Manhã

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Izzy Ballard-Hunt

Abro meus olhos e acordo assustada quando ouço algo parecido com uma arma, sento rapidamente e procuro Ian com uma mão. Mas assim que olho para frente vejo que ele está limpando a arma, respiro aliviada e me cubro com o cobertor.

-Suas roupas.- aponta para a ponta da cama.

Pego o short de moletom e a regata branca, então me levanto e sinto cheiro de café, vou até a cozinha e o observo enquanto encho uma caneca. Volto a andar e Ian segura meu braço quando vou passar por ele para voltar para a cama.

-Senta.- aponta para a outra cadeira.

-Não quero.- informo.

-Isabella.- me encara e eu não posso deixar de sorrir.- É sério.

-Ok.- me sento e cruzo as pernas em cima da cadeira enwusn bebo um pouco.

-Sabe o que vai acontecer?- pergunta.- Assim que eu contar para seu pai, ele vai me espancar.

-Não, não vai.- balanço a cabeça.

-Eu estava encarregado da sua proteção e você simplesmente saiu para lutar.- Ian parece ficar irritado.- Na melhor das hipóteses, ele vai me espancar.

-É só você não contar.- falo simples.

-Você acha que é brincadeira?- ri.- Se ele descobrir algo que eu escondi, aí que eu morro mesmo.

-Você não vai morrer, Ian.- apoio a caneca de café na mesa.- É só você não contar, confia em mim.

-Ele vai descobrir...

-Eu faço isso há meses.- explico.- Ele nem desconfia.

-Isabella, eu não quero mentir para ele.- mexe a mão.

-Que tal você mentir e aproveitar que está nessa onda de rebeldia e me levar para um lugar?- levanto as sobrancelhas.- Preciso visitar uma pessoa.

-Não vou levar você para esse tal Alejandro.- ele bufa.

-Ele é tatuador.- explico.- Vou fazer uma tatuagem e conversar com ele, nada demais.

-O seu nada demais envolve uma faca em algum lugar do corpo dele.- informa e sorrio.- Não.

-Por favor, Ian.- mexo a cabeça.- Não faz mal deixar algo fora da jogada.

-Eu não faço isso, pode aumentar meu tempo aqui...

-E você está desesperado para ir, não?- pergunto e ele me observa.- Olha, eu juro pelo meu nome que você vai embora em três meses. Tudo que meu pai descobrir, eu vou assumir a culpa, do preciso de tempo para pegar esses últimos dois. De castigo eu não vou conseguir.

Ele parece estar pensando e então mexe a cabeça de forma afirmativa, solto um grito de alegria e então pulo nele para o abraçar, Ian segura meus quadris e parece desesperado para me afastar, e sei exatamente o motivo.

-Depois de tudo de ontem, você ainda tem ereção matinal?- franzo as sobrancelhas.

-Falando sobre ontem...

-Hum?- começo a abrir o cinto dele.

-Não pode acontecer de novo.- seus olhos acompanham minhas mãos.- Isabella, se nenhuma das mentiras me matar, isso vai.

-Eu nunca mataria você.- sussurro.

-O seu pai.- explica e penso.

-Ok, não sabia que você era tão medroso.- começo a me levantar.

-Eu não sou medroso.- fala baixo.

-Claro...

-Foda-se.- ele sussurra e me puxa para sentar em seu colo.

O Protetor - 4° GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora