Capítulo 10 - A grande noite (parte 1)

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Raul

Estava muito nervoso o restante da semana, ensaiei mais de uma música para desencargo e cantava para meus amigos.

O restaurante que trabalho estava prosperando, depois que o dono aceitou um novo investidor e agora havia mais um ajudante na cozinha e ele era um beta tímido e assim podia sair mais cedo.

O grande dia ou melhor noite chegou e Carlos tentava me acalmar. Acabei indo mais cedo para a boate para poder me preparar. Carlos me trouxe uma roupa que Lucas havia preparado para usar durante a apresentação e agora eu estava pronto, haviam vários cantores está noite, eu seria o último e Carlos pediu para que eu o seguisse, ele me levou até o escritório de Lucas.

 Carlos me trouxe uma roupa que Lucas havia preparado para usar durante a apresentação e agora eu estava pronto, haviam vários cantores está noite, eu seria o último e Carlos pediu para que eu o seguisse, ele me levou até o escritório de Lucas

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(Estilo da roupa usada por Raul)


— Olá Raul, você está bem? A roupa pelo visto ficou boa. - ele fala me olhando e puxa Carlos para sentar em seu colo, que cora e eu reviro os olhos.

— Sim, obrigada!!! Só estou um pouco nervoso. - Lucas me dá um sorriso.

O que Lucas não me contou é que hoje ele havia convidado uma pessoa especial para me observar cantar.

— Se você se sentir a vontade pode ver as apresentações daqui do meu escritório ou ficar no bar junto com Carlos, hoje dei folga pra ele. - ele beija a bochecha do meu amigo.

— Posso ficar no bar com Carlos, assim me distraio um pouco.

— Ok! Vou pedir para o Théo ficar próximo de vocês.

— Se algum alfa te incomodar é só me falar. - Lucas fala meloso para Carlos, apertando sua cintura.

— Eu sei me cuidar!!!! - Carlos fala cruzando o braço e fazendo um bico... Não acredito no que estou vendo...

— Eu sei, baby!!! - eles realmente esqueceram que estou aqui, porque iniciaram um beijo.

— Cof... Cof... - tento fazer com que  lembrem de mim aqui.

— Me desculpe Raul, agora vão. - eles dão mais um selinho e descemos para um cantinho no bar e vejo Théo ficar próximo a nós.

As apresentações começaram e algumas pessoas ficavam me questionando quando seria minha vez, recebi cantadas que ignorei e continuei a conversar com Carlos e beber meu suco.

Do nada sinto Kamaria se agitar e um aroma de cedro misturada a maresia  invadir minhas narinas, ele estava aqui, eu sabia que ele estava, passei os olhos pelo local até que meus olhos cruzaram os seus e meu coração começou a bater mais rápido, engoli em seco.

Ele e outro alfa estavam vindo em nossa direção, discretamente cutuquei Carlos que olha para onde eu estava olhando, quando eles estavam quase próximos algumas ômegas os cercam tentando chamar a atenção dos dois, eu me viro de costas. Senti ciúmes??? Não... Não...

O que eu estava pensando? Ele não voltaria por mim... Tsc... Porque estou pensando essas coisas. E um semblante triste toma meu rosto, fazendo Carlos sussurar em meu ouvido.

— Ele voltou como disse, ele é um alfa de palavra.

Continuei virado de costas e não vi quando delicadamente os dois alfas se desvencilharam das ômegas e continuaram a se aproximar.

Ficou um de cada lado de nós no bar e o outro alfa pediu uma bebida para o barman, quando ocorre um intervalo nas apresentações. Felippo se vira para Carlos e diz.

— Hoje você não será meu barman, Carlos? Então não vou poder beber meu drink preferido. - ele faz uma cara engraçada de lobo pidão.

— Hoje é minha folga, mas posso fazer o seu drink. É um vésper martini, certo? - o vejo sorrir e ele tem um sorriso charmoso... Tsc... Tô com esses pensamentos de novo, viro meu rosto olhando para o meu copo de suco.

Carlos pula por cima do balcão e vai preparar o drink e só faz um sinal com a cabeça para Théo, que vi pelo canto do olho, se aproximar um pouco mais.

— Prazer eu sou Heitor!!!! - o alfa do outro lado se aproxima e estende a mão se apresentando.

— Prazer Raul!!! - seguro sua mão e sinto que era quente e macia. Seus olhos eram de um tom esverdeado e pareciam querer ver minha alma.

— Tudo bem Raul? - vejo Théo ao meu lado, encarando os dois alfas de forma perigosa.

— Tudo bem Théo, pode ficar tranquilo. - ele se afasta um pouco, mas continua a nos olhar.

— Ele é seu alfa? - pergunta Heitor, de forma distraída, pegando sua bebida.

— Eu não tenho nenhum alfa, porque? Todo ômega precisa ter um alfa? - fico com raiva e o olho sério e ele solta uma risada, porque ele está rindo? Eu fecho a cara.

— Desculpe!!!! - ele faz uma pequena reverência.

— Realmente um ômega não precisa ter um alfa, de onde venho um alfa precisa de seu ômega e não o contrário. - achei muito estranho.

— Já que meu amigo está tão pensativo deixe me apresenta-lo, este é meu amigo Felippo. - olho para o lado e vejo aqueles olhos azuis me olhando. Ele estende a mão e ao toca-la sinto um formigamento em meu corpo e sua mão é tão macia e seu olhar é inigmático. Kamaria estava choramingando.

— Prazer!!! Você é o dono do cartão, então...

Ele se enclina próximo a mim para pegar o seu drink e sussura  em meu ouvido.

— Eu prometi que voltaria e eu sempre cumpro minhas promessas. - estremeço e me afasto colidindo em Heitor que me segura para que eu não caia.

— E-eu preciso ir, serei um dos próximos a cantar.

— Permita-nos espera-lo, gostaríamos de conversar com você? - Heitor fala e só vejo que Felippo continua a me escarar com um sorriso de canto, apenas dou de ombros e sigo para os bastidores, com Théo a frente para abrir caminho.

Kamaria e agora?

— Parece que os dois estão interessados em nós.

— Eu não sei o que estou sentindo, é muito diferente e o que eles querem conversar com a gente?

— Talvez ele só queiram nós conhecer e sendo sincera os lobos deles são diferentes, fortes e gentis. Agora você precisa se acalmar.

Apenas respiro e fico me concentrando e escolho a música que iria tocar, esperando minha vez.

— Raul é a sua vez. - alguém vem me chamar.

Ao me sentar no banquinho, olho para frente e meu coração dispara ao encontrar seus olhos azuis, Kamaria me fala.

Cante a outra música...

— Porque? Você tem certeza?

— Sim... Só cante!!!!

IRONIAS DO DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora