Segundo

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Izzy Ballard-Hunt

Passo a faca pela faixa da janela e ouço apenas a tranca abrir, mordo o lábio subindo a janela e observo o lugar, entro lentamente e subo mais a máscara que peguei do armazém onde os assassinos guardavam as roupas.

Respiro fundo andando pela sala cheia de garrafas de cerveja e na mesa tinham vários narguilés, ando até o corredor e abro a primeira porta vendo o quarto de duas crianças. Elas dormem tranquilamente e logo as deixo em paz.

O segundo quarto tem um menino mais velho e no quarto final tem uma cama de casal vazia, franzo as sobrancelhas e vejo uma mulher deitada no chão sangrando e chorando. Olho para o lado e vejo Sérgio saindo do banheiro.

-Você nunca mais levanta a voz para mim, sua puta...

-Ah, não.- suspiro e ele perde a pose.

-O que você...

-Ian disse que você sustentava três filhos.- explico.- Mas depois do que eu vi aqui....

-Ela mereceu...

-E você merece isso.- giro uma lâmina nos meus dedos.

-Quem vai sustentar minha família?- pergunta desesperado.

-Não se preocupe.- sorrio preparando a lâmina.- Eu resolvo depois disso.

Mexo meu braço rapidamente e ele arregala os olhos, logo o sangue começa a sujar sua garganta e a jorrar dela. O observo tentar controlar o sangramento e cair no chão como se não fosse importante, e não é.

Olho para a esposa dele e me agacho ao lado dela, que fica me olhando com medo e logo a ajudo a sentar na cama. Seus olhos alternam do marido morrendo até mim e ela me encara como se eu tivesse acabado de apresentar o fogo a ela.

-Obrigada.- sussurra.

-Você precisa falar com esse número.- pego o papel que anotei o número.- Ele vai ajudar você se precisar de dinheiro, ok?

-Ok.- ela pega o papel.

-Ligue para a polícia quando ele não estiver mais fazendo som.- me afasto.- Diga que foi porque ele devia.

Ela assente rapidamente e começo a me distanciar, saio da casa e limpo a lâmina suja de sangue na manga do traje enquanto ando rapidamente. Sai do condomínio apenas por alguns minutos e logo vou voltar, meu álibi ainda vai estar dormindo quando eu voltar.

Ian García

Aperto a campainha e espero sem paciência, depois que Izzy voltou com aquele cara para casa fiquei incomodado, nem sei por que estou tão incomodado, já trouxe ela para casa com vários caras e nunca me senti assim.

Aperto a campainha várias vezes.

-Calma.- Izzy abre a porta.- Ah, é você.

-Só checando.- limpo a garganta e vejo ela ajeitando o roupão.

-Ok.- ela me observa.- Amanhã podemos do só próximo nome.

-Tá.- começo a me afastar.

-Ian.- ela chama e paro.- Seu turno vai terminar quando?

-Só umas nove horas.- mexo a cabeça.

-Você já comeu?- franze as sobrancelhas.

O Protetor - 4° GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora