Light of mine

Confiante

Hoje eu acordei confiante, mais certa do que fazer a seguir. Genya me arrumou, enquanto ia andando até o escritório do Darkling todos paravam para me ver, sussurrando alguma coisa, provavelmente por causa da minha roupa, mas não lhes dei muita atenção. Entrei em seu escritório, na hora marcada para a reunião, onde estaria Ivan, Mal, Zoya e obvio que Aleksander. Assim que entrei, mais bocas se abriram, olhando para mim e minha roupa, não disseram nada, mas imaginava o que estavam pensando. Quebrei o silêncio:

Bom dia.— ainda ninguém me respondeu, até que ele falou.

Senhorita Starkov, bom dia. Posso falar com você em particular por um instante?

Claro.

Darkling me puxou para o lado, já sabia sobre o que seria.

     Alina, que kefta é esse?

Gostou? Pedi que fizessem um para mim. Você mesmo disse que não sou igual aos Etherealki, que não deveria usar suas cores, mas também não sou como você, preto é a sua cor. Achei que era necessário criar algo apenas para mim. Dourado e branco, o que acha? — disse zombando dele. Ia mostrar que não seria mais manipulada por ninguém, agora eu era dona de mim mesma. Meu kefta novo era lindo! Seu tecido era dourado com seus bordados brancos, devo admitir que ficou melhor do que eu imaginei. Ontem quando fiz o pedido a Genya, ela me olhou estranho, mas hoje quando o vesti, vi o orgulho em seus olhos por finalmente não querer mais depender de ninguém, nem ser mais uma na multidão.

Antes que ele pudesse responder algo, me virei e sai andando de volta a mesa. Claro que Zoya estava me matando com o olhar, mas não dei bola. Assim que me sento, Darkling também, ao meu lado e começa.

Por favor rastreador, nos diga onde achou o cervo.

Não direi a você, apenas a Alina. — pude ver os olhos do Darkling escurecendo de raiva, Mal estava provocando e Darkling não aceita desrespeito de ninguém. Antes que algo acontecesse, que a tensão aumentasse, intervi.

Mal, estamos todos juntos nessa, com o mesmo objetivo, queremos o amplificador para acabar com a Dobra. Só nos diga onde está. Pode vir conosco se quiser. — obviamente essas últimas palavras não foram tão apreciadas pelo Darkling. Mal me olhou por um tempo, como se estivesse me perguntando se realmente confiava neles, mas cedeu.

Encontrei o cervo um pouco depois fronteira de Fjerda, por aqui. — diz apontando para o local no mapa sobre a mesa. — Se sairmos hoje, chegaremos em 3 dias.

Ivan, Zoya, façam os preparativos, quero sair em 1 hora no máximo, quero pegar o máximo de luz do dia possível. — disse Darkling com sua voz autoritária.

Em segundos, todos se levantaram para sair. Zoya e Ivan saíram primeiro, depois Mal seguido por mim. Já no corredor mas não muito longe da porta do Darkling, ele me para, me puxa pelo braço.

Alina, depois de tudo que me disse, como ainda pode confiar neles?

Mal, já disse, todos temos o mesmo objetivo, destruir a Dobra e proteger os grishas. Não posso dizer que confio neles com tudo, mas nesse assunto sim.

Mas eu não, e irei te proteger.

Não preciso de sua proteção, sou forte suficiente para cuidar de mim sozinha.

O que houve Alina? Por que esta sendo fria? O que te fiz? Foi o beijo porque...

       Mal, ontem mesmo você achava que eu estava mentindo para você, você não confia mais em mim. Sobre o beijo, agora não é hora de conversar sobre isso, temos uma guerra acontecendo, há coisas mais importantes a pensar agora. Deve se arrumar, Darkling não gosta de ficar esperando.

Com isso não dei abertura para que houvesse alguma resposta, então ele so partiu. Respirei fundo. Doía ser fria assim com Mal, ele esta comigo desde que me lembro, mas agora não era a hora. Fui andar quando outra pessoa me segurou pelo braço.

        Santos! Será que as pessoas podem parar de me segurar pelo braço?!— nem precisei olhar quem me segurava, apenas com seu toque sabia que era Aleksander e sabia que devia ter escutado tudo.— Sei que escutou...

      Sim, escutei. Fico muito feliz em saber que não o deseja, o que significa....

     Não Aleksander. — o interrompo — Não disse que não desejava, — seus olhos começaram a escurecer e rapidamente acrescento— mas tão pouco disse que desejava. Falei que não é hora de ficar pensando nisso, que temos outras prioridades.

       Isso se aplica a mim também?— ele pergunta, me puxando para perto de si.

Sinto o calor de seu corpo, seus lábios estavam tão perto dos meus. Suas mãos estavam em minhas costas e meu rosto. Seus olhos suplicando por uma resposta, mas não qualquer resposta, mas a que ele queria. Se aproximou ainda mais de mim, nosso lábios de tocando, seus olhos começaram a fechar. Tudo que eu queria naquele momento era ceder, fechar meus olhos, acabar com a pouco distância que existia entre nós, esmagar minha boca em sua, o beijar como....

Não! Não podia deixar isso acontecer, não poderia ceder. Não era a hora. O empurrei. Ele parece ter se assustado com meu movimento, como se não tivesse esperando que eu fizesse isso. Não sabia o que dizer, então o encarei por alguns segundos, me virei e sai andando.

Fiz um mini desenho representativo de como imagino o novo kefta dela, é a foto na capa. Estou tentando dar a Alina uma maior individualidade e independência antes de realmente se relacionar e se envolver com alguem! Espero que concordem.