Capítulo 12 - Passeio de iate (parte 1)

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Felippo

— Que droga Heitor, precisava ficar alisando o ômega daquele jeito? - falo um pouco mais alto, irritado com meu amigo, que mais parecia amigo da onça.

— E você que parecia uma estátua? O que posso fazer se ele foi receptivo a mim, qual o problema? Não é uma competição amigável?

— Urgh...

Ficamos em silêncio, mas logo Heitor o quebra.

— Felippo, uma coisa você não pode negar, ele é totalmente diferente de qualquer um que tenhamos algum contato até hoje. Ele não se importa com luxo e com dinheiro, muito menos ficou dando em cima de nós, muito pelo contrário, parecia não se importar.

— Sim... - apenas afirmo. — Além de tudo que você falou, ele parece ser bem inteligente e apesar de aparentemente sofrer privações, ele me surpreendeu ao saber falar outro idioma. - fico sério e pensativo, mas prestando a atenção na estrada.

Depois de um tempo Heitor da um suspiro e volta a falar.

— Felippo, sei que não sabe lidar bem com seus sentimentos e que se fechou a muito tempo, mas como você mesmo está percebendo o Raul é diferente!!!

— Eu não quero falar sobre isso. Você está proibido de falar sobre isso, já é passado. - freio o carro bruscamente e aumento meu tom de voz, fazendo Heitor ficar quieto e voltar a olhar pela janela.

Sei que não é tão passado assim, mas não quero lembrar "dela" e nem nada daquilo que aconteceu.

Ao chegar no hotel eu não sei o que acontecia comigo, estava com tanta raiva. Decidi que no passeio de amanhã preciso fazer alguma coisa, porque vou ter esse ômega por uma noite ao menos.

Você ainda não entendeu, né? - Kai tenta me fazer compreender.

— O que eu tenho que entender? - pergunto irritado.

Deixa, você vai aprender e compreender no tempo certo.

Urgh.... Até Kai está me irritando.

Eles tomam banho e antes de ir dormir Felippo, envia um e-mail com as diretrizes para o seu comandante do iate com tudo que era para ser preparado para o dia seguinte.

Antes de dormir enviei uma mensagem para Raul, mas percebi que Heitor também enviou, pois deu um sorrisinho, olhando o celular. Que irritante, penso.

[...]

Autora

Na manhã seguinte, bem cedo, Felippo acorda e vai preparar as coisas com o comandante, para tudo estar perfeito, enquanto isso Heitor iria buscar Raul e seus amigos.

Heitor enviou uma mensagem a Raul para combinar onde se encontrariam e acharam melhor se encontrarem na orla da praia.

Heitor de longe avista um grupo animado na areia da praia, eles estavam brincando entre eles e no meio deles estava Raul, seu sorriso era a coisa mais admirável que Heitor havia visto.

— Felippo precisava ver esse sorriso. - fala pra si com um sorriso e solta um suspiro.

Heitor estaciona o carro atrás de um outro que ele supunha ser de Lucas. Ao descer, ficou ainda um tempo olhando eles brincarem na areia, a risada de Raul completava a admirável paisagem. Até que Raul o vê e vem ao seu encontro, ele vestia uma camiseta azul e uma bermuda branca, no momento estava descalço. Ele abraça Heitor o surpreendendo.

IRONIAS DO DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora