** Epílogo 1 **

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** 18 anos depois **

Ian Ballard-Hunt

Saio da caminhonete com o gelo nos dois ombros e caminho até a área de lazer, vejo os dois na escada, trocando algo que eu não queria e nem iria perguntar para saber o que é. Assovio e os olhos olhos azuis se voltam para mim rapidamente, eles guardam as coisas nos bolsos.

-A gente pega.- Cal levanta me livrando de um.

-Ainda tá bem, hein, tio.- Hunter sorri e o encaro com raiva.

-Os pais de vocês não ensinaram educação?- pergunto enquanto andamos.- E a não mexer com drogas?

-Não são drogas.- Cal fala indignado, a voz rouca mantendo sempre uma impressão leve dele.- Temos dezoito anos, o que o senhor pensa de nós?

-Então é o que?- pergunto.

-Bicarbonato.- Hunt explica.- Estávamos contando os saquinhos, precisamos da quantidade exata.

-Espero que não seja para explodir o portão de novo.- falo baixo.

-Estávamos testando a qualidade do aço e...

-Descobrimos que precisamos de aço maior...

-Foi um favor...

-Para a família.- eles se completam e sorrio.

-Sei.- vejo o resto do pessoal.

-Nico!- Cal grita.

Nico levanta a cabeça e tira o óculos escuro, ele está se bronzeando na piscina e os olhos verdes se tornam curiosos quando nos vê chegando. Ele senta na cadeira e logo depois Cecília olha por cima do ombro, já que está lendo uma revista de bruços para se bronzear.

-Aquele biquíni não é para uma menina de dezessete.- Hunt fala.

-Matteo falou a mesma coisa.- Cal assente.

-Pai!- Isaac chega e me abraça.

-E aí, cara.- sorrio passando a mão pelos cabelos morenos dele.- Ficou de guarda?

-Sim, Nico me fez ficar jogando água no corpo dele.- aponta.

-Nico.- olho para ele.

-Para não desidratar a pele.- ele fala abrindo o freezer para Cal e Hunter.

-Sua irmã tá com biquíni de puta.- Hunt fala.

-Chama minha irmã de puta e eu afogo você na piscina.- Nico olha para ele e os olhos verdes brilham dizendo que é verdade.- E é um biquíni brasileiro.

-Imaginei.- Cal coça a garganta.- E você? Tá tomando bomba?

-Treinando.- mexe os ombros e cruza os braços musculosos.- Isaac, pega uma cerveja pra mim.

-Tá.- ele sorri correndo.

-Não devia usar ele assim.- digo com raiva.

-Ele e Kiara são os mais novos, essa é a cadeia.- ele explica me observando.

-E você é o mais velho, deveria dar o exemplo.- mexo a cabeça e ele sorri apoiando os cotovelos na banda enquanto olha para mim.- Nico. Sabe que eu não gosto disso.

-Eu pago ele.- fala simples.

-Não, meu filho não é garçom.- seguro a blusa de Isaac e pego a cerveja.- Vá procurar sua mãe.

-Mas Nico...

-Mãe.- o encaro, os olhos azuis ficam irritados.

-Ok.- ele sai e Cal sorri quando Nico parece se irritar.

O Protetor - 4° GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora