Raul
Depois do jantar maravilhoso e nossas conversas agradáveis, me ofereci para ajudar com a louça e fui expulso da cozinha.
Victoria me puxou pela mão e levou-me até seu quarto, mostrando sua coleção de bonecas, seu quarto era diferente do que imaginei, haviam luzes coloridas penduras na cabeceira da cama, um escrivaninha com seu notebook e mais bonecas, uma estante cheia de livros e mais fotos de família, natureza e alguns artistas e cantores espalhadas, nos sentamos no tapete e começamos a brincar, estava um pouco cansado, mas ver o sorriso de Victória me deixava feliz.
— Tio Raul você gosta do meu irmão? - ela me tira dos meus pensamentos, me fazendo olhar para aqueles lindos olhos verdes, que tanto lembra os de Heitor.
— Gosto muito!!!! - afirmei de todo meu coração.
— Cuida dele, tá... Ele é muito precioso para mim!!!! - sorri e a puxei para meu colo, abraçando-a.
— Pra mim também, meu amor!!! Pra mim também!!!! - ela se aninha mais no meu colo e fazendo carinho em seus cabelos percebo que ela adormece, a coloco na cama com cuidado e saio do quarto, indo em busca dos meus alfas.
Ao chegar próximo a sala, escuto Heitor falando com Felippo.
— Felippo e seu pai, como vai ser? Creio que não seja a mesma recepção que Raul teve aqui. - paro onde estou e tento ouvir sua resposta.
— Eu sei, meu pai é mais complicado. - isso não é bom, penso.
— Seu pai é um idiota, me desculpe meu filho, mas ele é. Julga sem conhecer as pessoas, por puro preconceito e ainda fica ligado a bens, títulos e não se importa realmente com as pessoas. O Raul é maravilhoso meus amores!!!! Ele é uma jóia rara e não merece sofrer.
— A Sra Beatrice pelo jeito não gosta do pai de Felippo, ele não deve ser uma boa pessoa. - Kamaria fala e meu coração se aperta.
— Não o julgue sem o conhecer Kamaria, não faça o mesmo que ele. - a repreendo.
— Eu farei meu máximo para protegê-lo. - ouço Felippo e sua voz soa cansada.
— Espero que eu não tenha que intervir. - o Sr Bernardo, pela primeira vez fala em um tom sério, mas fico incomodado por estar escutando e faço barulho anunciando minha chegada.
— Olá querido!!!! Victória gostou de você, não é comum ela mostrar a sua coleção de bonecas, ainda mais deixar que entrem no seu quarto. - Sra Beatrice me fala sorridente, me fazendo sorrir.
— Fico feliz em saber!!! - me aproximo de Raul que me abraça.
— Precisamos descansar, Raul está tarde para ir para Juilliard, você fica aqui conosco hoje e amanhã lhe acompanhamos até seu dormitório. - Heitor me fala olhando nos meus olhos e me perco dentro deles.
— Já preparei o quarto de hóspedes para você. - Sra Beatrice fala e Felippo e Heitor me olham.
— Já sei o que pensaram, mas deixem o Raul descansar por hoje. - Sr Bernardo fala todo sorridente com um olhar malicioso para os dois, me fazendo corar.
— E Felippo tem um quarto pra você também, creio que esteja com muita saudades de Raul e queira ficar próximo. - Sra Beatrice fala com um olhar sapeca.
[...]
Me deito na cama enorme e super confortável, com lençóis brancos e fico pensando em como foi agradável a noite, quando de repente ouço a porta se abrir e entra Heitor e Felippo.
— Er... Raul, você está acordado? - ouço a voz de Felippo.
— Se ele não estiver vamos acorda-lo assim, fale mais baixo. - Heitor fala em um sussuro.
— Estou acordado, o que estão fazendo aqui?
— Felippo está com muitas saudades suas, mal ficou com você e... eu... er... vim junto, se você não se importar. - Heitor fala com receio em sua voz.
— Venham deitem aqui, a cama é grande, mas vamos dormir, certo? Estou bem cansado. - mal termino de falar e já tinham pulado na cama, cada um de um lado e se aconchegaram ao meu redor, sinto minha pele arrepiar ao contato de ambos, acho que será difícil só dormir.
— Mereço ao menos um beijo de boa noite? - Felippo fala com cara de lobo pidão.
Me aproximo dele e beijo seu nariz e vejo seus olhos azuis brilharem e uma leve decepção passar por eles, mas eu continuo, beijo suas bochechas, beijo o seu queixo, deixo uma leve mordida e o ouço arfar, olho novamente seus olhos azuis da cor do mar e vejo a ansiedade e o desejo... não consigo não pensar... (um alfa lúpus totalmente entregue a mim)... quando beijo o canto de sua boca, minha mão passa por sua nuca e sinto seus pelinhos se arrepiarem e sua boca entreabrir junto a um suspiro, roço nossos lábios e sinto suas mãos na minha cintura me apertarem, ao que eu realmente o beijo com desejo e sinto todo seu corpo responder igual ao meu e Heitor beija minha nuca e quatro mãos percorrem meu corpo. Um beijo se transformou em desejo, em audácia, em saudades reprimida.
Dentro da nossas bocas nossas línguas se tocam devagar, saboreando o seu gosto e sinto a força da sua saudade, quando suga minha língua e morde meus lábios, nossas respirações estão pesadas e um gemido escapa por entre meus lábios.
Me afasto um pouco com Heitor ainda fazendo carinho em mim e beijando minhas costas, vejo o olhar profundo de desejo de Felippo.
— Vamos com calma, estamos na casa dos pais de Heitor. - falo dengoso.
— Fiquei tanto tempo longe de você que só um beijo não será suficiente. E desde quando aprendeu a provocar deste jeito? - a voz de Felippo sai rouca e ofegante, demonstrando seu desejo.
Viro meu rosto para Heitor tocando seus lábios com os meus, passo a língua por sua extensão e mordo seu lábio inferior, sugando com cuidado, Heitor geme baixinho e suas mãos apertam minhas nádegas. Viro novamente para Felippo que assistiu a minha provocação e seus olhos brilham de êxtase.
— Tive um bom professor!!! - falo e sinto Heitor enterrar sua cabeça na curva do meu pescoço e dar uma leve mordida, contenho um pequeno grito.
Felippo volta a me beijar com intensidade e se aproximando, faz seu membro tocar o meu, aperto minhas unhas nas suas costas, sentindo um arrepio percorrer meu corpo. Roçamos nossos corpos e não sei exatamente quando retiramos nossas roupas, o toque quente de nossas pelas estava bagunçando meus pensamentos, éramos beijos, toques, apertões, mordidas, chupões tudo embolado, a sensação de prazer era indescritível, ficamos nesse bolinar de membros e corpos até que com um gemido um pouco mais alto chego ao clímax, seguido por Heitor e Felippo.
Aos poucos nossas respirações foram se normalizando e Heitor foi ao banheiro e trouxe toalhas úmidas para nós limpar e novamente se aconchegaram em mim e não tardei a adormecer, totalmente relaxado e satisfeito.
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IRONIAS DO DESTINO
Mistério / SuspenseEstá história se passa no omegaverso. 🦊🦊🦊🦊 Raul, já tem quase 18 anos e até onde saiba era um simples ômega macho, sem família, que fugiu aos 15 anos do orfanato onde fui abandonado ainda bebê e viveu nas ruas por pouco tempo até encontrar Carl...