Não acorde uma mulher grávida

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SEGUNDO DOS ÚLTIMOS
10 CAPÍTULOS
🌑✨



Acordo com o Sol batendo em meu rosto, me esquentando, o que seria ótimo se eu já não estivesse quente o suficiente com a coberta. Olho ao meu redor e é estranho acordar no meu quarto, digo, meu novo quarto já que nos mudamos para o castelo, me acostumei a acordar vendo uma decoração mais sombria, cores em tons de preto. Ainda me sinto cansada, então decido que não vou levantar, mas continuar na cama. Me levanto pelo menos para fechar a cortina, impedindo que o Sol continue sobre mim e me deito novamente, me aconchegando na cama e travesseiros macios, nos lençóis e cobertas quentinhos. No começo, quando primeiro cheguei no palácio, esse tipo de cama me parecia muito grande e macia, desconfortável e desnecessária, muito diferente das camas do orfanato e do acampamento; mas agora, quando estou nela me sinto como se estivesse nas nuvens.

Me sinto incomodada, como se houvesse algo me apertando, mãos sobre mim. Apesar de não querer, sou obrigada a abrir meus olhos.

A primeira coisa que vejo é a curandeira da outra noite, me observando, sentada na minha frente, na cama passando sua mão pelo meu braço. Sinto mãos na minha cabeça, olho em volta e vejo que essas mãos pertencem a Aleksander. No momento que viu que eu estava acordada, ele empurrou a curandeira, que se levanta dando algum passos para trás. Seu lugar é o tomado pelo meu noivo, que desesperado começa a me fazer milhões de perguntas.

Alina! Como está? Está bem? O que está sentindo? Precisa de alguma coisa?— sem me dar qualquer chance de responder suas perguntas, ele faz mais mas desta vez se dirige a curandeira— Ela está bem? Por que não fala nada? E o bebê?

PORQUE VOCÊ NÃO ME DEIXA FALAR!— grito, conseguindo atenção de todos no quarto (Genya também estava lá) — SANTOS! PARA QUE TUDO ISSO?

Você sumiu ontem, depois dos acontecimentos nas masmorras, te procurei pelo castelo inteiro e nada. Genya me chamou ha alguns minutos dizendo que lhe achou e estava deitada....

Agora não posso nem mais me deitar e descansar por uma noite? Era só ter me acordado...

Alina— diz Genya— tentei te acordar, lhe chacoalhei por 2 minutos. Não somente eu tentei, um guarda, Darkling e Oulla, tentaram, ela inclusive tentou com ervas mas nada.

Ela estava apenas cansada, parem de drama— diz Celeste que entra no quarto com Baghra.

Drama? Vocês nem sabem o que aconteceu ontem...

Quieto menino!— Baghra grita— Todos, para fora. — em questão de segundos todos se retiram, inclusive Genya e Oulla.

Mas o que isso significa?— ele pergunta confuso

Sente e escute, Alek.— ele faz o que peco, e me pede com o olhar para que eu explique tudo, mas Celeste me vence e fala antes.

Sobrinho querido... Na noite passada, quando Alina conjurou as sombras, ela de alguma forma usou o poder da própria criança que esta em seu ventre.— ele faz menção de abrir a boca para falar nada mas ela o impede— Fique tranquilo, a criança está bem. Em seguida, ela acabou indo a cabana de sua mãe, onde nos contando a história, eu cheguei a teoria que lhe contei e descobrimos que Malyen é meu neto...

SEU NETO?

Sim, sim, acompanhe querido. — ela diz como se estivesse entendida contando a historia— e finalmente ela conseguiu que ele tomasse controle de seu corpo por um curto período de tempo. Sendo assim, ontem ela gastou uma imensa quantidade de energia, não é a toa que dormiu tanto. Inclusive, me surpreendo que ela não tenha dormido mais.

Eu teria, mas meu corpo estava incomodado com tantas mãos me tocando. Até gostaria de voltar a dormir se me deixassem em paz.— indico a porta, arrancando uma leve risada de todos.

Aprendeu meu filho? Não acorde uma mulher grávida.— com isso elas se retiram dando leves risadas, mas Alek se mantem sentado na cama a minha frente. Ele espera elas sairem para falar comigo.

Desculpe, fiquei muito preocupado com tudo que aconteceu. Já te perdi uma vez— ele diz olhando para baixo— não conseguiria perder de novo.

Ei— coloco minha mão em seu rosto, o elevando para que olhasse para mim enquanto falo— você não vai me perder de novo e caso aconteça, o que duvido, você me achara novamente. Nos sempre encontraremos o caminho de volta um para o outro.— ele me responde com um sorriso leve.— Ainda quero dormir, mas quem sabe você não pode trazer suas coisas e trabalhar no escritório adjunto ao meu quarto, o que acha?

Perfeito— ele diz, me dando um beijo ma testa, me cobrindo novamente.— Descanse, estarei aqui.

Light of mineOnde histórias criam vida. Descubra agora