Saber

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** 1 semana depois **

Izzy Ballard-Hunt

Olho envolta e e toco a maçaneta, abro a porta e entro no quarto pequeno bem silenciosamente. Afasto algumas mechas de cabelo e o homem ergue a cabeça já muito machucado por Chris e, provavelmente, por Logan.

-Ah, olha só.- ele sorri.- Alguém criou coragem de aparecer.

-A única pessoa sem coragem aqui é você.- sorrio.- Soube que entregou várias pessoas que estão do mesmo lado que...- toco a tatuagem no ombro dele.- Manuel.

-Você não tem ideia das coisas que eles prepararam para você.- ele sorri.

-Não?- levanto as sobrancelhas e ele balança a cabeça.- Você deveria me contar então.- sento em seu colo e ele trava o maxilar.- O que vocês estão aprontando?

-Você é uma coisinha bonita.- me observa.- Se não fosse pelo fato da sua virgindade não estar mais intacta, você seria perfeita.

-Bom, dizem que experiência é melhor que ignorância.- aproximo meu rosto do dele.- Mas eu tenho uma pequena dúvida.

-Qual?- ele observa meus lábios.

-Kira.- falo o nome e ele fica sério.- Sim, Kira.

-O que tem aquela garota?- pergunta.

-Por que a mataram? Qual era o objetivo?- franzo as sobrancelhas.

-Ferir você.- fala simples.- Conseguimos, já que passou um tempo e você ainda parece ligada ao assassinato violento dela.

-Alguns deles fugiram.- passo o dedo pelo queixo dele.- Você me dá os nomes e posso conseguir uma morte tranquila para você.

-Eu prefiro nada de morte.- fala baixo.

-Esse é o meu acordo.- mexo meus quadris e ele olha para baixo, exatamente onde eu quero.

Seus olhos passeiam pelos meus seios e então as mãos dele apertam os braços da cadeira em que está praticamente pregado, respiro fundo e afasto uma mecha de cabelo para dar a ele uma visão melhor.

-Então...- falo mais calma.- O nome dos quatro caras.

-Essa busca vai fazer você sofrer mais.- ele fala baixo.

-Aí que você se engana.- sorrio.- Não sou eu quem vou sofrer, não tem como eu sofrer mais.

-Os quatro nomes...- ele me encara e diz os quatro nomes.

Decoro cada palavra que ele diz e então vou repetindo mentalmente várias e várias vezes dentro da minha cabeça até se tornar um tipo de música. Meus olhos encontram os do cara e levanto rapidamente pegando minha arma.

-Uma morte rápida.- falo.

-Mais uma coisa.- ele fala e olho para ele por cima da arma.- Você não vai escapar disso. Nunca.

Aperto o gatilho e ele já não está mais vivo, engulo em seco e abaixo a arma limpando com dois dedos as gotas de sangue que pararam na minha bochhechas. Ouço uma batida forte na porta trancada e passo a língua pelos lábios.

Viro para a porta e a destranco, Chris arregala os olhos quando o encontra morto e olha para mim de boca aberta. Desvio o rosto do dele e começo a caminhar pelo corredor do armazém, não me importando com o olhar que recebi de Chris.

Abro a porta do armazém e vejo o carro que cheguei me esperando, Ian sai do carro e abre a porta. Não olho para ele quando entro e pego o caderno da minha bolsa para escrever os nomes lentamente.

O Protetor - 4° GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora