Capítulo 6 - Sentimentos confusos

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Raul

Fiquei um bom tempo nos braços do meu amigo, até Lucas bater na porta e entrar após meu consentimento.

- Meu querido você não imagina o suces... - quando ele me vê com cara de choro nos braços de Carlos.

- O que aconteceu? Alguém te fez alguma coisa? THÉEEEEEOOO. - ele berra da porta e logo o alfa está ali, nem me dando tempo de falar alguma coisa.

- Sim, Sr. Lucas! - prontamente Théo espera as ordens.

- Você deixou alguém chegar perto do Raul? - Lucas fala gritando para Théo, que olha espantado e confuso.

- Lucas... - eu o chamo e ele estava vermelho de raiva, mas não presta atenção em mim e ainda fica olhando para Théo.

- Sr. Lucas eu não deixei ninguém chegar perto, haviam vários alfas que quiseram passar, teve um que me ofereceu muito dinheiro, tinham até ômegas e betas querendo falar com Raul, mas não permiti que ninguém se aproximasse.

- O que aconteceu Carlos? - Agora ele vira pro meu amigo e isso estava me deixando irritado.

- Por favor Lucas se acalme, que assim não está ajudando. - ele suspira. - Eu cheguei aqui e ele estava chorando e tentava acalma-lo, quando você chegou. - realmente Carlos com seus feromônios havia me acalmado, mas agora Lucas estava me deixando irritado.

Lucas me olha e vem até mim, ajoelhando ao lado de Carlos.

- Nos diga o que aconteceu meu querido. - ele tenta soar gentil, mas porque tudo isso? Apenas tentei falar firme.

- Desculpe nem eu sei... apenas tive vontade de chorar. - não quis contar sobre o alfa que me deixou com um sentimento estranho e Kamaria toda derretida pelo lobo dele.

- Já passou!!! - coloquei um meio sorriso no rosto. - O que gostaria de me falar? - tento mudar de assunto e ele ainda me olhava desconfiado.

- Bem... Se você diz que está bem. Então... você foi um sucesso meu querido, eu gostaria que viesse cantar aqui mais vezes, você concorda?

- Sim. - apesar do que aconteceu, que nem eu sei direito, eu gostei de poder cantar para mais pessoas.

Lucas me abraça e logo se afasta, me deixando estático, não esperava, quis socar a fuça dele, mas o vejo olhar sério pra Carlos.

- Desculpa Carlos, foi só empolgação. - ele olha para meu amigo, com brilho nos olhos... pelo jeito esse babaca gosta mesmo dele, Carlos só dá um sorriso.

- Vamos ao meu escritório para conversarmos. - eu me levanto e já estava seguindo-o, quando ele virá para Carlos.

- Venha você também. - Lucas fala com um enorme sorriso para Carlos.

- Eu não quero atrapalhar. - sua voz soa meio baixa, parecia envergonhado.

- Você não atrapalha e eu quero falar com você também. - vejo Carlos corar e nos seguir.

[...]

Depois que conversei com Lucas, chegamos ao consenso de três noites na semana e sem perguntas a mais e fizemos um contrato para ele ter em mãos, em caso de ter vigilância, mas nada verídico.

Ele sugeriu que eu aprendesse a tocar ao menos violão e me emprestou um para treinar, porque uma vez no mês eles fazem uma apresentação ao vivo, sem playback, com alguns cantores iniciantes. Aquele mês eu não iria me apresentar, já que ainda iria aprender a tocar.

Agora estava do lado de fora da boate, conversando com o Théo e esperando o Carlos que ficou conversando com Lucas.

Demorou um tempo e finalmente Carlos sai com Lucas e não deixei de notar que estava segurando sua cintura e que os lábios do Carlos estavam vermelhos e um pouco inchados.

IRONIAS DO DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora