Babá

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Izzy Ballard-Hunt

-Deixei leite na bolsa, também tem o cobertor dela e os brinquedos...- Emma deixa a bolsa no sofá.- Obrigada por ficar com ela, Iz.

-Sinto que é uma obrigação de primos.- falo e encaro Jake, que está arrumando o berço portátil.

-Estamos tentando dar uma irmãzinha para Vi.- Jake explica e olho para Emma.

-Combinamos dois anos, seu pervertido.- ela sorri.- Se acontecer algo, nos ligue.

-Ou não, vamos estar ocupados.- Jake começa a puxar ela.

-Vou ensinar umas palavras legais para ela.- informo.- Tipo, "babaca"!- grito.

Vi se altera e quase parece querer chorar, começo a sacudir ela e respiro fundo me sentando no sofá. Fecho meus olhos e sinto a cabeça dela se apoiar no meu peito, a sua mãozinha tentando agarrar um colar que tenho.

-Finalmente.- Ian entra pelos fundos.- Cadê ela?

-Aqui.- aponto.

-Você não parece feliz.- senta ao meu lado.

-Eu fico com raiva quando as pessoas tem bebês e ficam brincando de não ter.- falo.- Você tem um bebê, você cuida do bebê, porra.

-Izzy.- ele pega ela dos meus braços e fecho os olhos.- Sei que não deve gostar de ser babá de Vi...

-De Vi, de Hunter, de Caleb, da Amy...- me curvo e cubro meu rosto.

-Do Nico?- pergunta.

-Eu sou a madrinha dele.- ergo a cabeça e o encaro.- Padrinhos e madrinhas cuidam dos seus afilhados, não sou madrinha de Vi, pelo menos ninguém me informou.

-Você só está estressada.- ele coloca Vi no berço.- Que tal me falar sobre um livro?

-Eu...- o observo e minha raiva vai se dissipando.- Acho que sim.

-Ok.- ele se joga do meu lado e me observa.- Qual o livro de hoje?

-Não precisa fazer isso.- murmuro.

-Gosto de ouvir você falar sobre livros.- ele me observa.

-O que mais gosta em mim?- provoco.

-Isabella.- ele sorri fraco quando subo em cima dele.- O bebê...

-Se você olhasse, veria que ela dormiu.- aponto e ele sorri quando percebe.- Puxou a Emma. Independente.

-Ainda sim, não podemos.- toca minha coxa.

-Você é chato.- faço bico.

-Eu sou pé no chão.- corrige.

-Chato.- corrijo de novo.

-Transamos de manhã.- ele sussurra e levanta.- Vou fazer um sanduíche.

-Eu quero.- apoio meus braços nas costas do sofá e o observo.

-Claro que quer.- murmura.

Volto a sentar no sofá e olho para Vi, claro que ela não tem culpa do pai ser um cuzão. É tão idiota que eu me sinto culpada, mas se a pessoa teve um bebê, ela deveria cuidar da melhor forma possível desse bebê. Conseguir pessoas profissionais para cuidar dele.

Tinham babás incríveis em LA, e podíamos pagar por elas e ainda mais. Então pego meu computador e começo a pesquisar, claro que vou ter que ver antecedentes e toda a vida da pessoa, era o que eu fazia quando era pequena, meu pai me contratou cedo.

Não vou ficar bancando babá quando posso ser inteligente. Vou dar de presente para eles, uma babá para casa bebê Ballard-Hunt, se isso não é ideia de gênio, não sei o que é.

O Protetor - 4° GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora