercados. Você... — Ela apontou para mim. —... Não desgrude de mim, vou conjurar um escudo para não sermos atingidos por explosivos ou balas. Eu até poderia conjurar uma armadura mágica de corpo todo, mas sei que eles estão usando balas que penetram esse tipo de armadura. E você ficaria desprotegido. Por isso, um escudo no formato de bolha é a melhor opção. Me dê cobertura. Se alguém chegar perto, corte ele com sua espada. Aliás...

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