Todos tem sombras dentro de si

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Ja era noite. Estava na entrada da tenda dele. Não sabia se entrava, me anunciava ou só voltava para minha cama. Por que ele não veio falar comigo? O que aconteceu comigo? Vou explicar melhor.

Depois que destrui a Dobra, Zoya e outros Aeros trouxeram nosso esquife de volta ao porto. Fomos, ou melhor, fui recebida com aplausos e orações. Ouvi diversos nomes vindos da multidão 'Sankta Alina' era o mais comum, mas também havia 'Filha do Sol' 'A iluminada' 'Salvadora de Ravka' e outros. Fui escoltada de volta a minha tenda, onde Curandeiros vieram me examinar, afinal minhas roupas foram queimadas e meu cabelo estava branco, queria garantir que eu estava bem. Não acharam nada de errado em mim e me conformei com o fato.

Passei o resto do dia recebendo inúmeros visitantes que me agradeciam e pediam minha benção. Era tudo muito estranho para mim, mas entendo que esperaram séculos para que isso acontecesse, então os abençoei como imaginei que alguém seria abençoado e agradeci as oferendas que me haviam trazido. O dia foi se passando e o único que eu queria que me visitasse não apareceu. Estava ficando com raiva. Não sabia o que pensar. Será que ele está com raiva? O que foi que mudou entre nós quando derrubei a Dobra? o que mudou nele?

Estava agora então na frente de sua tenda. Resolvo entrar, antes que pareça estranho eu plantada aqui na frente com meu roupão lilás. Entro e ele esta com algumas papeladas na mesa as lendo e olhando o mapa que agora estava livre do corte sombrio que o habitou por tanto tempo. Sei que sentiu minha presença pois congelou por uns segundos e evitou olhar para mim. Ele estava realmente me deixando irritada.

       Kirigan.

       Alina! O que faz aqui? Precisa de algo?— eu não respondo me perguntando se ele esta falando sério então continua— O povo esta muito feliz com seu feito, todos lhe admiram....

       VAI A MERDA ALEKSANDER!

        Como?— ele pergunta confuso e assustado com meu surto.

       Para de me enrolar. Sabe porque estou aqui. — ele desvia seu olhar do meu de volta ao mapa, estou explodindo de raiva— Por que não me contou sobre o embaixador? E os nichevo'yas? Por que não foi me ver? O que mudou?

Alina, eu....

Nem tente, já sei quando está mentindo para mim. A verdade!

Não lhe contei sobre o embaixador pois so soube quando saiu daqui na noite anterior e não conseguia te dizer sobre eles e nem olhar para você depois de tudo...

Como assim? Por que não?

Por que você é a luz, Alina, eu sou as sombras, as trevas. Quando você destruiu a Dobra, você devolveu aquelas trevas para mim, eu não me senti mais tão quebrado e então eu percebi.....

O que?

Percebi que não podemos ficar juntos. Eu sou um monstro, não te mereço. Eu te destruiria. Alina, eu te amo mas não posso tê-la.

Levo um tempo até conseguir absorver suas palavras. Ele.... ele disse que me ama? Não sabia o que falar, então não disse nada. Ele olhava para longe de mim, envergonhado e triste.

Não posso fazer isso com você Alina, não posso estar com você.....

Antes que ele continuasse falando eu me aproximei dele, envolvi seu rosto em minhas mãos, o fazendo me encarar. Percebo que seus olhos estão mais negros, mas de um forma, calmos.

Aleksander, todos temos um pouco de sombras dentro de nós, assim como você possui luz dentro de si. Você só pode me destruir se se afastar de mim, porque eu... eu também te amo.

Vejo sua cara de surpreso e queria saber o que estava pensando, mas ele não disse nada. Me respondeu com um beijo, ardente, necessário, apaixonado, que correspondi imediatamente. Logo os dois estavam ofegantes. Ele jogou tudo que havia na mesa no chão me colocando sobre ela. Suas mãos dançavam em meu corpo, seus beijos no meu pescoço me arrepiavam e me faziam gemer. Abri minhas pernas e as coloquei em volta de seu quadril, o trazendo mais para perto. Arqueava minha cabeça com o prazer que ele estava me fazendo sentir. Puxei seu cabelo, dando espaço para que eu pudesse mexer com ele. Mordo seu lábio, aperto ainda mais seu cabelo, faço um caminho em seu corpo com meus beijos, e já sinto seu membro duro. Ele me pega em seu colo e me leva para sua cama, sem quebrar nosso beijo. Me joga na cama me fazendo rir um pouco. Volta a me beijar, enquanto tira meu roupão e fico só de camisola, uma fina e quase transparente. Começo a tirar as roupas dele mas me distraio e paro quando ele começa a massagear meu peitos com uma mão e colocando a outra no meu sexo. O afasto, terminando de tirar sua roupa e ele me tira da camisola. Estou nua em sua cama enquanto ele olha para cada detalhe do meu corpo. Fico envergonhada e tento me cobrir mas ele não deixa.

Nunca esconda seu corpo para mim. Você é uma obra de arte e vou fazer com que se sinta como tal.

Ele volta a me beijar, tirando sua cueca. Meu sexo latejando de desejo por ele que então me posiciona melhor na cama. Diz como um sussurro.

Pode doer um pouco no começo, mas não lute que logo sentirá prazer.

Balanço minha cabeça confirmando ter entendido e ele entra em mim. Me sinto sendo aberta, e sinto a dor mas não a luto. Me acostumo e depois de uns segundos peço que ele começa a se movimentar. Ele faz como pedido e rapidamente a dor é substituída por um enorme prazer. Ele começa a se movimentar mais rápido, eu o pressiono contra mim e arranho suas gostas.

Alina....

Alek....

Um gemendo o nome do outro só me faz sentir mais prazer, e ele acelera ainda mais o ritmo. Começo a sentir meu poder sem conseguir controlá-lo, mas não me importo. Chego ao meu clímax e minha luz explode a nossa volta. Não muito depois Aleks também chega no dele e minha luz é reduzida pelas suas sombras que também parecem não estar sobre seu controle. Depois de uns segundos ele sai de mim e deita na cama ao meu lado. Me viro para ele, os dois ofegantes, suados, acabo soltando uma risada.

O que foi?— ele pergunta

Nada, só estou feliz. Você me faz feliz.

Ele sorri e me da um beijo calmo e me puxa para perto de si. Apoio minha cabeça em seu peito e escuto como o coração dele está batendo rápido. Me sinto confortável, em paz, segura, como não me sentia há muito tempo. Olho para cima vendo a tela negra com pontos brilhantes no topo do dossel da cama, pensando em tudo, meus olhos começam a se fechar e deixo o sono me levar.






Oioi! SIM! FINALMENTE!!
Minha primeira vez escrevendo uma cena dessas, me digam o que acharam, sugestões...
Espero que esse capítulo acalme um pouquinho do coração de vocês, hahahaha.
fanlulau

Light of mineOnde histórias criam vida. Descubra agora