Capítulo 65 - Cuidando do ômega

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Os alfas deram a desculpa que era tarde e o cansaço de seu ômega, o levando para casa. Uryan ficou com Alan mais um pouco e disseram que depois conversavam. Raul estava bem abalado, era como se tivesse em estado de choque e não conseguia falar nada e seu olhar estava perdido, Kamaria estava preocupada e choramingava para os lobos dos alfas que instintivamente se transformaram em seus cernes e o envolveram como em um casulo e liberando seus feromônios o fizeram adormecer, provavelmente Raul não havia notado que também estava na forma do seu cerne.

Se passaram algumas horas, quando Raul desperta e sente-se protegido dentro daquele casulo de pêlos e o aroma unido dos feromônios de Felippo e Heitor era perfeito, foi quando ele percebeu que estava nu.

Kamaria, o que aconteceu? - sua fala era sonolenta, ainda era madrugada e era possível ver a lua reluzindo lá no céu.

Raul, você não se lembra? Tive que assumir, porque você não respondia a nada e os alfas ficaram muito preocupados, eu pedi ajuda a eles que tentaram fazer o que um alfa faz... Proteger o seu ômega!!! - ouvir aquilo me deu um quentinho no coração, mas me lembrei das palavras daquele alfa horrível e comecei a tremer.

Vi o lobo de Heitor me olhar e tive vontade de beijar seu focinho, que fiz e pareceu que ele sorriu, voltando a sua forma humana me abraçou... Junto com Felippo.

— Está melhor? - Felippo perguntou.

— E-estou... Acho que estou. - minha voz saiu um pouco mais baixa do que eu gostaria.

— Algo aconteceu durante a festa, não foi? - Heitor fala segurando meu queixo delicadamente, com seus olhos tão cintilantes, que tinham a capacidade de olhar minha alma.

— Humhum... Não sei exatamente o que aconteceu. - dou um longo suspiro, sabia que podia confiar em meus alfas.

— Apenas diga meu amor!!!! - Felippo agora ficou a minha frente.

— Quando estava procurando o banheiro, aquele alfa apareceu... - olhei para minhas mãos e novamente para os meus alfas a minha frente.

— Aquele homem que vi próximo a você? - Heitor diz e eu somente afirmo. — O que ele fez? - vi Heitor mudar suas feições e sua voz saiu um pouco áspera.

— E-ele disse que eu deveria... ter... morrido. - lágrimas se formaram em meus olhos sem minha permissão e vi Heitor se levantar de repente, com as mãos na cabeça, em franca irritação.

— COMO ELE OUSA? - com rapidez Felippo havia colocado as mãos em meus ouvidos, me olhando ternamente, já que Heitor usou sua voz de alfa, mas só senti um arrepio percorrer meu corpo e um leve revirar no estômago.

— Heitor se acalme, você não é assim. - Felippo o repreende, indo ao seu encontro, o abraçando e depositando um pequeno beijo em seus lábios, ao final os vejo sorrirem.

— Desculpe meu amor, mas você é um ômega... o nosso ômega e ele se atreveu a te ameaçar dentro da sociedade lúpina. - Heitor chega próximo a mim novamente, tocando meu rosto, me fazendo inclinar a cabeça sobre sua mão, aproveitando o calor do seu carinho.

— Não pareceu uma ameaça... - falo lembrando do tom de voz do alfa. —  Soou mais... como se ele estivesse afirmando, sabe?

— Você conseguiu vê-lo? Sabe quem era? - Felippo pergunta a Heitor, que nega. — Será que ele tem alguma relação com a Srtª Anna Savóia? - só de pensar nessa possibilidade me gela a alma.

— Não creio, porque fizemos um cerco muito bem organizado... - Heitor para por um momento pensativo. — E se ele for alguém não mencionado? Terei que investigar sobre isso. - Heitor se levanta e pega o celular no móvel ao lado, logo discando e fazendo uma chamada se afasta quando a pessoa do outro lado atende, ser um alfa executor era ter muitas responsabilidades.

IRONIAS DO DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora