Só atualizando: São quatro de seis vezes agora. Minha taxa de sucesso caiu para 33%. Droga!
Em minha defesa, Julie usou as duas mãos e ela é realmente muito forte.
Quando a avistei na escola logo fingi que não a vi e tentei fugir. Mas não deu. É difícil andar rápido com a pélvis ardendo desse jeito.
Filha da mãe! Eu tive que passar pomada por causa disso!
— Oiiii Tom. Como está se sentindo hoje?
— O que aconteceu com a Cailena? — Eu perguntei desgostoso.
— Existe um limite até que ponto eu posso te humilhar em público. A Cailena é algo particular entre nós dois. — Ela abaixou o tom de voz de forma que somente eu pudesse ouvir: — Só se assuma quando estiver pronto.
— O que você quer, Julie? — Eu perguntei aborrecido.
— Saber como você está, é claro.
— Graças a você minha pélvis está pegando fogo.
— Eu sou uma fera na cama mesmo, né?
Foi nesse momento que percebi que estávamos passando por um grupo de pessoas e eles com certeza ouviram as duas últimas falas da nossa conversa.
Pela primeira vez na vida eu quis ser um avestruz para poder enfiar minha cabeça no chão.
— Julie, o que diabos foi isso? — Eu perguntei desgostoso.
— Chama-se o-por-tu-nis-mo. Todos devem saber que estamos namorando e quando terminarmos saberem que eu arraso.
— Mentira. Você fez isso para me provocar e está tentando sair por cima.
— Se a vida te dá limões, faça uma limonada. — Ela sentenciou solene. — Aliás, acho que você tem um alcance tonal fantástico.
— O quê... de onde você tirou isso?
— Do ganido que você deu quando levou o cuecão. Abelhas não alcançam esse tom.
Ela disparou na gargalhada.
— Aliás, por que você fez isso? —Eu perguntei magoado. — Eu não fiz nada de errado.
— Por acaso você esqueceu do que a senhorita Cailena fez no cinema? E de pensar em romper nosso acordo? E fazer um acordo por baixo dos panos com minha amiga? Eu tive que ouvir um baita sermão dela para fazer me desculpar contigo. Mas principalmente a respeito do incidente da sua saliva na minha boca. Nunca mais faça isso. Eu não sou lésbica.
— Julie, você quer comparar as inúmeras coisas que você fez com uma coisinha que eu fiz? Pensei que a gente já tinha superado isso!
— Eu me entristeço ao saber que você é mais burro que imaginei. Pensei que me conhecia há tempo o suficiente para saber que sou uma pessoa muito vingativa. E você quebrou a regra de a gente jamais se beijar.
— A gente não se beijou.
— Pior, você me fez provar sua saliva!
—Eu realizo metade de um sonho seu e você me dá um cuecão em troca?
— Metade de um sonho meu?! Está se achando gostoso, Cailena?
— Se você quiser a segunda metade do seu sonho secreto vai ter de trabalhar muuuito. Eu sou areia demais para seu baldinho de praia.
— Hey! Eu te pego a hora que eu quiser! É só eu estalar os dedos e você vem correndo como um cachorrinho. Você é minha vadia.
— Aprenda seus limites, Julie. Sou areia demais para seu caminhãozinho. Quer dizer, nem caminhão você tem. Você é uma garotinha com um baldinho de praia furado e uma colher de sobremesa ao invés de uma pá.
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Improvável
General FictionThomas tem um único objetivo: conquistar a garota de seus sonhos, a qualquer preço. Mesmo se isso significar participar de um plano mirabolante de Julie, sua vizinha sádica que o vem atormentando desde da infância. O que os dois não esperavam é que...