Não posso arriscar

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     O QUE QUER DIZER COM ISSO?— grito, minha paciência agora já era.

     Apenas que o antídoto se errado....

     MAS EU SEI QUAL VENENO ELA USOU!— me dirijo a David— Continue.

     Eu acho melhor não— ela diz.

     Por quê não?— pergunto com tanta raiva que sombras começam a se formar pelo cômodo. Todos percebem e recusam um pouco , a não ser por Celeste que nem um pingo de medo demonstrou.

      Não digo que a garota não foi esperta ao se envenenar e se por em coma, pois foi ao não se deixar vulnerável, mas não acho que levou em consideração a criança que crescia em seu ventre— nessa hora David e Ivan ficam um pouco chocados mas logo o choque passa— O veneno causou certo impacto na criança também. Se a fizer ingerir o antídoto, a criança pode ser prejudicada e até morta. Deve aplicar o antídoto diretamente no ventre dela.

Nessa hora David se levanta e fala

     Darkling, antídoto injetado é arriscado, pode deixar sequelas já que seu efeito injetado é muito mais intenso do que digerido.

Minha cabeça está a mil. Se ela estiver certa, e dermos o antídoto por difratais, arrisco a vida de meu filho. Mas se der o antídoto por injeção, arrisco a vida de Alina. O que faço?!

    Eu posso ajudar... quando ela acordar, posso remover o excesso do antídoto com meus poderes de cura, e os dois estarão salvos.

     E por quê você faria isso?— indago.

     Bom, você é meu sobrinho, ela carrega meu sobrinho neto, protejo minha família.

     Isto é, SE estiver dizendo a verdade, que não posso confirmar e nem confiar em você!— olho para a curandeira que Genya escolheu— É verdade o que ela diz?

     Não sei meu senhor, nunca presenciei uma situação em que uma grávida fosse envenenada por si mesma, muito menos um veneno que não a matara, apenas apagara. Mas creio que seja possível ser verdade o que alega.

     O que quer que façamos, Darkling?— pergunta Genya, claramente preocupada com sua amiga.

Ando de um lado para o outro, pensando... não quero colocar em risco a vida de nenhum deles, mas não posso garantir que ela esteja me enganando, que seja um truque. Mas tão pouco posso arriscar caso não seja.

Olho para Alina, me sentando ao seu lado, acariciando seu rosto. Como eu queria que ela estivesse aqui, me ajudando, me dando sua opinião e o que achava que eu deveria fazer. Sinto tanto sua falta. Seu sorriso, sua risada, a veia que fica aparente em seu pescoço quando está com raiva, seu carinho... sinto tanta falta de meu sol, da minha luz...

    Certo! Não posso confiar e acreditar em você— digo me dirigindo a Celeste— mas também não posso arriscar perdê-los.— um sorriso logo começa a se formar em seu rosto, mas o desfaço a segurando pelo pescoço, o apertando de leve— Vamos deixar Alina assim, em coma por enquanto. Quando chegarmos a Pequeno Palácio, veremos minha mãe. Ela irá confirmar ou não sua historia e dizer se posso confiar em você.

    Sua mãe não me conhece querido....

    Conveniente não?— a interrompo— para seu próprio bem, reze aos Santos que ela sabe algo sobre você, algo que confirme sua história. Ao contrário, seu corpo ficará em mil pedaços, mas apenas depois de eu fazer pior com você do que vou fazer com Lanstov.— ela finalmente parece tremer um pouco de medo.

Light of mineOnde histórias criam vida. Descubra agora