Palavras

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Ian García

Abro a porta e Izzy entra rapidamente, a observo tirar seu casaco e vejo um vestido de festa brilhante. É daqueles que tem só uma manga até seu pulso e é preto, mas quando ela se mexe na luz, tem uma certa cor colorida.

-Você vai...

-Eu vim.- joga a bolsa na cama.- Tinha que dar uma desculpa. Ainda acham que eu estou na boate.

-Ok.- encosto meu corpo na porta e a observo.- Você está bonita.

-Eu sempre estou.- senta na cama e cruza as pernas.- Sobre o que quer falar?

-Eu acho que entendi o que deixou você com raiva...

-Eu não estou com raiva...

-Então por que transou com o italiano?- pergunto e nos encaramos.- Isabella, você quer que eu vá embora?

-O que isso tem haver?- cruza os braços.

-Eu vou para Nova York.- falo mais sério e Izzy desvia os olhos por alguns segundos.- Ter uma vida normal lá.

-Boa sorte, então.- levanta.

-Mas você não quer isso.- seguro seu braço e ela me encara.

-Eu acho que você está sendo burro.- fala calma.

-Por que eu estou sendo burro?- pergunto.

-Porque você iria fazer milhões por semana.- fala incrédula.

-Eu poderia ser preso.- rebato.

-Importante assim para meu pai? Sai antes de colocarem suas digitais no banco.- ela responde e sorrio.- O que?

-Você me quer aqui.- sussurro.

-Não, eu só odeio gente burra.- me empurra e pega as coisas.

-Não vou ficar aqui por dinheiro, Isabella.- falo e ela abre a porta.- Por dinheiro, não.

-Não vou mandar dinheiro para você em Nova York.- ela começa a ir embora.

-Por que fica me dando presentes?- pergunto e Izzy para.

-Eu já expliquei...

-Você mente muito mal.- rio.

-Vai se foder, Ian.- começa a descer as escadas.

-Não.- agarro sua cintura e ela grita quando a puxo para o quarto e fecho a porta.

-Me larga.- bate em mim enquanto a coloco contra a porta e apoio minhas mãos ao lado da sua cabeça.- Você tá morto.

-Você não entendeu?- franzo as sobrancelhas.- Eu não vou ficar por dinheiro.- sussurro e ela me observa.- Não pelo dinheiro.

-Você vai ficar?- sussurra surpresa.

-Sim.- assinto e ela sorri discretamente.

-Por mim?- parece incrédula.

-Sim.- não acredito que estou dizendo isso.

-Mentira.- me acusa.- Você vai embora e quer me machucar.

-Eu não vou embora, Iz.- falo rindo.

-Então por que está rindo, idiota?- bate no meu peito e sorrio.

-Porque você está com medo.- explico.- Está com medo de criar sentimentos e eu ir?

-Talvez.- admite.- Vai ficar mesmo?

-Vou...

-Então é mas burro do que eu imaginava.- sussurra.

-Uma hora você quer que eu não vá, outra você quer que eu vá...

O Protetor - 4° GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora