Capítulo 22 - Preparativos e Intrigas

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Antes de continuar vou deixar isso registrado:

O Rei Lagarto não é brincadeira... Aquela coisa é... Prefiro não comentar.

— Aalna, sua idiota. O que raios você está pensando... — Diz Livlian tampando o rosto com uma das mãos de puro desgosto.

— Foi tão ruim assim? — Pergunto consternado.

— Olhe só para isso! Eu nem sei o que diabos é essa, essa... Coisa! — Ela aponta para o animal que eu havia tentado invocar.

— Realmente não me parece um guaxinim... — Digo me abaixando para ver melhor e cutucando com um graveto.

— Guaxinins no mínimo respiram! E parecem guaxinins. Isso é apenas um amontoado de carne com pêlos! E sai de perto dessa coisa, Thomas! Pode ser venenoso!

Eu me afasto e ela imediatamente incinera minha tetantiva de guaxinim.

— Cruzes! Parecia ter saído de um pesadelo! — Ela diz sacudindo o corpo numa demonstração de horror. — Vamos tentar outra coisa. Tenta conjurar uma chama na sua palma, se der certo, você deve conseguir conjurar uma bola de fogo. Não é o melhor feitiço do mundo, mas depois daquela aberração não estou muito esperançosa.

— Vou tentar.

Concentro minha magia na mão e de fato aparecem três pequenas chamas bruxuelantes. Porém...

— Por que são chamas rosas? Eu tenho 13 bilhões de anos, e nunca vi alguém conjurar fogo rosa... — Livlian se inclina para ver melhor.

— E eu que vou saber?

POOF!

— MINHAS SOMBRANCELHAS! ESTÁ QUEIMANDO MINHAS SOMBRANCELHAS! — Livlian berra em pânico tentando apagar o fogo.

Eu solto um palavrão enquanto tento apagar desesperadamente minha mão que estava envolta em chamas.

Livlian se vira para mim depois de apagar o fogo. Ela não está nada feliz.

— Ok, você está proibido de usar feitiços de evocação! E está proibido de usar magia até que entenda como essas coisas funcionam!

Ela estava brava, mas a cara dela estava meio preta de fuligem, o que arruinava completamente a expressão séria dela...

— Mas se não posso usar magias de ataque, como vou lutar?

— O ideal seria você não lutar. Você é um bem valioso demais de para ser jogado no lixo assim! Mas Njutt cismou que quer dar apoio ao plano estúpido de Aalna!

Ela pausa e diz com desgosto:

— Viu só? Eu, a deusa que todo mundo chama de temperamental e matadora, é a que mais se preocupa com você no momento. E ainda tenho que aguentar o fato de Aalna ter um séquito maior de adoradores, aquela pilantra filha de uma...

Ela suspira, cortanto sua própria frase.

— Você está preocupada com minha segurança, senhora Livlian? — Perguntei meio surpreso. — Pensei que você não gostasse de humanos.

Ela pareceu me ignorar, estava mergulhada em cismas.

— Acho que tenho algo que possa te ajudar. Não vai ser nem de longe algo que vai me acalmar, mas é melhor do que nada. Siga-me.

Ela fez um gesto para segui-la.

Passou alguns momentos e ela fala meio incomodada:

— É que eu acho injusto você ser jogado numa batalha sem ter nem o mínimo necessário para sobreviver. E você, meu caro paladino, é um recurso para Malahamunt. Aalna pode pensar que você é propriedade dela, um recurso exclusivo, mas ela usou a alma de Reksalurt, que é um bem comum, e sem autorização ainda por cima. Portanto, você é um recurso de Malahamunt. Um ás na nossa manga, perder você seria bem desastroso. E ainda mais que, como você pode notar, estamos numa situação extremamente delicada.

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