Toque

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Ian García

Termino de fechar o bar e pego a chave reserva que tenho em cima da porta, abro e vejo Izzy encostada em uma parede e com só um pouco do uísque que guardo no armário. Vejo a garrafa de vodka vazia e respiro fundo fechando a porta atrás de mim.

-Eu acabei com seu uísque.- Izzy fala enrolado.- Mas eu compro um novo e melhor para você. Esse daqui era horrível.

-Vou levar você para casa.- tiro a garrafa da mão dela.

-Não.- faz bico.- Meu pai vai me ver assim e eu vou ter que contar o que aconteceu.

-Temos que contar o que aconteceu de todo jeito.- seguro o braço dela.- Ele precisa saber o plano.

-Claro.- assente segurando meus ombros enquanto a ajeito em pé.

-Os seguranças vão levar você.- começo a levar ela até a porta.

-Eu não quero ir.- ela tenta se soltar e quase cai.

-Isabella.- bufo.

-Eu vou andando.- ela toca a maçaneta.

-Não, você vai no carro.- agarro o cós da sua calça.- Para de querer fazer tudo que não pode.

-Eu tô muito bêbada.- ela relaxa o corpo e suas costas tocam meu peito.- Eu não posso chegar lá assim, Jake vai ficar falando merda...

-Você entra escondida.- tento erguer ela.- Porra, Izzy, colabora!

-Acho que já sei por que você tá me ajudando.- ela sorri.- Porque em alguns meses você vai embora e quer ir sabendo que tem favores aqui.

-Eu não quero nada que me ligue com nada disso.- explico sério e ela me observa.- Eu vou embora e talvez nunca mais volte aqui.

-Olha.- ela ri.- É o melhor que você faz.

-Eu sei.- consigo abrir a porta.- Vamos, desce.

-Ah, não.- faz bico.- Tô muito bêbada para descer escadas.

Respiro fundo tentando ter paciência e me viro para pegar o rádio, tenho que chamar alguém aqui em cima para me ajudar e logo que me viro para ver onde ela está, descubro que está deitada na minha cama e já caiu no sono.

-Não mesmo.- começo a andar até ela.- Isabella, levanta.

-Só uns minutos.- ajeita o travesseiro.

-Nem segundos. Levanta.- puxo o tornozelo dela.

-Pode tirar meus sapatos?- balança os pés.

-Não, você tem que ir para casa.- explico.

-Eu tenho que dormir.- ela fala rindo e consegue tirar os sapatos.- Você vai ligar esse ar-condicionado ou vai me fazer morrer de calor?

-A segunda opção parece melhor.- falo baixo.- Não, Isabella!

Izzy simplesmente tira a calça que ela está vestindo e vira de bruços para abraçar o travesseiro. Ergo os olhos até a janela que dá para a rua principal e vejo os carros da segurança na frente. Eu preciso que ela esteja em casa quando Andrew pergunte onde ela está.

-Vamos, levanta e veste a calça.- pego do chão.

-Tá ótimo assim.- a blusa dela sobe e me dá visão da sua bunda só com aquela calcinha de renda.

-Eu vou arrastar você lá para baixo com ou sem calça.- aviso.

-Espera, então.- ela tira a blusa e joga em mim.

-Puta que pariu.- bufo.

Izzy está só de lingerie na minha cama e eu preciso atualizar a posição dela já já, então jogo as roupas dela no chão e pego o rádio indo para a frente da janela onde eles possam ver que sou eu quem estou falando.

"-Ela vai ficar no bar hoje. Podem deixar comigo."

"-E o que dizemos para Andrew?"

"-Pode deixar que eu falo com ele."

"-Ok, estamos saindo."

Os carros começam a ir embora e fecho as cortinas de uma vez, deixo o rádio em cima da mesa e olho para a cama vendo que Izzy já dormiu totalmente. Pego uma camisa de pijama com mangas minha e sento na borda da cama com o maxilar travado.

Não olho direito para Izzy quando passo a blusa pelo seu corpo e então pego a calça do pijama que desliza na cintura dela e a visto, preciso tocar em seus quadris para ajeitar e ela solta um ruído baixo parecido com um gemido quando puxo a calça para cima de uma vez.

Ignoro aquele som e logo o ar para ir até a cozinha e abrir a geladeira, pego uma cerveja e sento na única cadeira da mesa que eu uso para jantar, sempre sozinho. Olho para Izzy e ela parece estar dormindo como uma pedra.

-Ian?- ela me chama e fico parado.- Ian, tá frio.

-Você que pediu para ligar...

-Eu quero um cobertor.- pede.

-Eu não sou sua babá.- continuo sentado.

-Ok, seu insensível.- ela começa a levantar e parece um fantasma com toda aquela roupa larga em seu corpo.

Bufo quando ela abre a cômoda e começa a remexer nas minhas cuecas como se fosse achar um lençol ali. Me levanto e chego atrás dela para a afastar e abrir a gaveta de baixo, ela sorri quando dou a ela um cobertor.

-Obrigada.- beija minha bochecha e tropeça quando se afasta.

Então seu corpo vem de encontro ao meu e seus lábios tocam os meus, agarro sua cintura para a afastar e ele toca meu peito para se apoiar. Fico tão desesperado que tropeço na cama e caio no colchão, minhas mãos que estão agarradas na cintura de Izzy a puxam também.

Ela cai em cima de mim e seus cabelos tocam meu rosto, ela apoia uma mão ao lado da minha cabeça e seu corpo pressiona o meu de forma perigosa. Engulo em seco quando nos encaramos e Izzy pisca várias vezes como se não acreditasse que estávamos assim.

-Sai de cima de mim.- peço.

-Tá.- ela começa a se erguer e me mexo para sair.- Não, Ian, espera...

Ela tropeça e suas mãos agarram meus ombros para cair em cima de mim de novo, ela solta um gemido de dor e sua respiração toca meu pescoço. Minha mão desliza pela cintura dela e toco sua pele invés do tecido do pijama.

-Meu braço.- ela fala baixo.

-Espera.- começo a subir a manga e vejo a atadura.- Não tá sangrando.

-Tá doendo.- continua com o rosto deitado no meu pescoço.

-Eu não posso fazer nada.- ajeito a manga de novo.- Agora sai de cima, Isabella.

-Por que você tá tão desesperado?- bufa com as sobrancelhas franzidas em dor.

-Você tá em cima de mim.- desço minha mão e afasto a perna dela.

-Tá, calma.- os quadris dela mexem e fico tenso quando meu pau responde ao movimento.

-Sai, sai.- falo rápido para ela não sentir.

-Ai.- ela cai na cama e me sento.- Credo.- puxa o lençol e se cobre.

Levanto rapidamente e entro no banheiro, respiro fundo trancando a porta e sentindo meu pau latejar com aquele simples toque, travo o maxilar e tento pensar em qualquer coisa que me faça brochar, mas nada funciona depois daquilo.

-Merda.- falo rouco e abro a porta.

Izzy está dormindo toca coberta e agora ronca, então fecho a porta de novo e encosto meu corpo na parede enquanto abro a calça. Não acredito que estou fazendo isso nessa situação, mas não tem outro jeito a não ser fazer isso, não viu conseguir brochar.

Fecho os olhos e a primeira coisa que vem na minha cabeça é Izzy, mordo a bochecha e afasto ela da minha mente para lembrar de Tatiana. Lembro do que ela fez quando estava aqui anteontem e começo a me tocar, Tatiana funciona para isso.

O Protetor - 4° GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora