Light of mine

Antídoto

Antes de papai conseguir aumentar seus poderes, ele me teve com uma otkazat'sya, que nunca cheguei a conhecer. Como eu fui fruto de um grisha e humano, meus poderes foram 'diluídos', o que me impediu de ser uma conjuradora das sombras, mas me deu todos os outros poderes em compensação. Pouco tempo depois de me ter, quando eu tinha em torno de 3 anos ele aumentou o seu poder. Alguns anos depois, quando eu tinha 6, papai teve Baghra, também com uma não grisha, mas ela conseguiu seus poderes das sombras porque ele já estava mais forte.
De qualquer forma, quando Baghra tinha apenas alguns meses de vida, eu fui levada por fjerdanos. Quando estava capturada, sofremos um ataque e a esposa do meu sequestrador foi ferida. Acabei por salvando ela, e como forma de agradecimento, me mantiveram viva, mas como escrava durante todos esses anos.
Sempre me mantive a par de vocês, Baghra e Aleksander, sempre estive os observando, mas nunca pude fazer nada, e nem vocês fizeram....

Não, Celeste! Pare de pensar bobagem, não foi o que aconteceu.— Baghra começa a falar— Ilya me contou sobre você. Ele disse que quando te levaram, os seguiu, e passou muito tempo te procurando, mas um dia achou o corpo de uma criança carbonizada, com o colar— então Baghra mostra um colar que sempre a vi usando. Um colar cujo cordão dourado está conectado com um metal que enfeita um pingente de turmalina negro.— ele tinha um igual, do dia que nasceu. Quando o encontrou, me deu, e em sua morte me deu o dele para que pudesse dar a minha filha.

Baghra e Celeste se aproximam uma da outra, vejo os olhos das duas ameaçando cair lágrimas. Baghra tira o colar.

Acho que isso lhe pertence.— ela diz, entregando o colar a irmã, que a agradece com um abraço. Ela se vira para mim— Confie nela Aleksander. — Apesar de ainda ter minhas dúvidas sobre Celeste, sei que sobre esse assunto em especifico posso confiar nela.

Aceno para que David se aproxime e dê a Celeste uma seringa e o antídoto. Ele hesita mas a entrega tudo. Celeste prepara a seringa e aplica no ventre. Nesse momento eu já estou com os nervos a flor da pele, não quero que nosso filho se machuque e muito menos ela.

Logo Alina começa a se debater, consigo ver que está transpirando muito. Celeste tenta a segurar pelos ombros, a mantendo deitada, mas Alina esta se debatendo muito. Corro para ajudar a segura-lá.

O que está havendo?— grito.

É um dos efeitos colaterais de aplicar o antídoto no ventre!— Celeste responde, mas a mesma se assusta quando uma espécie de furacão de sombras e luz surge ao nosso redor, parecia que vinha de Alina, mas ela não tem o poder das sombras...

BOM ENTÃO FAÇA ALGUMA COISA!— mando desesperado, não os posso perder.

Genya corre para segurar Alina, tomando o lugar de Celeste, de segura as duas mãos de Alina. Nesse momento vejo os olhos da minha tia se tornarem brancos, o que me assusta, mas ao mesmo tempo, Alina começa a se acalmar, se debatendo menos, quando esta estabilizada, Celeste se levanta, dando alguns passos para trás e se apoia no dossel de minha cama. Seus olhos voltaram a coloração verde normal, que deveria destacar muito os cabelos negros, hoje um tanto quanto mais claros. Ela olha para mim, depois para Baghra e depois Alina, e por fim desmaia, colidindo seu corpo com o chão.

Baghra corre em sua direção, se ajoelha ao lado de sua irmã mais velha, coloca a mão em sua testa, e depois em seu pulso, procurando o batimento de seu coração, para garantir que está viva.

Ela está bem. —me diz.

Verifique as duas.— digo a curandeira que estava no quarto.

Ela corre, passando as mãos por cima do corpo de Celeste. Confirma em seguida que está bem, só utilizou muita energia, causando o desmaio. Em sequência vem a cama e faz o mesmo em Alina, diz que ela lhe parecia bem, e quando ia continuar a falar, escuto, como um sussurro:

Aleks...