Custe o que custar, tenho de fugir daqui junto com Aalna.
Por alguns minutos, eu pensei. Eu podia sentir os goblins e gnomos trabalhando na sua maior eficácia.
A verdade é que, mesmo não parecendo, eu sou muito inteligente. Minhas notas eram muito acima da média. Como já tenho 19 anos, tenho algumas faculdades de elite me querendo. Desde que meus pais morreram, tenho vivido da renda que eles deixaram e de investimentos no mercado financeiro. Já cheguei até a fazer consultoria financeira para algumas empresas importantes.
Mas isso não importa, não agora. Preciso me soltar desse poste.
Primeiro tentei soltar minhas mãos. Não ia rolar. Estavam firmemente amarradas nos pulsos por trás de mim, na altura da minha cintura. Uma corda grossa amarrava meu torço, minha cintura e meus tornozelos.
Em seguida tentei invocar minha magia. Mas nada veio. Devem ter bloqueado minha magia assim como tinham feito com Aalna, seja lá como fizeram isso. Não que fosse adiantar de muita coisa, já que eu nem tive tempo de aprender ou treinar como se usa magia desde que Aalna me concedeu poderes.
Comecei a olhar atentamente à minha volta. Não tinha nada de especial. A única coisa que era diferente era a cadeira onde a demonesa estava anteriormente sentada. E está a mais de um metro e meio de distância.
Tento me mexer. As amarras permitiam com um grande custo que eu deslocasse os pés para frente e para trás junto ao poste. Eu também conseguia girar o corpo junto do poste. Devagar, mas conseguia. As mãos, eu conseguia erguer até a metade das costas. Eu estava analisando o chão quando uma coisa brilhante na minha cintura me chama a atenção. Era a fivela do meu cinto.
Foi aí que tive uma ideia.
Com as mãos nas costas puxei o cinto, o girando ao redor do meu corpo até as costas. Quando a fivela ficou de frente das minhas mãos, na altura da cintura nas minhas costas, soltei a fivela e tirei o cinto, em seguida tirei a fivela da parte de couro do cinto.
No próximo passo, usei a parte serrilhada de dentro da fivela que prende o couro do cinto na fivela para serrar as cordas das minhas mãos. Demorou um pouco e eu precisei ter um grande cuidado e paciência. Eu fechei os olhos, e respirei fundo para acalmar meus nervos, me concentrando ao máximo, e cuidadosamente serrei a corda. Se a fivela caísse, eu estaria perdido. Mas felizmente, tudo correu bem. Uma vez com as mãos livres procurei os nós e fui soltando cada corda.
Joguei as cordas no chão e estiquei os braços para me recuperar do esforço que tive. Casualmente me viro para o lado e dou de cara com Aalna me olhando, completamente atônita. Ela parecia ter acompanhado o processo desde o início. Até tinha esquecido que ela estava ali, tamanho o silêncio que ela manteve.
Dei um sorriso maroto para ela.
Ela ia falar algo, mas só conseguiu abrir ainda mais a boca e nada saiu.
— Não me subestime, deusa. — Eu disse para ela com um tom de tédio enquanto colocava meu cinto de volta.
Ela só continuou me olhando completamente atônita.
Comecei a analisar as cordas dela. Mas ao contrário das minhas elas não tinham nós e não eram de fibras. Parecia feita de rocha. Era muito dura.
— Acho que é uma corda supressora. Você não vai conseguir me soltar. Thomas, você pode estar livre, mas estamos perdidos do mesmo jeito. Você sabe que esse lugar está infestado de demônios não é? Não tem como sair vivo daqui sem poderes.
— Sei, mas não me importo. Sabe o que pode cortar essas cordas aí? — Eu perguntei enquanto tentava cortar as cordas com os dentes sem sucesso e ignorando as coisas negativas que ela me falava.
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Improvável
General FictionThomas tem um único objetivo: conquistar a garota de seus sonhos, a qualquer preço. Mesmo se isso significar participar de um plano mirabolante de Julie, sua vizinha sádica que o vem atormentando desde da infância. O que os dois não esperavam é que...