...
Por diversas vezes senti algo como uma faísca elétrica, como se fosse um isqueiro tentando ser aceso, tentando iluminar... o escuro? Não. Não era necessariamente o escuro, estava mais para o vazio. Da última vez fiquei flutuando e não sentido nada numa névoa branca. Agora... Não há nada.
Até que a faísca elétrica persistiu por alguns segundos.
Nesse momento abri os olhos.
Eu estava novamente num quarto igual a primeira vez. Tudo parecia exatamente igual com exceção de duas pilhas de livros imensas ao lado da cama de pedra.
Cama de pedra?!
Olhei com mais atenção e vi que eu estava num altar forrado de veludo, não em uma cama. Havia uma série de árvores em todos os lugares, velas e runas escritas nas paredes.
Esse quarto não é nada como o outro. Por que eu disse que era? Acho que estou ficando meio idiota... Ou louco.
Aalna estava numa poltrona à dois metros de distância, aparentemente dormindo profundamente com a cabeça pendendo para frente.
Eu só conseguia mexer meus olhos. Desejei que Aalna acordasse.
Tomei um susto quando ela subitamente ergueu a cabeça e lentamente veio até mim. Mas algo estava errado. Seu movimento parecia custoso, seu rosto estava pálido e seus olhos, outrora duas esferas brilhantes, tinham apenas um resquício iluminado.
Ela se apoiou no altar com a mão direita e segurou minha mão com a esquerda.
— Por que você continua brincando de morre ou não morre? Você está realmente me dando um trabalhão. Antes tivesse te negado a cura da maldição. É a terceira vez que você quase morre. — Ela riu sem humor.
— ...
— É natural você não poder falar. Saiba que no ritual você também foi envenenado por uma planta que destrói o poder dos deuses de Malahamunt. E o veneno também estava amaldiçoado por uma praga de Helan. Helan realmente pensou nessa armadilha toda muito bem. Não estou surpresa, dado o fato que você é chave para abrir a porta da prisão dela. Ela queria garantir a vitória dela.
Ela falava com um tom arrastado, falhando e quase sussurrando. Ela teve uma violenta crise de tosse assim que concluiu sua frase.
Ela parecia querer falar algo mais, no entanto desistiu. Simplesmente deu as costas e se dirigiu a porta, antes de sair ela se voltou para mim e disse.
— Estou no meu quatro. Procure-me quando puder se mexer, mas eu não esperaria que você pudesse se mexer tão cedo. Seus músculos foram bastante danificados, e mesmo com minhas habilidades divinas de cura foi difícil te consertar.
Ela saiu com mais uma crise de tosse.
Algo não está certo. É óbvio que Aalna gastou uma quantidade inacreditável de poder para estar exaurida dessa forma. Mas pude notar as bolsas escuras sob seus olhos, como se ela tivesse passado noites em claro ou chorado. Ou os dois. Ela provavelmente ia me dizer que passou por uma grande luta pela minha vida. Talvez não quisesse que eu soubesse disso. Mas também não faria sentido ela estar chorando...Eu sei que é um tiro no escuro arfimar que eu teria tal grau de importância para ela, porém prefiro acreditar nisso.
Passou muito tempo, eu diria uns dois dias sem que eu me atrevesse a tentar me levantar. Mas na manhã do terceiro dia forcei meu corpo a levantar.
É claro que eu sentia muita dor. Meu braço direito estava enfaixado da mão até o ombro, lembrança de que meus ossos terem sidos esmigalhados.
Comecei a procurar o quarto de Aalna.
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Improvável
Tiểu Thuyết ChungThomas tem um único objetivo: conquistar a garota de seus sonhos, a qualquer preço. Mesmo se isso significar participar de um plano mirabolante de Julie, sua vizinha sádica que o vem atormentando desde da infância. O que os dois não esperavam é que...