Picnic

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Corro com meu cavalo o mais rápido que ele consegue, mas sou forçada a parar por uma névoa negra que me circula, impedindo minha visão.

Isso é trapaça!— grito, sei que ele está ouvindo, e muito provavelmente rindo de mim.

Crio um túnel de luz no meio das trevas e sigo naquela direção. Resolvo me aproveitar das trevas e o enganar. Desço do meu cavalo, mas continuo iluminando a passagem, a diferença é que desta vez, faço com que não seja possível ver a sela, apenas a cabeça do cavalo. Espero um pouco e as trevas ao meu redor começam a se dissipar. Me escondo e o vejo correndo em seu cavalo negro atrás do meu, cor caramelo. Meu cavalo para e tiro toda luz, Alek desce do seu e percebe que não estou no meu cavalo, entende que foi enganado e começa a rir. Rio também a distância da cena. Me aproximo de fininho, e pulo em cima dele, rolamos um pouco na grama. Quando paramos de rolar, ainda deitados na grama, começamos a rir. Me viro para ele, observo seu rosto, a paz nele, não consigo ver nenhum resquício de sombra, maldade, só felicidade e amor. Ele me pega o olhando.

O que foi?— pergunta.

Nada, só... eu te amo.

Ele me olha com adoração, me puxa e rouba um beijo. Se afasta, me olha e levanta, então me estende a mão e me ajuda a levantar. Ele vai até seu cavalo onde pega uma cesta. Estende um tipo de cobertor no chão, embaixo da sombra da árvore. Ele se senta e começa a tirar as coisas da cesta. Me sento ao seu lado e o ajudo. Ele havia trazido alguns morangos, dois sanduíches, bolo,vinho, leite e outras delicias. Pego um dos sanduíches, dou uma mordida.

Está delicioso!

Obrigada— ele responde. Rio um pouco achando ser piada mas me deparo com uma feição de quem está falando sério— Eu que fiz os sanduíches, Alina.— ele diz com divertimento em sua voz, sabendo claramente que eu não esperava que ele fizesse sanduíches.— Pois é meu amor, me parece que você não sabe de tudo sobre mim.— ele diz e me da um beijo.

O beijo se alonga e vira apaixonado, ele então me deita e deita em cima de mim, ainda me beijando. Suas mãos exploram cada pedaço do meu corpo, o acariciando.
Ouço o trotar de cavalos, Alek se levanta, imagino que talvez seja apenas Ivan ou Inej, mas ele me olha com receio logo em seguida.

Não disse a ninguém onde estávamos, dei Inej o dia de folga já que estaria com você. Não sei quem pode ser, vá e se esconda.

Mas e você?

Você é muito mais importante que eu, AH!— parece sentir dor, não consigo ver o que aconteceu. Percebo que está usando o próprio corpo para me proteger.— Alina, o plano, precisa.....—ele ia falar mais alguma coisa quando cai no chão, desmaiado. Me agacho, coloco minha mão em seu rosto e apoio sua cabeça em meu colo. Vejo a adaga e o sangue em suas costas, e vejo algo que foi jogado em sua cabeça para que perdesse a consciência. Lágrimas começam a cair, eu deveria fugir mas não posso e não vou deixá-lo. Mas preciso de algum plano, se ele estava preocupado era porque me causava algum risco. Olho a minha volta, lembro de meu plano quando fui enfrentar Darkling pela primeira vez depois de saber a verdade. Terei de repetir.
Pego uma faca que vejo que foi trazida junto da comida do picnic. Vejo a flor. A mesma flor que é muito comum e bonita, mas seu suco é venenoso. Lembro-me de Mal me contando quando crianças sobre as plantas que possuem propriedades medicinais e venenosas. O cavalo está muito perto, consigo o ouvir. Rapidamente amasso a flor, espalhando seu suco pela faca que escondo no meio de minhas vestes.
Não escuto mais o cavalo, mas sim passos perto de mim. A pessoa me me chama.

Alina...

Olho para trás.

Nikolai

Lá estava ele com um sorriso malicioso no rosto e então ele me da um soco, minha cara encontra o chão e apago.





Oioi lindezas. Desculpa mas tava muito calminho, precisava de alguma ação além das provocações. Já estou escrevendo os próximos capítulos mas só vou liberá-los amanhã às 17 para dar uma ansiedadezinha.
Amo vocês 💙
fanlulau

Light of mineOnde histórias criam vida. Descubra agora