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Como um fato já rotineiro para Savannah, Sofya foi a primeira a pedir para ir dormir naquela noite, seguida por Sina e Heyoon . A garota decidiu dirigir por mais algumas horas e era quase meia noite quando ela, finalmente, encostou o caminhão para descansar.
 
-- Bem, então acho que vou lá para trás. -- Any disse, mexendo no boné que ainda estava em sua cabeça. Savannah achou que ela havia ficado fofa e feliz demais com o boné e por isso não se atreveu a pedir de volta.
 
Any ainda estava no banco da frente e passou a maioria do tempo, depois que as meninas foram para trás, perguntando sobre os lugares que Savannah já havia ido. Savannah nunca se viu tão falante em toda a sua vida, pois respondeu de bom grado todas as perguntas de Any.
 
-- Certo. Boa noite, então. -- Savannah disse e Any sorriu, retirando o boné de sua cabeça e o devolvendo para onde estava antes: A cabeça de Savannah. Ela colocou o boné para trás em Savannah e a mesma franziu o cenho.
 
-- Fica mais bonita assim. -- Any explicou ao ver a expressão confusa de Savannah. Savannah corou e assentiu, agradecendo e Any se inclinou, dando um beijo no rosto de Savannah e a pegando de surpresa. -- Eu realmente agradeço por estar me levando. 
 
-- Não tem de quê. -- Savannah respondeu. -- Mas não acha que deveria prestar queixa sobre o roubo de seu carro? -- Any corou e negou com a cabeça.
 
-- Não. Estou bem assim.
 
-- Mas...
 
-- Meu carro, minhas regras. -- Savannah até tentou, mas gargalhou ao ouvir aquilo. Any sorriu embasbacada por ter sido capaz de fazer Savannah soltar semelhante som.
 
-- Certo. -- A mais velha respondeu ao fim da risada.
 
-- Si, posso assistir algo no DVD? -- Any perguntou ainda sorrindo e Savannah entortou a boca, mas acabou assentindo. -- Sério? -- Perguntou surpresa, pois já esperava um não como resposta. Savannah assentiu novamente e Any voltou a sorrir alegremente. -- Obrigada e, hm, boa noite.
 
Foi para o banco de trás após ouvir um curto boa noite de Savannah. Savannah se recostou em seu banco, mas ao se lembrar de algo se levantou na hora e se jogou na boléia tentando impedir Any de ligar aquela televisão.
 
-- Hm, parece interessante. -- Any disse segurando o riso. Havia duas garotas conversando e logo uma se inclinou e beijou a outra. Any se remexeu e pegou a capa do DVD, constatando que era um curta-metragem erótica.
 
-- Isso não é meu. -- Savannah se apressou em dizer e Any riu. 
 
-- Qual é o problema se fosse? Parece legal. -- Disse, soltando a capa do DVD e olhando para a tela. As garotas estavam em uma troca de beijos romântica, no entanto, a áurea pesada de excitação já estava presente na cena.
 
-- Eu, hm, não tenho esse tipo de conteúdo de filme. -- Savannah fez menção de desligar a TV, mas a mão de Any tocou a sua, a impedindo de executar tal ação 
 
-- Não, eu quero ver.
 
-- Por quê? -- Savannah perguntou.
 
-- É melhor do que ficar olhando para as paredes do caminhão. Não estou com sono.
 
-- Oh, certo. -- Disse corando. Any sorriu e lhe olhou. 
 
-- Você não é virgem, é? Digo, nada contra se você é e não teria nada de errado nisso. É só uma dúvida. 
 
-- Por que acha que sou virgem? -- Savannah perguntou levemente irritada e Any sorriu, apoiando seu braço na parte de trás da almofada dali e encostando sua cabeça em sua mão.
 
-- Bem, você cora ao mencionar calcinhas e corou de novo ao falar do conteúdo do filme. -- Explicou, com um sorriso divertido nos lábios.
 
-- Bem, nem todos são despojados e descontraídos, tudo bem? -- Savannah disse séria. 
 
-- Então não é virgem?
 
-- Não, Any. Não sou virgem. -- Savannah disse.
 
-- Ah. -- A garota respondeu rindo.
 
Seus olhos voltaram para a tela e agora as garotas estavam nuas, na areia da praia. Uma delas penetrou a outra e Any mordeu o próprio lábio; Aquilo a excitou um pouco. Savannah quase perdeu seu alento ao ver a cena e depois acompanhar Any prender a ponta de seu lábio inferior entre seus dentes. 
 
-- Elas estão na areia de uma praia de dia. Que loucas! -- Any disse, reparando Savannah se remexer inquieta. -- Qual foi o lugar mais inusitado onde você já transou? -- A pergunta fez Savannah contrair-se. O tom rouco de Any e a encarada nada discreta da garota para seus lábios fez sua calcinha umedecer.
 
-- Eu acho que nunca fiz em nenhum lugar além da cama e embaixo do chuveiro. -- Savannah revelou constrangida.
 
-- O quê? Como não? Você tem esse caminhão e está me dizendo que nem aqui você transou?
 
-- Não que eu não tenha pensado em já ter sexo aqui, mas levo ele como uma coisa mais séria, então não, ainda não tive a oportunidade. -- Any tentou se comportar, mas quando viu já havia levantado sua sobrancelha de modo sugestivo e umedecido seus lábios, passando a mão esquerda pelo cabelo e o jogando para trás sutilmente.
 
-- Então leva a sério o sexo, hm? -- Perguntou sorrindo. -- Quer dizer que nunca teve sexo casual?
 
-- Pff, eu nunca disse isso. -- Any arqueou uma sobrancelha e Savannah deixou os ombros caírem em derrota. -- Tudo bem, nunca tive.
 
-- Uau. Estou impressionada. 
 
-- Você já? -- Savannah perguntou, tentando não olhar para a cena onde a garota dava estocadas fundas e fortes.
 
-- Já, algumas poucas vezes, mas sim. Sempre estou aberta à opções. -- Any disse, lhe lançando uma piscadela e logo sorriu.
 
-- Eu, uh, vou dormir. -- Savannah disse e Any riu baixinho.
 
-- Tem medo de mim? Eu não mordo, fique tranquila. Só sou bastante curiosa e por isso as perguntas, mas desculpe invadir o seu espaço.
 
-- Não invadiu. -- Savannah disse, não muito certa de suas palavras. -- Só preciso acordar cedo para dirigir amanhã.
 
-- Certo, boa noite então, Savannah.
 
-- Boa noite, Any. -- E assim que Savannah foi para a frente Any lançou seu corpo para trás e respirou fundo. O que estava dando nela? E desde quando era tão curiosa e ousada daquele jeito?
 
Seus olhos foram para a tela e sentiu-se contrair em sua intimidade. Assistir aquilo não havia sido uma boa ideia, muito menos ao lado de uma mulher tão atraente como Savannah.
 
A mais nova desligou a TV e se deitou, sentindo o sangue fervilhar por entre suas veias. Dormiria excitada pela segunda noite seguida e, definitivamente, isso não era uma coisa boa.
 

Destino Incerto (Savany) Onde histórias criam vida. Descubra agora