O Protetor - 4° Geração

Perigoso

Ian García

Observo um cara enorme segurar Izzy pelo pescoço e bater ela na grade, travo o maxilar e estou prestes a levantar para tirar ela daqui quando Izzy se prende nele com as pernas e faz algo com o corpo que ele vai parar no chão.

Então ela começa a chutar ele em vários lugares e logo ocorre o nocaute. Ela está com mais sangue no rosto do que eu imaginava, já é a sétima luta e o oitavo entra cheio de energia contra ela, respiro fundo e olho por cima do ombro.

Meu coração começa a bater mais forte quando vejo Theo no fundo do bar. Me levanto lentamente e começo a ir na direção dele, Theo me nota e levanta para ficarmos cara a cara, agarro o seu colarinho e logo sinto algo pressionado contra a minha garganta.

-Se mover um dedo, você morre.- sussurra.

-Sabe o perigo em que a meteu?- pergunto.- Se descobrissem quem ela é...

-Nao descobriram, eu estava a protegendo.- ele me observa.- Estava cuidando dela enquanto você não cuidava.

-Cuidado.- alerto.- Uma palavra minha e você virá a pessoa mais procurada do mundo, e não é para a polícia.

-O que é tudo isso?- sorri.- Ciúmes? Sempre notei que olhava estranho para ela.

-Ah, sério? Como? Estava tão ocupado tentando manipular ela enquanto a fodia que nem notou...

-Eu não estava manipulando ela.- ele fica com raiva.

-Mentiroso de merda. Você sabe o que estava fazendo.- aperto minha mão na gola da sua camisa.

-Mato você antes de contar para Andrew.- ele aperta mais a faca.- Estava querendo tirar você do caminho há um tempo.

-Não vai me machucar.- balanço a cabeça.

-Vou ser forçado. Achei você e Izzy aqui, que feio Ian....

-Que merda é essa?- Izzy chega e o solto.

-Vamos.- seguro seu braço e ela alcança o casaco.

-Ela não vai.- Theo segura o outro braço dela.

-É melhor você arrumar a mala, seu escroto.- explico.- E torcer para Andrew não ir atrás de você pessoalmente.

-Ela fica.- Theo repete e olha para Izzy.- Diga a ele por que você fica.

-Você pode me dar uns...- ela pensa.- Quarenta minutos?

-Para que?- franzo as sobrancelhas.

-Não complica as coisas.- ela respira fundo.- Espera no carro, eu prometo que não vou fugir.

-Não confio em você.- balanço a cabeça.

-Qual é, Ian.- ela me observa.- Prometo que volto para o carro. Sabe que nunca desfaço minhas promessas.

-O que você vai fazer?- sussurro quando Theo a solta.

-Theo me inscreveu e eu que transar com ele.- explica.

-Seu doente.- começo a ir na direção dele e Izzy me segura.

-Ian.- consegue me conter.- Quarenta minutos. Vai esperar no carro.

-Vai lá, cachorrinho.- Theo brinca e dou um passo na direção dele.

-Ian.- Izzy aperta as mãos nos meus braços e a encaro.- Por favor.

-Depois disso, direto para o condomínio.- me afasto e ela assente.- E você...- aponto para Theo.- Vai desejar não ter nascido.

-Acho que eu vou ficar bem.- ele sorri tocando a cintura de Izzy.