Já era manhã e o sol banhava nossos corpos nus sobre a cama, que mais parecia um ninho, quando abri meus olhos, me deparei com uma cena linda, meus dois alfas estavam ao meu redor como me protegendo, era um emaranhado de pernas, braços e seus rostos estavam tão próximos a mim que dava para sentir suas respirações calmas, bem diferente da noite passada... sorri e mordi meu lábio inferior... ao lembrar dos nossos gemidos.
A cada dia percebia que nossa conexão se tornava mais perfeita. Olho para minha mão, onde estava a aliança de casamento, nem acreditava que agora estava casado... sorri novamente... pra quem não queria saber de alfas, agora tinha não só um, mas dois, com personalidades distintas, mas que amava cada detalhe, cada nuance, já não imaginava minha vida sem eles e faria de tudo para os proteger.
Com esse pensamento veio a minha mente os meus pais, porque será que me abandonaram naquele orfanato e porque deixaram o medalhão comigo? Será que esse medalhão tem realmente alguma relação com a minha origem?
_ Bom dia, meu amor!!!!! - a voz rouca e sonolenta de Felippo me faz virar o rosto para encarar o seu sorriso encantador, viro para ele e lhe dou um selinho, sentindo Heitor me puxar pela cintura e seus lábios quentes encontrarem a curva do meu pescoço, me causando arrepios.
Com um sorriso nos lábios me viro para Heitor e também deposito um selinho em seus lábios. Era visível as marcas que deixamos ontem, pelos nossos corpos, mas cada uma delas me traziam deliciosas lembranças.
_ Está pronto para visitar a outra província e conhecer os locais que sua sogra caminhou e viveu? - apenas afirmei com a cabeça e já dando um salto por sobre ele, vou caminhando nu pelo quarto, até o banheiro, antes dei uma olhadinha sapeca por sobre os ombros, em direção aos alfas em cima da cama, que me olhavam de um modo indecifrável, devido a quantidade de sentimentos que sentiam naquele momento, mas logo eles entenderam meu olhar e vieram tomar banho comigo.
- Quem é você que se apossou do corpo do nosso ômega ingênuo... - Heitor veio falando e rindo junto com Felippo e de dentro do banheiro também comecei a rir.
Depois de um banho gostoso, regado a beijos, carinhos, gemidos, sorrisos, muito desejo, mas principalmente muito amor, tomamos nosso desjejum e partimos para a próxima província, que não demorava mais que uma hora e durante a viagem olhava pela janela do carro admirando a paisagem, os campos, as plantações, os trabalhadores, tudo era simples, mas muito significativo para mim, as nossas conversas eram calmas e tranquilas, sobre o local.
Aquele país já fora um grande reino, onde passaram grandes imperadores/reis, com seus consortes, foi motivo de guerras por posses de terras e rivalidades políticas, teve tempos de paz, mas as grandes guerras que foram travadas, se transformaram em uma luta política dividindo o país conforme as forças aliadas de outros países se juntaram aquele povo, hoje ainda era um país dividido ao norte e ao sul.
A capital era bem diferente de onde estávamos, lá a agitação e a tecnologia era vista em cada esquina, em cada canto que se observasse, mas preferimos a calma das províncias, que muito lembravam as cidades do interior de meu país.
Chegamos a província, que um dia viu nascer a mãe de Felippo, e era muito bonita de se ver, tinha pequenas casas com estilo do extremo oriente e árvores com flores coloridas por todos lugares, mas também percebia-se, ao chegar mais ao centro, que a modernidade havia chegado até ali com seus arranha-céus com fachadas provavelmente assinadas por grandes arquitetos, mas o que realmente me chamou a atenção foram os templos antigos, com sua arquitetura peculiar, paramos próximo a um deles e entramos para uma visita.
Haviam algumas poucas pessoas que estavam ali de passagem, assim como nós, começamos a caminhar e observo que nas paredes haviam figuras de outra época, bem conservados estavam relíquias e artefatos, quando os imperadores aqui viveram, mas uma escultura em particular me chamou atenção, ela representava a figura de um homem em pé olhando para o enorme lobo ao seu lado, que também o olhava, fui ler a descrição logo abaixo da escultura, estava em uma língua que entendia e lá estava escrito.
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IRONIAS DO DESTINO
Mystery / ThrillerEstá história se passa no omegaverso. 🦊🦊🦊🦊 Raul, já tem quase 18 anos e até onde saiba era um simples ômega macho, sem família, que fugiu aos 15 anos do orfanato onde fui abandonado ainda bebê e viveu nas ruas por pouco tempo até encontrar Carl...