O Protetor - 4° Geração

Esconder

Olá, pessoal!!!
Finalmente o primeiro capítulo do livro da Izzy e espero realmente que gostem, estou me esforçando para fazer uma boa história e essa introdução não vai ser muito longa.
Boa leitura!!!
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Ian García

Respiro fundo e passo a mão pelo volante enquanto observo a casa com as luzes quase todas apagadas. Estou completamente entediado por estar nesse turno já que os outros tinham dado desculpas antes de mim, o turno da noite era o pior.

Isso queria dizer que ou Izzy iria estar com vários caras ou estaria tentando sair escondido, algumas vezes ela conseguia sair quando os seguranças não prestavam bastante atenção, mas nunca quando eu estava de guarda.

Meus olhos vão até as janelas e vejo que a luz do quarto de Izzy apaga, isso quer dizer duas coisas: ou ela vai dormir agora ou ela vai tentar sair. Mas sei que ela precisa ir por fora para alcançar um carro, então vai ter que sair para ir embora.

Ajeito meu corpo no banco do carro e sorrio lentamente quando vejo Izzy sair toda de preto. Ela quase se passa por alguma sombra ou algo assim se eu não soubesse ou esperasse que ela saísse de lá.

Abaixo o vidro e sinto o vento frio no meu rosto enquanto a observo girar as chaves nos dedos como se fosse a garota mais inteligente do mundo. Assobio alto e ela para de uma vez, mas não olha para mim quando saio do carro.

-Precisa de algo, Srta.Ballard-Hunt?- pergunto formal.

-Não, pode voltar para o carro.- ela me encara.

-Não tão rápido.- encosto no capô.- Para onde você vai?

-Para algum lugar.- sorri.- Todos nós vamos para um lugar em alguns hora, não?

-Chega de brincadeira, Isabella.- começo a me irritar.- Ou você volta para casa ou você aceita que eu vou seguir você até onde vai.

-Olha, você não gosta de mim e nem precisa esconder.- começa.- Então por que você não deixa essa passar?

-Seu pai iria saber e iria me matar.- explico.- Então, vamos ou vai ficar?

-Você é um filho da mãe.- ela vira para começar a entrar.

-Só estou fazendo meu trabalho.- falo calmo.

-Não, seu trabalho é me obedecer e você está me irritando!- começa a subir as os degraus de tijolo.

-Eu obedeço seu pai!- lembro.

-Mas você é meu segurança.- ela para e então vira para mim.- Quer saber? Eu quero que você vá buscar comida para mim.

-Você já jantou.- cruzo os braços.- Eu mesmo trouxe a comida.

-É, mas eu quero outra coisa.- sorri.- Eu quero sanduíche.

-Ah, você quer?- levanto as sobrancelhas.

-Sim.- assente.- Eu quero aquele que eu sempre peço, milk-shake de Nutella e uma batata com cheddar e bacon.

-Claro.- pego o rádio e o sorriso dela desaparece.

-Não, você tem que ir.- aponta para mim e vem na minha direção.- Ian...

-Eu não posso sair da frente da casa.- aponto para a casa dela.- Então se você quer mesmo, eu peço pelo rádio.

-Bosta.- ela volta a pisar forte.- Você vai ficar cansado alguma hora.

-Não acho.- observo ela tentar abrir a porta por causa da raiva.

-Vai se foder.- consegue abrir a porta.

-Beija seus sobrinhos com essa boca?- provoco.

Izzy levanta o dedo do meio para mim e bate a porta, olho no relógio e percebo que poderíamos ter feito mais silêncio já que tinha uns quatro bebês nesse condomínio. A filha de Chris, os dois de James e a de Jake também.

Volto para o carro e abro a garrafa de água que trouxe, olho para a luz da cozinha aberta e vejo Izzy olhando para o relógio e indo para um lado e para outro. Ela pode ter o compromisso que tenha, mas se eu não poder seguir ela, Izzy não sai de casa.

Era meu trabalho, por mais que eu quisesse ficar metros longe de Izzy, não podia me aproveitar da situação que já estava muito relaxada para mim. Andrew tinha facilitado muito para mim, e eu não podia irritar ele em relação a isso.

Então ia fazer meu trabalho.

❁

Izzy Ballard-Hunt

Eu tinha um compromisso e aquele segurança não ia me deixar sair. Preciso chegar em uma hora para não perder tudo antes mesmo de apostar, então eu tinha que saber como passar por ele.

Com os outros era mais fácil, eu saia pelas sombras e eles nem percebiam que eu estava passando por eles, mas Ian não era um deles, ele sempre estava esperando que eu saísse de lá. Então eu estava fodida se eu não conseguisse sair e chegar no lugar que eu queria em duas horas.

Eu vou até a sala de jantar e minha digital toca em um dos livros, Jake fez uma saída de emergência para cada casa. Então vejo o corredor e respiro fundo, eu poderia sair, mas teria que ir andando e era perigoso demais para alguém como eu.

Respiro fundo e começo a entrar no túnel, a porta fecha atrás de mim e desço algumas escadas para estar embaixo do condomínio. Começo a juntar algumas mechas de cabelo e logo amarro em um rabo de cavalo para não me atrapalhar.

-O que você está fazendo?- ouço a voz e olho para o lado.

-O que você está fazendo?- franzo as sobrancelhas.

-Gosto de olhar as câmeras e a Vi parece se acalmar.- Emma ajeita a filha nos braços.

-Eu gosto de passear por aí.- explico vaga.

-Claro.- morde o lábio.- Tem uma chave em cima da mesa da cozinha, devolva o carro inteiro, por favor.

-Obrigada.- começo a passar por Emma.

-Izzy.- chama e viro meu rosto para ela.- Você precisa tomar cuidado.

-Eu vou...

-Não só hoje.- explica.- Essas saídas...são perigosas.

-Eu sei me cuidar.- informo.

-Eu sei que sabe, mas pense nas pessoas que ficam preocupadas e querem procurar você.- fala.- Elas, de tanto medo por você estar em perigo, nem pensam direito, entende?

-Sim.- assinto.- Mas eu preciso fazer isso.

-Ok.- fala simples.

Abro a porta do corredor de fuga da casa de Jake e subo rapidamente, pego as chaves em cima do balcão e entro na garagem para ver que é de uma Mercedez preta. Entro rapidamente e dou a partida ao achar o controle do portão.

Mordo o lábio com força e vou dirigindo até o portão do condomínio, olho por cima do ombro até o carro que Ian estava e sorrio pisando no acelerador quando o portão abre totalmente.

Olho no relógio e vejo que ainda estou na hora de chegar lá e fico mais animada a medida que vou acelerando, isso já virou quase uma rotina de todas as noites, já não consigo mais ficar sem.