Genya me acordou e estava me arrumando. Afinal o fim da Dobra vai ser um espetáculo também. Ela estava fazendo sua reportagem de fofocas do reino para mim, mas eu não estava tão interessada assim nelas. Nervosismo me consumia, não queria decepcionar todas aquelas pessoas, Mal, Aleksander, não queria me decepcionar comigo mesma.
Preciso conversar com Leonidas então peço um tempo sozinha para Genya, que sai sem questionar.
'O que foi?' 'Estou nervosa, não quero decepcionar ninguém.' 'Alina, nos temos a mesma alma, sei que não esta falando toda verdade' 'Não sei do que está falando.' 'Alina, você esta enganando somente a si mesma, eu ja sei a resposta mas você deve admitir' 'ok!' Respiro fundo, 'não quero ser uma farsa. Minha vida toda, nunca fui única, nem a melhor em nada e agora tantos me admiram, e se eu falhar e eles verem que não sou a Santa que esperam?' 'Você sabe que isso não vai acontecer. Sempre foi única, só que só descobriu recentemente. Esteve por muito tempo, com medo de estar sozinha, se segurando a Mal, agora tem a mim. Nunca mais estará sozinha nem precisar se segurar em ou por alguém. Tome coragem e mostre sua força a todos, você a tem mais do que pensa'.
Ele estava certo, sobre tudo. Como disse, minha segunda consciência. Respirei fundo mais uma vez e afastei todos os pensamentos relacionados a medo, fraqueza, solidão.
'Obrigada.' 'Sempre.' Com isso Genya entra na minha tenda.
Está na hora.
Saio de minha tenda, com uma capa cobrindo meu vestido; Genya diz que é para dar um gostinho de curiosidade a quem me veria. Vejo que Darkling esta me esperando, para me acompanhar até o esquife. Chego perto, queria falar com ele, mas o tinha muita gente em volta, não era o momento ideal para isso. Mal logo se juntou a nós, alguns passos atrás. Conforme nós passamos, todos abriam caminho, formando uma espécie de corredor até o barco.
Entramos no esquife, já haviam pessoas grishas e humanas, preparando o mesmo. Logo depois de entrarmos, entraram também embaixadores, mensageiros, alguns nobres, pessoas da corte que estavam aqui por causas políticas. Depois de todos terem entrado, as portas fechadas, começamos a deslizar pela aquela areia que um dia era solo fértil.
Adentramos a escuridão e logo criei um escudo sobre todos, os Volcras já estavam tentando nos atacar. Me lembrei do Darkling ter dito que ele era uma espécie de farol para eles, já que os criou. Olho para ele e sua face está calma e séria, não transmitindo muitas emoções. Paramos por volta do 10° marco. Fui até a frente do navio para acabar com tudo aquilo, mas Darkling me sinalizou que não era hora ainda, estranhei e deixei que ele fizesse o que queria, mas não recuei.
Hoje vocês vieram ver a destruição do que nos assombra há séculos, que dividiu nosso país no meio.— ele se dirige aos embaixadores de Fjerda e Shu Han— não é apenas porque a Dobra será destruída que estaremos mais fracos, não se enganem. Gostaria de mostrar algo a vocês.
Ele mexe suas mãos e animais de sombras aparecem atrás dele. Não eram que nem os Volcra, não eram pessoas, simplesmente apareceram e estavam dentro do meu escudo de luz, não entendia o que estava acontecendo.
Darkling sinalizou algo com a mão e uma das criaturas de sombras foram atrás de um dos embaixadores de Fjerda. Eles o pegaram e jogaram para fora do barco e do escudo de luz. Imediatamente pode-se ouvir gritos. Corri até o Darkling, e como se já soubesse o que eu ia dizer, fala:
Nichevo'ya. São as novas criaturas que consigo conjurar.— haviam sussurros, arfadas por todo lado, mas isso não o parou— Aquele embaixador estava aqui com segundas intenções, tinha um pequeno grupo de soldados pela floresta ao redor do acampamento, e pretendia matar a Senhorita Starkov, para que ela não destruísse a Dobra.— a surpresa era evidente em quase todos, Ivan e alguns dos grishas não pareceram surpresos com a notícia — Ao que parece alguns fjerdanos e extremistas ravkanos não querem ver a Dobra destruída.
Com isso ele não falou mais nada. Os gritos além das sombras haviam parado. Os sussurros e arfadas ainda continuavam mas em menor escala, eu estava surpresa. Tanto por terem pessoas que querem que a Dobra continue, quanto ele não ter me dito nada dessa parte do plano.
'Alina, faça agora. Mostre a todos seu poder, sua força.' Leonidas me disse.
Dei alguns passos a frente, não olhando para ninguém. Paro onde Darkling estava minutos atrás, todos se silenciam.
Fecho meus olhos e chamo minha luz novamente, em uma grande escala, me concentro. Sinto ela saindo de mim, então abro os olhos e vejo uma grande onde raios do Sol eliminando as sombras. Era visível algumas partes dos destroços de outros esquifes e ossos. Pensei em quantas vida haviam se perdido por esse maldito lugar, meus pais, quase eu e Mal, Alexei, crianças, grishas e humanos. Uma raiva cresceu em mim e luz explodiu de mim, acabando com todo e qualquer resquício das sombras e os animais amaldiçoados.
Estava claro, mas dessa vez era o próprio Sol, não eu. Olho em volta e vejo reações diferentes. Alguns pareciam assustados, surpresos, aliviados, outros também pareciam me admirar, e uns até me analisavam.
Mal correu até mim.
Alina, você esta bem?
Estou por que?
Seu cabelo, suas roupas...
Olho para baixo, as mechas de cabelo que antes eram pretas, estavam brancas, minha roupa tinha praticamente se desintegrado. O calor da minha luz deve ter sido demais para ela. Mal colocou a capa que estava usando quando entrei no esquife e me cobriu. Eu tinha conseguido, acabei com a Dobra.
Meu olhar encontra o de Darkling e vi que algo mudou no dele.
Oioi, será que consigo postar mais um hoje?! Vou tentar!!
Não falta muito para cenas hot hahaha
fanlulau
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Light of mine
FanfictionA história que criei para superar o final dos livros, me baseando na série e nos mesmos. Alina finalmente descobre quem o Darkling é de verdade, mas teria ele mentido sobre TUDO? Já ele descobre que pela primeira vez em séculos, sente algo além raiv...