Conselho

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OITAVO DOS ÚLTIMOS
10 CAPÍTULOS
🌑✨








Nós criamos uma espécie de Conselho, formado metade por grishas e metade por humanos. Há 4 de cada, para cada classe, nobre, burguesia, camponeses e soldados. Cada um foi apontado pra ser o representante da sua respectiva classe. Queremos que todos tenham uma fala e um lugar. Bom, eu quero. Alek queria que houvesse apenas um humano no Conselho, um soldado mas lhe expliquei porque aquilo não funcionaria.

Não, mas como? Já pagamos impostos.— diz um nobre humano. Estou em uma das reuniões do Conselho nesse momento, e queremos que os impostos sejam proporcionais ao valor que cada pessoa tem e ganha. Os nobres não gostaram disso, pois significaria dar seu um pouco mais do seu dinheiro para os outros.

Sim senhor, mas há pessoas que pagando o mesmo valor que o senhor nos impostos, ficam sem comida para por a mesa.— Alek retruca

Mas isso não é problema meu, é desses menores.— o homem indica ao representante dos camponeses. Eu tento me manter quieta pois se pudesse, tirava essa presunção e falta de respeito desse homem, afinal os camponeses são os trabalhadores dos nobres, fazendo a maior parte do trabalho. Mas não posso, meu marido diz que são os que mais apoiam e dão dinheiro aos governantes, e por isso não podemos os irritar muito.

Está decidido senhor, é como será.— meu marido fala, sério, qualquer um pode perceber que também já esta irritado; apesar de nos não querermos irritar muito os nobres, ninguém quer irritar Alek pelo mínimo que seja.

Sim, czar. — o homem percebe a inquietação de seu rei, e seus instintos de sobrevivência devem tê-lo alertado que deveria parar se ainda quisesse viver e se senta.

O motivo de estarmos fazendo isso é porque temos planos sobre o que queremos fazer em primeiro momento, como rei e rainha.

Alek, como sempre, ele pensa principalmente na segurança, oportunidades e aceitação dos grishas, e imagina que por nós dois sermos grishas, já ajudará bastante da inclusão deles para a sociedade. Apesar de ter uma ideia contraditória.

Depois do protesto da coroação, ele resolveu que queria que todos soubessem a verdade, mesmo que causasse que alguns ainda o rejeitassem um pouco. Ele resolveu que após tantos séculos se escondendo, mentindo, era hora de contar a verdade, uma pessoa de um terceiro ponto de visto, o mais imparcial possível. Quer também, claro, melhorar a economia em Ravka, tudo se conecta em suas ideias, a aceitação dos grishas, gerará maior fluxo do comércio e dinheiro, assim como os impostos sendo proporcionais, melhorando sua visão a todos que o achassem mau ainda depois que a história toda fosse revelada.

Eu tenho me concentrado, em minha trajetória, meu passado. Quero melhorar as condições dos órfãos pelo país, lhe dar oportunidade e infraestrutura, só porque não possuem pais, não significa que não tem mais opções. Quero dar destaque aos meus seguidores também, que apesar de terem cometido equívocos, só estavam fazendo o que acreditavam ser o certo, me apoiaram o tempo todo e acreditam em mim, quero garantir que merece sua confiança. Tento também ajudar na aceitação dos grishas, como Alek, propus um festival de alguma forma, celebrando as diferenças e as similaridades de cada um.

Juntos, eu e meu marido, queremos criar mais campos, 'escolas' de treinamento aos grishas, podendo treinar e estudar seus poderes, mas sem serem afastados de suas casas e famílias. Queremos também achar alguma forma, tentar reviver as terras que apodreceram, onde ficava a Dobra. E colocar sub generais nas principais cidades, que sejam de confiança, para garantir tanto a paz como o seguimento dos novos termos. Nós dois deixamos Nikolai e Zoya irem para Kribirsk, levando tudo em consideração, mas vão ser vigiados de tempos em tempos.

     Certo, agora podemos discutir as posições que serão disponíveis a grishas que quiserem trabalhar, sem ser no exército?

     Claro meu rei.— diz o soldado humano— Nós estávamos pensando em abrir áreas para que sejam a primeira ao mesmo tempo que a última frente, protegendo e sendo a primeira linha de soldados de longe....— sinto uma dor pontiaguda em minha barriga, mas logo passa e me arrumo na cadeira.— Mas gastaríamos de pedir também que nos fosse dado...— novamente a dor, mas tento ignora-lá— tecidos a prova de balas, como os deles.

     O que?— pergunta o soldado grisha se levantando— Se iremos os proteger, porque precisam dos tecidos?

     Não podemos contar sempre com vocês— o homem aumenta o tom de voz e a dor ataca novamente, mas muito mais forte, tanto que acabo gritando de dor, chamando a atenção de todos.

     Moy svet, o que houve?— meu marido corre para meu lado, pegando em minha mão.

     Não sei, uma dor— e novamente me atinge— AAAAAAAAA— me sinto gelada e com calor ao mesmo tempo, olho para baixo e vejo que estou molhada, minha bolsa deve ter estourado.— Acho que estou entrando em trabalho de parto!





Oi gente tudo bom?
Me pediram para começar outra fanfic do casal, o que acham? E alguém tem alguma sugestão para o plot? Sugeriram fazer a Alina má, mas não sei ainda. Talvez até uma história trágica dos dois...  No último capítulo eu vou escrever no finalzinho o que eu tiver resolvido.

E vcs viram que talvez mudem a história na serie, que acabe diferente da história original dos livros? Ai fiquei animada com essa ideia.
fanlulau

Light of mineOnde histórias criam vida. Descubra agora